O dia da guerra

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Se perguntassem á ruiva quem ela mais odiava, a palavra que vinha á sua boca era o pai.

Aliás ele tinha começado o ciclo vicioso de sofrimento.

O homem que devia ter cuidado dela.

Na biblioteca da escola havia computadores para pesquisa e a menina escreveu:

"Acidentes com carros"

Ela ficou suprendida com a quantidade de problemas fatais que podia haver num objeto tão usado e descobriu mais um defeito nos humanos. Eles põem a preguiça á frente da segurança.

Cortar os travões parecia ser o mais eficaz.

A maneira mais fácil e menos suja.

Estava em casa ansiosa que eles tivessem um jantar elegante em que só levariam o irmão, não a ela porque ele é que era o mais velho e ela não tinha elegância suficiente.

Eles deixariam a velha Lucy a cuidar dela e esperaria que ela adormecesse.

-Ginger! -gritou o pai interrompendo a dos seus pensamentos maquiavélicos.

Ela correu para ele. Ele estava sentado no seu caldeirão do escritório e o seu irmão ao seu lado .

O escritório tinha uma vista para o jardim era amplo e a secretária de madeira ficava em contraste com a janela de uma forma em que ele parecia o rei do Jardim. Mas devia ser irritante não olhar para aquela vista só para dar uma sensação aos convidados

-Vamos à uma festa hoje. Não quero parvoíces. - ela estava habituada a não ser convidada e o pai sabia que a magoava ao não a levar. No entanto desta vez ela não chorou nem um sinal de angústia passou pela sua cara.
Isso suprendeu o seu pai e o seu irmão que ficaram um pouco desiludidos e acharam que algo nela tinha mudado.

Eles apenas não sabiam quanto.

Saíram bem vestidos sem se despedirem da filha mais nova, com a elegância que possuíam e a arrogância.

Confirmou eles a saírem e rapidamente foi a garagem com a faca da cozinha.

A visão dela com a faca devia ser um pouco chocante a descer as escadas. Viu o Mercedes Preto que pai amava,em que ele não a deixava comer ou sequer mexer.

Abriu a capota e seguiu as palavras sábias da Internet com o cuidado de uma profissional no corpo de uma criança cortou os travões.

Depois saiu satisfeita e verificou o procedimento.

Em seguida foi ver desenhos animados para o quarto enquanto sorria como quando abria os presentes de Natal.

Adormeceu mesmo antes deles chegarem e teve o sonho doce em que os seus pais se desfazia em sangue ao lado do irmão.

A sua agressora que tinha morto no outro dia pareceu no final e disse:

-Vemo nos no inferno, cabra! - e quando a tentou aguarrar como fez tantas vezes desfez-se em pó.

Ginger acordou em paz com a vida e relaxada como se sentisse que havia luz ao fundo do túnel.

GingerOnde histórias criam vida. Descubra agora