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É meu aniversário nenês 🍰
Boa leitura :)

We're only getting older, baby
And I've been thinking about it lately
Does it ever drive you crazy?
Just how fast the night changes
Everything that you've ever dreamed of
Disappearing when you wake up
But there's nothing to be afraid of
Even when the night changes
It will never change me and you
Night changes- one direction

Ainda tento acordar ele mais uma vez antes de virar as costas e me trancar em casa de novo.
Me jogo no sofá pensando seriamente em ignorar tudo, comer um sorvetinho e dormir.

Enfio uma das almofadas do sofá no meu rosto e rezo para qualquer um dos deuses me atender e me dar uma luz, ou fazer eu dormir do nada para ignorar o bêbado na minha porta.

Penso em ligar para qualquer um dos amigos doidos dele mas não tenho o contato de nenhum, e com certeza chamar o Hawks não é uma opção.

Levanto determinada a pelo menos arrastar ele até o chão da sala, ele continua na mesma posição, com a diferença que sua cabeça está apoiada no meu vasinho de planta, que ele acha horrível por sinal.

Puxo seus braços para cima, tentando de um jeito muito ruim fazer ele se apoiar em mim e levantar, mas seu corpo ao menos se mexe.

- Vamo lá! Levanta.

Falando sozinha puxo ele novamente e quando seu corpo levanta um pouco, me desequilibro quase caindo em cima dele com seu peso.

Tentando mais uma vez, por que eu não desisto fácil, coloco seus braços por cima do meu ombro, apoiando seu corpo no vaso fazendo ele levantar um pouco.

Vitória.

Até seu corpo pender pro lado e mais uma vez ele cair sentado igual um concreto, me levando junto.

Suspiro indignada, tento ajudar e de quebra vou ganhar dor no corpo por fazer levantamento de peso.

Levanto e vou buscar uma toalha molhada com a água mais gelada que eu encontrar, pensei seriamente em só atacar a água nele mas fiquei com dó por conta dos arranhões em carne viva.

Sentada do seu lado mais uma vez, ajeito o máximo que eu consigo sua cabeça no vasinho e passo com calma a toalha por cima de seu rosto, em uma tentativa de fazer o morto acordar.

Pressiono um pouco mais forte a toalha em seus olhos fazendo algumas gotinhas de água rolarem pelo seu rosto, foco meu olhar em seus machucados pelo pescoço e meu estômago revira por perceber o quão fundo são.

- Oi

Ouço sua voz fraca até demais sussurrar, mas não tiro ainda a toalha de seus olhos, sem forças para o encarar agora.

- Oi

Falo no mesmo tom, sem saber ao certo o que fazer agora.

- Acho que não consigo ficar longe de você.

Minha mão treme com suas palavras, solto a toalha em seu rosto e me afasto o máximo que consigo, ficando sentada do outro lado do degrau encarando agora a rua.

Ele não tira a toalha, apenas se ajeita melhor.

Sinto vontade de chorar, minhas mãos ainda tremem levemente em meu colo e encaro a rua como se fosse minha salvação, mesmo sabendo que ele não consegue me ver com a toalha em seu rosto, não consigo virar em sua direção.

Ficamos assim por um bom tempo, e quando estico levemente minha mão para pegar minha toalha e fugir para dentro de casa, percebo que ele voltou a dormir.

Suspiro por que sei que isso só vai acabar quando ele voltar a lucidez. Dou uma sacodida forte em seus braços e quando ele resmunga, começo a levantar ele de novo.

Agora com sua ajuda, ele fica de pé mas se apoiando totalmente em mim, até eu levar ele para o mais perto que eu consigo chegar do sofá, que no caso é o tapete por que ele é pesado demais.

Deitado agora, seus pés ficam para fora do tapete por ele ser alto demais mas não me importo, não deveria ao menos estar ajudando ele.
Levanto sua cabeça para encaixar uma almofada em baixo mas ele resmunga quando encosto em sua nuca, fazendo eu perceber que seus machucados estão muito mais profundos ali.

- O que eu faço com você em.

Ajeitando ele da melhor maneira que eu consigo no momento, estico um cobertor por cima do seu corpo e pego meu mini kit de primeiros socorros para tentar dar um jeito nessa cara.

Os filmes só me ensinaram a passar gaze com soro fisiológico, então é isso que eu faço. Penso em atacar uma pomada também mas seus resmungos de dor fazem eu mudar de ideia.

Passo com calma as gazes em seu pescoço, e deixo algumas ali com bastante soro para ver se ajuda a aliviar, já que mesmo inconsciente de bebida, ele ainda geme de dor.

Encaro seu rosto, sua expressão é serena mesmo com todos os machucados. Passo minha mão levemente pela sua bochecha e sinto uma lágrima rolar pelo meu rosto.

- Porque se faz assim?

Sussurro ainda com minha mão em seu rosto, mordendo meu lábio para não começar a chorar de verdade.

- Me magoa e aparece na minha porta.

Me sinto vulnerável demais nesse momento, e me encolho levemente, rindo de como eu pareço patética agora.

- Acho que não consigo ficar longe de você.

Repito suas palavras e vou para meu quarto, com certeza vou passar a noite em claro, mas prefiro passar longe dele, mesmo que ele esteja dormindo no chão da minha sala.

Ótimo jeito de tratar ele como se fosse um estranho, Stark!

MegaMind ▪︎Tomura Shigaraki ▪︎Onde histórias criam vida. Descubra agora