Já era tarde quando acabei de guardar os pratos. Com toda a bagunça daquela festa do pijama tinha me atrasado nas tarefas domésticas, mas não deixaria a louça na pia, tinha que interpretar o papel de dona de casa com perfeição, para não levantar suspeitas, ainda mais na presença das colegas de classe de Anya, mas também tinha outro problema... com as amigas de Anya dormindo no meio da sala eu me via na obrigação de dormir no quarto de Loid, precisávamos manter as aparências de casal. Discretamente vou até meu quarto e pego um conjunto de flanela, confortável e quente, me censurando por não ter tomado banho mais cedo, teria que fazer até mesmo isso no banheiro dele.
Abri a porta com cautela, torcendo para que já estivesse dormindo, mas ele abaixou o livro que estava lendo e me olhou, sorrindo.
_ isso não precisa ser estranho, nós moramos juntos a meses_ sei que ele tentava me tranquilizar, mas era desconfortável para mim estar ali. Acenei com a cabeça e segui para o banheiro.
Demorei no banho, não por necessidade, mas porque queria que ele dormisse antes que eu me deitasse, e, quando saí para o quarto, ele estava deitado de costas e em silêncio.
Relaxei o corpo, finalmente conseguindo respirar, e me deitei ao seu lado, apagando a luz do abajur.
Mesmo que ele dormisse eu não conseguia relaxar, nunca tinha deitado dessa forma com alguém, embora eu conheça os prazeres da cama, tinha sido sempre nas missões, até mesmo minha primeira vez fora em uma missão, e eu tinha aprendido a tirar prazer destes encontros, mesmo que o fim de meu parceiro não fosse tão prazeroso para ele.
Mas ali estava Loid, dormindo tranquilamente sob o mesmo edredom, sem saber que dividia a cama com uma assassina, e a consciência do corpo dele assim perto despertava aquele desejo, de algo que eu nunca tive, não apenas sexo, mas, intimidade.
As vezes me perguntava quanto tempo fazia que ele não se deitava com uma mulher, talvez ainda estivesse de luto, a esposa tinha morrido a três anos, algumas pessoas demoravam muito mais para se relacionar com outras, e eu me perguntava se ele teria interesse em mim quando o luto passasse.
Me virei discretamente, tentando não incomodar seu sono ao me mexer na cama, mas queria observá-lo, os cabelos loiros curtos repousavam no travesseiro, e eu podia sentir seu perfume mesmo do outro lado da cama.
Podia ver vagamente suas costas sob o edredom, a largura de seus ombros era evidente, ele tinha um físico lindo, ainda mais para um psicólogo e viúvo, alguém que eu nunca tinha visto em uma academia, e, eu me perguntava o que fazia para manter a forma. Ele era extremamente atlético e forte, como tinha demonstrado várias vezes nesses meses, e aquilo sempre mexia comigo, não apenas como mulher, mas como assassina, ele seria um ótimo parceiro, não fosse um homem de família. Podia imaginar perfeitamente a dupla que faríamos, suas costas largas contra as minhas enquanto éramos cercados.
E foi olhando para suas costas que eu adormeci.
Sabia que aquilo era apenas um sonho, não era a primeira vez que sonhava com ele, então deixei que me levasse por caminhos que eu não percorreria acordada. No sonho ele estava sem o terno, apenas o colete verde oliva sobre a camisa social parcialmente aberta, já o tinha visto assim antes, e era de tirar o fôlego, mas não era a roupa, era a forma como ele me olhava, fogo. E aqueles olhos percorreram todo meu corpo, se demorando nas curvas ressaltadas pelo vestido que era meu preferido para o trabalho. Recuo quando ele avança, não por medo, mas em busca de apoio, e, quando minhas costas encontram a parede, ele finalmente me alcança, o corpo próximo do meu. Ele guarda as duas pistolas, em meus sonhos ele sempre anda armado, e agora, com as mãos livres procura meu corpo, as mãos seguram meus pulsos, e eu solto as adagas, permitindo que levante meus braços sobre a cabeça. Sinto sua respiração próxima ao meu pescoço enquanto ele absorve meu cheiro, rosas e sangue, e sorri para mim. Ele cheira a menta, suor e pólvora, minha combinação favorita, e me sinto perdida quando sua boca cobre a minha.
