A Festa - Parte 1

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Mal acreditava que tinha conseguido O CONVITE. Sim, eu havia conquistado a confiança daquelas mulheres e ali, na telinha do celular, brilhava a notificação que eu tanto queria ver: "FUCK THE DATE - Vem gozar com a gente!" Minha alma puta sonhava com essa suruba cuja reputação já era minha velha conhecida e super bem frequentada, com aquelas mulheres e homens lindos e livres e incrivelmente sexuais, gostosos pra caralho. Ai ai... Respira, mulher! Agora não demoraria para acontecer.

Mas demorou. As horas não passavam, os dias se arrastavam e, a cada mensagem do grupo eu estudava cuidadosamente como responder para não transparecer a ansiedade. Eu ocupava os dias planejando detalhes minimos, roupas, cabelos, maquiagens, unhas, pernas, pelos, tudo o mais que fosse possível me distrair.

Até que finalmente chegou o domingo. Eu mal conseguia esperar as confirmações de chegada pipocarem no celular para não ser a primeira do rolê. Esperava prontíssima, arrumadíssima, cheirosíssima, gostosíssima, com a senha e contrassenha em punho, número do táxi parceiro no clipboard. Agora era questão de minutos.

Ao todo seríamos quatro casais e três solteiros - duas garotas (eu, inclusive) e um rapaz. Quando o segundo casal fez o check-in eu chamei o táxi e disparei rumo ao Vidigal. Cheguei junto do quarto casal e só faltava a outra solteira chegar. Era uma baita suíte e inúmeras possibilidades pipocaram na minha mente tarada. Já tinha gente na piscina da suíte, ninguém se pegando ainda mas todos já nus, bebendo confortáveis em meio a risadas generosas. Tirei minhas roupas junto com uma das meninas, e confesso que estava bem apreensiva de ser uma das únicas duas solteiras da brincadeira além de ser a minha primeira vez com eles todos fora do ambiente virtual. Parece que a Gata - que eu só conhecia online até então - leu a minha mente porque na mesma hora ela abriu um sorriso e brincou:

- Bem-vinda, gatona! Você sabe que está entre amigos, né? Fica à vontade, viu. Não se retraia mas também não se force a nada. Você sabe as senhas e use se precisar. Todos e todas te querem aqui, pode ter certeza. Essa é a melhor metelança do MUNDO! Você vai ver.

Agradeci e certamente fiz caras e bocas estranhas ao gaguejar que estava tudo bem e que eu ficaria bem. Mas falar é muito mais fácil do que fazer. Respirei fundo, tratei de esquecer todos os defeitos do meu corpo, me lembrei do quanto estava me amando naqueles dias, e fui em direção à piscina.

Apesar de conhecer todos os envolvidos, dar mesmo eu só havia dado para um deles. E foi ele, o Maestro, que veio me receber com um abraço apertado e um selinho acolhedor. A mulher dele, a Red, também fez a sua festinha e daí em diante tudo ficou muito mais simples. Um dos rapazes, o Escriba, já me trouxe uma cerveja e, com ela em mãos, terminei de cumprimentar todo mundo.

Não demorou para que línguas começassem a se procurar ali mesmo. Eu estava num papo louco com a Blue, uma deliciosa inteligentíssima com quem qualquer papo fluía maravilhosamente, enquanto a coisa esquentava a nossa volta. Eu prestava atenção no papo mas mentiria se dissesse que não estava com o coração disparado de tesão vendo aquela gente toda pronta para se comer. A piscina se esvaziava indicando que as camas provavelmente estavam começando a ser usadas e, assim que o namorado da Blue apareceu, eu fui buscar mais uma cerveja e incorporar a voyeur. Decidi que essa seria a minha primeira participação: apenas olhar.

Me acomodei numa poltrona mega confortável de frente para as duas camas da imensa suíte. Numa delas, bem na minha frente, o Maestro já chupava a Red com habilidade e fazia a mulher se contorcer. A eles se juntaram o Escriba, a Cachinhos e a Doutora. Parecia um balé de tão lindos! A Gata chegou com um baseado e dividimos a poltrona, ambas fascinadas com a sincronia do quinteto. Todas as mãos e bocas estavam ocupadas. Todos se tocavam, se fodiam, se revezavam. Os gemidos e os sons da meteção eram inebriantes. Os corpos começavam todos a brilhar de foda e suor. Minha buceta queria explodir. Eu queria me jogar no meio deles - e até poderia - mas eu estava realmente curtindo a vibe voyeur naquele momento. A Gata e eu seguíamos fumando e mostrando uma para a outra o que achávamos que não podíamos perder. O Escriba fodia a Doutora habilmente com os dedos e a Red com o pau. A Cachinhos pagava um impecável boquete pro Maestro que beijava a Doutora que, por sua vez, estava sentada na cara da Red. Eu nunca vou esquecer essa imagem!

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