CAPÍTULO 019

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São Francisco - 12 de Agosto
Killia Carter

Vian, meu primo, me encara enquanto eu me encolho no sofá de seu apartamento. Não queria estar aqui. Não queria que Jasper tivesse a suposição de que ele esteja por trás de muitos crimes contra crianças, uns adolescentes e idosos. Pior, todas mulheres. E, por ter passado bastante tempo com ele, não queria que fosse verdade.

- Eu ainda não entendi. Por que estão aqui? - Observei Jasper que olhava toda a cozinha, sala de jantar e de estar calado. Também não falei muito quando cheguei, apenas pedi permissão para que entrássemos antes que Jasper ou até mesmo eu tenha metido uma bala na sua testa antes de obrigá-lo a parar. - Lia, o que tá acontecendo?

Desviei meu olhar para meu primo, que me estende um copo com água. Peguei e o abracei, ainda sem falar nada com Vian. Sabe, é triste que tia Kaila tenha se esforçado para criá-lo da melhor forma que ela conseguisse e ele tenha se tornado essa pessoa horrível.

Tá, o sujo falando do mal lavado. Mas eu não tive uma boa influência como ele teve.

De leve, cheirei a água, começando a desconfiar de meu primo e seu histórico horrível. Há algo diferente no cheiro, algo forte e que provavelmente iria me desacordar em dois minutos no máximo.

- Lia, porra! Por que seu namorado está vasculhando meu apartamento há uns quinze minutos e nenhum de vocês me fala nada?

- Fica quieto, Vian. Pro seu próprio bem, fica quieto. - disse por fim, cansada da sua voz perguntando a mesma coisa.

- Eu só quero saber o porquê de vocês estarem aqui. Não é direto meu, advogadinha?

- Olha só, babaca, nós dois somos do FBI, então baixa a porra da bola porque eu tenho autonomia e provas o suficientes para te prender. - Me levantei, ficando frente a frente com ele.

- Vieram para me investigar, então? Minha priminha veio me investigar e está se fazendo de sonsa para fazer bem o seu trabalho?

- Leo, cala da boca, porra!

- Não me chame de Leo, caralho. - Ele segurou minha mão com força, me fazendo olhá-lo com raiva.

- Se você se chama Leonardo mas sempre preferiu Leo, vou te chamar pelo seu nome. Não vou inventar moda pra mim, Leonardo. Sabe, não vou sujar tudo que conquistei porque meu primo querido se meteu na porra de uma briga com uma máfia e teve que mudar o nome.

- Isso é o que?

- Eu sou uma Agente do FBI, me respeita e fica calado. Não parece, mas temos autorização para vir aqui. - Saí da sala, lhe entregando o copo ainda cheio.

Fui para o quarto de visitas após avisar Jasper que estaria lá. Pedi para que ele o observasse todos os movimentos que meu primo fizesse, porque ele pode inventar uma gracinha.

Olhei por todo o quarto, sentindo-me bem em simplesmente fazer meu trabalho real de novo. Entrar em um lugar e poder ver tudo quando eu posso simplesmente achar provas, incriminar a pessoa e prende-la depois de descobrir que ela faz mais mal a sociedade do que eu e Jasper.

Suspirei ao encontrar uma caixa com drogas ou drogas que funcionam como soníferos. Com as luvas, pus tudo num saquinho plástico e levei para a sala, vendo que outros Agentes da instituição daqui chegaram.

- Agente Carter, quanto tempo.

- Estive fora do país por um tempo, mas é bom estar de volta. - Henrique assentiu, se aproximando. - Encontrei isso no quarto dele. Investiguei a caminho daqui e soube que há algumas evidências de outros assuntos bem piores do que drogas que já me encarreguei de enviar para a instituições de vocês.

 AGAIN AND AGAIN - I & IIOnde histórias criam vida. Descubra agora