[CANCELADA] O Garoto das Flores Roxas (male reader x tokyo revengers)

01.

Violet. Esse é o apelido que meu irmão mais velho me deu quando eu era pequeno, mas com o tempo ele foi se estabilizando e todos me chamam assim, Violet Kikuchi.

Me sentei na cafeteria que serve como meu lugar de sossego, tem poucas pessoas e eu já me acostumei com os atendentes, apesar de sempre esquecer seus nomes eles são muito gentis comigo.

Estava prestes a me arrumar para ter uma tarde sossegada quando levei um susto. Vi meu amigo de infância abrindo a porta do local, ele está todo machucado como sempre. Seu nome é Takemichi Hanagaki, mas o apelidei carinhosamente de Otário.

Ele logo pede desculpas para os atendentes por conta do barulho e se direciona a mim, agora um pouco mais calmo. Takemichi se senta em silêncio ao meu lado tentando acertar sua respiração e eu apenas observei-o com uma careta confusa.

Odeio chamar atenção, e agora ele acabou de colaborar para que todos os olhares estivessem direcionados a mim e a ele.

Ficamos alguns segundos em silêncio até ele olhar para mim, parecia estar tentando encontrar as palavras certas para me contar alguma coisa importante.

Takemichi: Violet... - Ele fez uma pausa. - Eu conheci o líder da Toman! - Disse incrédulo.

Violet: Ok... E daí? - Eu falei, não percebendo que respondi de forma grosseira.

Takemichi: Como assim "e daí?"? Eu fui ajudado pelo MANJIRO SANO! MIKEY, O INVENCÍVEL! - Disse o oxigenado mais incrédulo ainda com a minha reação.

Violet: Otário, seu nariz está sangrando. Deixe esse tal Mickey de lado e vá tratar seus machucados. Inclusive, boa tarde. - Eu respondi, não dando muita atenção para sua reação dramática.

Takemichi: É Mikey! - Ele retrucou como se eu tivesse acabado de pecar chamando o garoto pelo nome errado. - Ah e... Boa tarde! - Me respondeu um pouco envergonhado.

Violet: Ok, ok. Pra mim tanto faz. Agora vai se cuidar e me deixa, por favor. - Falei grosseiramente de novo, é quase inevitável. - Depois a Hina briga com você e você reclama.

Takemichi: Ai, tá bem. Eu vou indo, te vejo amanhã na escola. Qualquer coisa me liga. - Ele me respondeu com um sorriso, então foi logo se levantando e indo na direção da porta.

Violet: Ok, te vejo amanhã. - Disse baixo enquanto colocava meus fones de ouvido e pegava meu caderno.

[...]

Minha franja caia sobre minha testa até parte dos meus olhos enquanto eu mantinha minha cabeça baixa. Estava desenhando algumas flores como forma de treino para continuar minhas pesquisas em meu caderno.

Esse caderno foi meu irmão quem me deu de aniversário para que eu pudesse fazer anotações sobre flores, eu e ele éramos dois amantes delas. Arriscaria dizer que consigo nomear no mínimo 50 flores em um minuto.

Tamanha era nossa paixão que ele conseguiu juntar dinheiro para abrir uma floricultura. Ele dedicou muito suor a ela e agora quem dedica esse suor sou eu, trabalho de terça a sábado, já que preciso de pelo menos dois dias para focar nos estudos.

Estava perdido em meus pensamentos quando olhei para meu celular e vi as horas. Estava tarde e eu precisava voltar para casa logo. Odeio voltar para casa, mas amanhã tem aula e eu não arrumei minha mochila nem nada.

Peguei minhas coisas e acenei com a cabeça para os atendentes, tentando não chamar muita atenção. Caminhei pelas ruas em passos rápidos e com a cabeça baixa. Sinto que estão olhando para mim, isso me dá desespero.

Perdi a noção de espaço e tempo enquanto meu coração palpitava forte e meu cérebro ia a loucura só de pensar na quantidade imensa de pessoas andando pela rua. Finalmente vi a esquina de casa e me tranquilizei, mas logo suei frio ao lembrar que minha mãe poderia estar em casa.

Abri a porta tentando não fazer barulho, sem sucesso. Logo percebi a moça que eu nem poderia mais chamar de mãe largada no sofá, claramente tinha dormido.

Olhei triste para ela e para a sala cheia de garrafas de cerveja e vinho. Respirei fundo e fui para o meu quarto onde iria estudar, cuidar de minhas plantas, ler e tomar banho. Pelo menos essa noite seria tranquila, diferente de outras.