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ALGUÉM CRIOU uma conta no Twitter, fingindo ser Polo, twittando coisas horríveis do exemplo: "Eu sou um assassino", "Eu matei Marina, mas foi um acidente, você pode ser o próximo", "Quando eu saí ela ainda estava viva, deveria ter batido com mais ...

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ALGUÉM CRIOU uma conta no Twitter, fingindo ser Polo, twittando coisas horríveis do exemplo: "Eu sou um assassino", "Eu matei Marina, mas foi um acidente, você pode ser o próximo", "Quando eu saí ela ainda estava viva, deveria ter batido com mais força".

Coisas desse tipo. E mais um dia ao entrar em Las Encinas, todos olhavam para a tela brilhante de seus celulares, vendo a nova publicação.

"Claro que eu matei a Marina. Ainda duvidam?"

Todos olhavam com desprezo, e até mesmo assustados para Polo, que lia em seu próprio celular a nova nota. Samuel e Guzmán foram chamados para a diretoria por Azucena, pelo o que parecia, eram eles quem estavam postando. Me virei para falar com o rapaz, mas ele já não estava mais ao meu lado. Ouço meu celular apitar, e o pego, vendo a mais nova postagem.

"Foi sem querer. Eu não tinha nada contra ela. Podia ter sido você."

Respiro fundo, tentando localizar o alvo dessas postagens. O vejo caminhando nervoso pelo corredor, os nós de seus dedos vermelhos de sangue, Cayetana o questionando se ele estava bem, o que era nítido que ele não estava.

Vejo Valério tentar falar com Polo, mas o mesmo apenas se afasta. Então, o de cachinhos puxa a loira Cayetana. Apenas ignoro isso, e vou para a sala, me sentando em meu lugar, enquanto olho ansiosamente para o meu celular.

Na saída da escola, Carla foi embora junta com Yeray, o que eu com certeza estranhei. Ander me chamou para ir caminhando com ele, aceitei, e peguei em sua mão, enquanto caminhávamos pela sombra. Novamente, ouço meu celular apitar.

"Usei minha ex-namorada 'pra transar com o Christian. Assassinos têm sentimentos."

Suspiro, guardando o meu celular no bolso do meu blazer escolar. Ander aperta minha mão, dando um sorriso reconfortante. Paramos em uma sorveteria, para podermos nos refrescar do sol quente.

– Ah, não, não, para de pensar nisso. – O Muñoz me repreende, vendo eu checar o meu celular de novo, em busca de alguma mensagem de Polo. – Me dá isso aqui. – O menino pega o meu celular, guardando em seu próprio casaco.

– Eu só estou preocupada. Ele não responde nenhuma das minhas mensagens. – Digo, olhando para o meu sorvete que derretia na casquinha. Sinto algo gelado no meu nariz, ergo meus olhos, vendo que Ander passou o doce gelado nele, sorrindo.

– Você... passou sorvete em mim, Ander? Isso é um convite para uma guerra? – Semicerro meus olhos, começando a correr atrás do menino que corria mais rápido que eu. O Muñoz começa a correr em volta de um banco, enquanto eu tentava o pegar. Agarro seu braço, o puxando em minha direção, levando meu sorvete até suas bochechas.

– Ah, não, Clara. – Ander reclama, nunca deixando de rir. – Nada mais justo. – Digo, o puxando para nos sentarmos no banco que estávamos rodando. Conversamos e rimos, até chegar uma notificação no celular dele, o chamando para uma pequena reunião na casa de Samuel. Fomos para a casa do Muñoz, e eu me sentei em sua cama, o esperando terminar o seu banho.

𝐄𝐋𝐈𝐓𝐄 - A ɪʀᴍᴀ̃ ᴅᴀ Cᴀʀʟᴀ 𝟢𝟥Onde histórias criam vida. Descubra agora