Seu beijo é suave e firme, como se calculado e eu o respondo com urgência, desejando sua boca sobre a minha e sobre meu corpo, e, como é Meu sonho, ele logo desce os beijos por meu pescoço. Seus dentes roçando minha pele me arrepia, e a boca se fecha bem na curva com meu ombro, com tanta força que temi acordar marcada. As mãos me apertam contra seu corpo forte, Ah, aquele corpo, como tinha desejado aquilo, então me apresso a tirar suas roupas, coldre, colete, camisa, suspensórios, cinto, calça, e, logo ele está nu a minha frente. E que visão é seu corpo. Como assassina em ofício nunca me deixava me apegar a um parceiro, eles sempre foram instrumentos, mas ali estava Loid Forger, em todo seu esplendor e nudez, e eu amava sua forma, cada curva, músculo e covinhas.
Deslizo as duas mãos por seu peito, descendo junto com elas por seu abdômen, e, pelo cinto de apolo, até os pelos loiros e bem aparados, e o membro pulsante. Nunca tinha feito aquilo antes, até então os homens serviam a um único propósito, e dar-lhes prazer nunca foi um objetivo, mas não Loid, ele me fazia querer aquilo.
Me coloquei de joelhos e o tomei na boca, sentindo seu corpo ficar tenso e ele arquejar, se apoiando na parede com as mãos enquanto o chupo com desejo. Ao menos em sonho aquilo era maravilhoso, a sensação da pele macia, a rigidez de seu membro. Deslizo a boca sobre ele o máximo que consigo, aproveitando seu gosto e toque suave, minha língua massageando sua glande. Mesmo sendo um sonho meus joelhos doem, e eu aumento o ritmo, segurando seu membro com uma das mãos enquanto a outra aperta sua coxa, logo abaixo da bunda. E os gemidos dele... queria ouvir aquilo acordada. E os gemidos aumentam com meu ritmo, o sinto pulsar em minha lingua, e, com um urro ele derrama seu prazer em mim, preenchendo minha boca com seu gosto doce, arranhando ao descer por minha garganta.
Ele me ajuda a levantar, me erguendo até sua cintura com as mãos em minha bunda, me pressionando contra seu volume enquanto me carrega para sua cama, e me beija, provando o próprio gosto em minha boca.
Quando ele me deita na cama eu já estou sem roupas, e as mãos dele percorrem meu corpo com desejo, enquanto ele se deita sobre mim, seu peso e calor me cobrindo quando ele desliza entre minhas pernas.
Arqueio a coluna com o prazer de recebê-lo, meu corpo apertando firmemente conforme se move dentro de mim. Aquilo era tão bom, tão melhor do que todo sexo que eu já tinha feito.
_ Loid-san... _ sussurro seu nome entre os gemidos, meu prazer o incentivando, suas estocadas ficando mais rápidas e fortes, até que eu mal consiga respirar enquanto meu corpo se contorce em êxtase, meu prazer prolongado quando ele jorra em mim e continua a se mover, fazendo escorrer entre minhas pernas a prova de seu desejo.
Luto para recuperar o fôlego, e ele sorri deitando ao meu lado, seus dedos afastando os cabelos de meu rosto.
_ minha bela esposa.
Sinto a luz do sol no quarto antes de abrir os olhos, por um momento, sem saber onde estava, minha mão sob a cabeça tateia algo firme demais para ser meu travesseiro.
_ bom dia, Yor-san. _ levanto os olhos e dou de cara com aqueles olhos verde acinzentados, e percebo estar deitada em sua barriga.
_ me desculpe Loid-san, eu não costumo me mexer tanto no sono._ digo me afastando rápido, desviando o olhar. Noto que ele fecha o livro e coloca sobre a barriga, onde eu estivera deitada _ não deveria ter me deixado incomodar sua leitura, podia ter me acordado.
_ não tinha porque acordar você, as meninas ainda estão dormindo e eu não tinha que sair da cama.
Me atrevi a olhar para ele, quando me afastei tirei o edredom que nos cobria. Usava uma calça de moletom azul, e a camisa branca larga estava levemente levantada onde minha mão tinha estado, mostrando os gomos da musculatura. O sorriso que me deu faz com que eu contraísse as pernas, de tão parecido com aquele em meu sonho.
_ além do mais, você parecia estar tendo um sonho bom, eu não podia te acordar.
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Senhora Forger
Fanfiction"não era a primeira vez que sonhava com ele, então deixei que me levasse por caminhos que eu não percorreria acordada. No sonho ele estava sem o terno, apenas o colete verde sobre a camisa social parcialmente aberta, já o tinha visto assim antes, e...