Tinha que ser você

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Samantha Puckett escolheu o curso de pedagogia e se formou há 6 anos atrás. Embora não parecesse, ela amava lecionar e cuidar daquelas crianças, presenciar os pequenos seres humanos ampliando o seu conhecimento a cada descoberta lhe parecia a coisa mais emocionante. Dar aulas fazia sentindo a sua vida... Sem contar o carinho que as crianças tinham por ela, era realmente acolhedor.

Sam deu um sorriso gentil para o garotinho, querendo tranquiliza-lo.

— Temos um novato na turma? — perguntou ela, cortando o falatório da amiga.

— O quê? — Cassie perguntou confusa, em seguida acompanhou o olhar de Sam no garotinho e compreendeu a situação. — Ah, sim! O nome do rapazinho é Sean. Foi a própria diretora quem o trouxe para a sala e o apresentou a turma.

— Nós estamos no meio do semestre — observou Sam.

— Como se a Sra. Poley fosse recusar o troféu — comentou baixinho a amiga, pesando no sarcasmo. — A própria trouxe o garotinho para a sala e o apresentou a turma, não me surpreende ele estar tão assustado.

Sam revirou os olhos, concordando com a Cassie.

A Sra. Poley era uma mulher de 49 anos, baixinha e rechonchuda, andando por aí com o semblante sempre sério e os revoltos fios castanhos preso em coque no topo da cabeça.

Ela era a dona do colégio, e a sua maior satisfação era poder se vangloriar dos filhos das influencias que ali estudavam. Ela não media esforços quando se tratava de prestígio, inclusive permitir ingressar na metade do ano escolar.

— O pai dele deve ser peixe grande — pensou em voz alta, a curiosidade começando a coçar.

Cassie deu de ombros, sem se importar muito. Ela olhou mais uma vez para Sean, mas nada mais foi dito, começando a lecionar a aula.

Porém, o pequeno Sean continuou roubando a atenção de Sam que, de alguma forma que a mulher não saberia explicar, não conseguia desviar os olhos do garoto. Ele era pequeno e introvertido, quase inofensivo, se não fossem aqueles olhos grandes e brilhantes que a olhavam de vez em quando lhe incomodar.

De alguma maneira, acabou pensando em Freddie e sobre a conversa que tivera com o Shay mais velho no jantar do dia anterior.

Se Freddie retornasse ele a procuraria?

Sam se pegava questionando muito, mas poupava-se de começar a criar expectativas e terminar se frustrando. O melhor seria ela esquecer desse assunto.

— Tia Sam, me leva ao banheiro? — a professora se sobressaltou após ser desviada de seus pensamentos.

Sam sorriu carinhosamente, abaixando-se até ficar na mesma altura que a simpática Sara. A criança de cabelos ruivos e olhos castanhos, parecia um moranguinho com as minúsculas manchinhas espalhadas pelo rosto. Sam a adorava.

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