Concluída! Taekook e outros.
" (...) Às vezes elas parecem contos de fadas, outras vezes fazem lembrar um filme de aventuras, daqueles bem empolgantes. Podem ser histórias românticas de amores difíceis, ou ensinamentos sábios, contados em forma de n...
O labirinto onde vivia o Minotauro, em Creta, tinha sido construído por Namjoon, um arquiteto e artesão maravilhoso, inteligente e engenhoso, hábil em todas as artes.
Terminada a obra nos porões de Min Yoongi, seu construtor foi encerrado lá dentro, em companhia de Jimin, seu filho e ajudante. Mas há quem diga que não foi bem assim e contam que durante algum tempo ele viveu bem no palácio. Dizem que ele foi aprisionado mais tarde, depois da fuga de Hoseok, porque Yoongi achou que tinha sido ele quem ensinou a Taehyung o truque do novelo de lã.
De qualquer modo, ao ser preso, Namjoon não foi trancado exatamente no labirinto, mas numa torre que ficava numa das extremidades do palácio. E se abria para um pátio sobre o mar.
Bem no alto de um rochedo. Impossível descer dali. Impossível pular e sair nadando ou navegando. Impossível sair andando pelos corredores em busca de uma saída, por mais labiríntica que fosse. Dava até para o rei Min se fingir de bonzinho e deixar Namjoon tomar sol no terraço.
"Se estão fechados os caminhos por terra e por mar, vou ter de fugir pelos ares..." constatou Namjoon. "Min Yoongi não pode controlar o ar."
E foi o que fez. Observando os pássaros que voavam, teve uma ideia. Durante muito tempo, foi juntando penas das aves marinhas que vinham pousar naquele terraço aberto sobre o penhasco. Também atraiu abelhas para que fizessem colmeias lá em cima, até poder ter uma boa provisão de cera.
Finalmente, reuniu todo o material de que necessitava. Com as penas dos pássaros, construiu asas para si mesmo e para Jimin. Prendeu as penas maiores com fios e as menores com a certa. dando ao conjunto uma curvatura delicada como a das asas dos pássaros.
_ Vamos fugir voando sobre o mar, Jimin. Mas atenção, meu filho, tenha muito cuidado. Não voe muito baixo, para que a umidade do mar não emperre as asas. Nem muito alto, perto do sol, porque o calor intenso pode ser perigoso. Fique perto de mim e estaremos seguros, os dois.
Beijou o filho, acariciou seu rosto, ensinou-lhe a movimentar os braços, e a bater as asas. Explicou como deveria se manter imóvel para planar de vez em quando, descansando nas condições favoráveis de vento.
E saíram voando, elevando-se nos céus. A sensação era maravilhosa!
Os pastores da costa se apoiavam em seus cajados para contemplá-los, sem entender. Os pescadores, em alto mar, olhavam admirados e supunham que aqueles seres deviam ser deuses.
Eufórico com o voo, Jimin foi se esquecendo dos concelhos do pai e começou a se afastar de sua companhia. Tentava ir cada vez mais alto.
Quem sabe se não conseguiria chegar até o sol? O deus Seokjin ia se surpreender ao vê-lo de perto...
Mas o calor começou a derreter a cera que prendia as penas e essas foram se soltando, uma a uma, tirando o equilíbrio do rapaz e descontrolando o voo, Acabaram por desprender-se completamente.
Agitando os braços, freneticamente, Jimin não conseguia mais voar sem o apoio das asas e despencou nas águas azuis do mar.
Namjoon de repente o procurou e não o viu mias.
_ Jimin, cadê você, meu filho?
Mas não adiantou chamar.
_ Jimin! Jimin!
O rapaz não respondia e não era visto em parte alguma.
Finalmente Namjoon percebeu as penas flutuando lá em baixo sobre as aguas. Desolado, compreendeu o que tinha ocorrido. Por maior que fosse sua dor, não podia fazer mais nada.
Continuou voando até a Sicília, onde construiu um templo para Seokjin, conhecido como deus Apolo e depositou como oferenda as asas que o tinham salvo.
(...)
Cada capítulo uma história diferente.
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