ULTRA VIOLENCE - Tom Riddle.

11: A Conexão Nefasta

Minha mente parece querer triturar todos os mesmos pensamentos involuntários que tenho a cada cinco segundos. Passo os olhos por toda a comunal à procura de algo que possa vir a me distrair durante esse período de tempo curto, porém incrivelmente longo se eu levar em conta que vejo o mundo de uma maneira diferente dos outros. Não me considero apressada, afinal eu estou sendo sujeita a ir em um jantar cujo o qual eu não queria ir, mas visto a circunstâncias apenas estou entediada de observar o teto. Eu preferia passar a noite trancada em meu dormitório, aproveitando que minhas colegas de quarto estão no salão principal jantando e ficar sozinha com o silêncio do ambiente mas Riddle é realmente um incômodo. O garoto me submeteu a ter de ir ao jantar do Slughorn como uma forma de "agradecimento" por uma solução questionável a um obstáculo que ele mesmo criou.
Repousei a minha cabeça do lado esquerdo da poltrona, seguidamente encarei com atenção a lareira ardente brilhando sob os meus olhos. O calor que o fogo emanava me fez fechar os olhos por alguns poucos segundos antes do som de passos apressados invadirem os meus ouvidos.

— Estava dormindo? — perguntou Mulciber, aproximando-se.

Eu neguei com a cabeça e me levantei com um olhar firme para o garoto em minha frente.

— Você demorou. —

— Eu não sabia que seria convidado para um jantar! — explicou-se enquanto me acompanhava até a porta. — Aliás, esse jantar irá ser na sala de Slughorn? —

— Certamente. —

— Por que você decidiu ir agora? Quer dizer, achei que odiasse essas coisas. —

— Estamos no sexto ano, Kasper. — forçei um sorriso — Tentar algo novo não vai me matar. —

— Está tentando virar a favorita de Slughorn? — ele franziu o cenho e deu uma risada alta, enquanto meus olhos reviraram-se fortemente ao ouvir suas palavras.

Quanto mais nos aproximávamos da sala do professor Slughorn, mais os sons de risos, música e conversas se elevavam pelo corredor. As vozes altas e incomodas aumentavam a cada passo, o que já deixou-me parcialmente desagradada e pela risada baixa que havia escapado pelos lábios de Mulciber, ele percebeu o meu descontentamento. Assim que adentramos a sala meus olhos varreram o local. O teto e as paredes tinham sido forrados com panos esmeralda, carmim e dourado, para dar a impressão de que se encontravam no interior de uma vasta tenda, a sala de Slughorn realmente era muito maior do que o escritório normal de um professor. O lugar se encontrava cheio e abafado, imerso na luz vermelha que o ornamentado lampião dourado projetava do centro do teto, onde esvoaçavam fadinhas de verdade, cada qual um pontinho brilhante de luz. Uma cantoria, aparentemente acompanhada por bandolins, subia de um canto distante; uma névoa de fumaça de cachimbo pairava sobre vários bruxos idosos absortos em conversa, e numerosos elfos domésticos se deslocavam entre uma floresta de joelhos, sombreados pelas pesadas travessas de prata com comida que seguravam, parecendo mesinhas móveis. Depois de analisar todo o local, o meu olhar parou no professor Slughorn, que conversava alegremente com Tom Riddle. Eu torci mentalmente para que o senhor não notasse que eu havia chegado, mas apesar de Slughorn não ter notado, Riddle notou. O garoto desviou os olhos do professor e abriu um sorriso generoso para mim, eu cerrei meus olhos de maneira detestável para ele, já sabendo o que o garoto iria fazer, e em seguida Riddle chamou a atenção de Slughorn para a minha direção. Assim que o homem me viu, seus lábios se abriram em um longo e feliz sorriso, e não pensou duas vezes antes de começar a vir até mim junto de Riddle. Todavia, para minha sorte, um ex aluno de Slughorn entrou em seu caminho e o puxou, começando uma conversa com o senhor. Acho que pude ver Riddle revirar os olhos de relance antes de Mulciber segurar meu braço e me levar para o outro lado da sala.

— Lestrange! — chamou Mulciber, enquanto andava em direção a um garoto de cabelos escuros, que logo virou-se e abriu um sorriso para nós.

— Mulciber e... — falou analisando-me de cima para baixo. —  Murphy? —