CAPÍTULO 005

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Nova Iorque — 8 de Julho
Killia Carter

Quando aparentemente chegamos no lugar, Jasper começa a procurar um lugar mais escondido para que possa estacionar e não ter problemas em um futuro que pode estar muito próximo.

— Prontinho. — diz ele, sorrindo para mim e pegando seu blazer no banco de trás.

— Ótimo, finalmente poderei me livrar do cheiro enjoativo do perfume de sua namorada. Que péssimo gosto! — Jasper riu, assentindo devagar.

— Concordo. Prefiro o seu, Belle.— senti minhas bochechas esquentarem com o "elogio" e pelo apelido, mas logo me recompus.

— Pelo menos para perfume você ainda tem bom gosto.

—Vamos logo. Quanto mais cedo sairmos daqui, melhor.

Eu assinto e abro minha porta, saindo do carro em seguida. Vi ele sair do carro também e ativar o alarme do veículo. Em segundos ele está ao meu lado, puxando meu braço e grudando–o com o seu.

— Lembre–se de que nas festas você é a Kamy.

— Como eu poderia me esquecer da famosa Kamy? — pergunto com minha voz carregada de sarcasmo.

— O que você andou aprontando? — perguntou, já conhecendo a peça que eu sou.

— Quando nos separamos eu fiquei com muito ódio do babaca que você era então comecei a frequentar as festas que você ia e comecei a flertar e seduzir você, mas no final ficava apenas com outros caras, nunca com você. Mas infelizmente minha raiva passou, então parei com tudo isso. —digo simples, dando de ombros.

— Você fez isso? — perguntou incrédulo.

— Fiz isso e muito mais, Jasper. — pisquei sorrindo.

Ainda meio paralisado, ele me puxou para dentro, cumprimentando algumas pessoas que lhe chamam por seu verdadeiro nome. Alguns deles, que me conheciam de antes, sorriram e acenaram para mim, recebendo os mesmos atos e um oi bem baixinho como resposta.

Quando chegamos na mesa com o papel "Maf F. e acompanhante – mesa 07", finalmente posso respirar e puxar uma cadeira para me sentar. Porém, quando vou fazer isso, sinto as mãos grandiosas de Jasper em minha cintura. Logo, fui puxada para seu colo, recebendo um sorriso inocente e uma respiração meio ofegante perto de meu rosto. Sinto sua mão pousar em minha coxa, mas ignoro, aceitando o martíni que um dos funcionários nos ofereceu. Deu um gole, molhando os lábios e depois passando a língua neles, ainda sentindo o gosto do álcool.

— Acho que sua namorada não vai gostar de saber que estou sentada no seu colo.

— Nesse momento estou fingindo que ela não existe. E outra, não quero que sente nas cadeiras de lugares assim. — eu sorrio.

—Sabe... — começo. — Tudo isso me lembra de quando éramos um casal. Tinha seu lado ruim, muitos, na verdade. Mas a maioria era bom, e disso que tenho saudade. O babaca do Jasper de três anos atrás parece ter mudado.

— Mas não mudou. E se quer saber... — revirei os olhos, sentindo a mordida no lóbulo de minha orelha e o sussurro em seguida. — eu também sinto saudade disso.

Eu rio anasalado, levando minha mão até sua nuca, passando as pontas de minhas unhas pelo local, lhe causando arrepios. Em movimentos lentos, sinto sua mão subir até a lateral de minha intimidade, massageando o local. Ouço-me arfar baixo, dando–o certeza de que eu gosto do seu ato.

 AGAIN AND AGAIN - I & IIOnde histórias criam vida. Descubra agora