Capítulo 8

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- Paula?? Paula?? Acorda Paula!
Paula da um pulo de sua cama e se assusta ao ver que Carmem estava ao lado dela a observando assustada. Imediatamente Paula puxa Carmem para um abraço forte pegando a mais velha de surpresa.
- Carmem... promete pra mim que nunca vai me abandonar e me mandar embora da sua vida para sempre??
- Paula... não estou entendendo nada... aconteceu alguma coisa? - pergunta Carmem abraçando Paula sem entender.
- Você ainda não me respondeu... promete? - Paula insiste na pergunta saindo do abraço e olhando nos olhos de Carmem.
- Eu prometo. - Imediatamente Paula desaba nos braços de Carmem.
- Eu nunca imaginei que eu precisava tanto de você... Carmem. - Paula volta a olhar para Carmem - eu te amo Carmem Wollinger. - A mais velha sorri para Paula e a puxa para um beijo lento e necessário, Paula segura a nuca de Carmem aprofundando mais ainda o beijo, era como se a vida dela dependesse daquele beijo, como se aquele fosse o único lugar onde Paula conseguisse se sentir em paz, em casa.
Carmem sentiu que aquele beijo era diferente, estava carregado de ternura e paixão, as duas estavam conectadas. Era como se fossem uma só.
Após alguns minutos, o ar se fez preciso para ambas, descolaram seus lábios um do outro e ficaram com as testas coladas se recuperando do beijo.
- Eu também te amo, Paula Terrare. - Carmem olha para Paula ainda com as têmporas próximas e novamente se iniciam em outro beijo que não duram muito tempo até que são interrompidas por Ingrid.
- Mãe... Carmem, a Tuninha pediu para vocês irem jantar, a mesa já está pronta.
- Vamos amor? - diz Paula pegando na mão de Carmem e se levantando da cama puxando a loira.
- Vamos... - então Carmem se levanta da cama e vai em direção à porta ainda de mãos dadas. - Espera Espera Paula! - Carmem então para e congela olhando para Paula com um olhar de curiosidade. - você me chamou do que mesmo ali? - pergunta Carmem encarando a morena.
- te chamei de Amor. Ué queria que eu te chamasse do que? Cascacu? - Paula olha com uma cara de sarcasmo para Carmem.
- não não, é que é a primeira vez que alguém me chama de "amor" ... claro no sentido romântico. - diz Carmem disfarçando que ficou encabulada com a confissão.
- Mas você é minha namorada e eu vou te chamar sempre de Amor. Então é bom você já ir se acostumando repitiliana! - Paula segura a risada.
- A não Paula, repitiliana está ultrapassado já! Até Cascacu é melhor que isso. Por favor.
- entendi entendi Carmem Wollinger kkk... vamos logo que eu estou morrendo de fome! - então Paula puxa a mão da Carmem novamente e as duas vão para a sala de Jantar.

...

Na mesa, Carmem senta ao lado de Paula junto com toda a Família Terrare.
- Olha, nem nos meus maiores sonhos eu imaginei que algum dia eu veria Carmem Wollinger e Paula Terrare juntas. Ainda mais namorando. É a revolução dos tempos!
- Olha minha filha, nessa vida... a gente não se esquece de três coisas. A primeira é o primeiro beijo, a segunda o primeiro pé na bunda, e o terceiro...
- o terceiro o primeiro amor... - completa Carmem olhando nos olhos de Paula.
- Exatamente. - Paula olha nos olhos da loira, ela lembra que já falou isso pra Carmem, e a deixou surpresa que a mesma se recordava e fez Paula pensar se lá Carmem já era apaixonada por ela.

- Tá e vocês vão viajar que horas amanhã? - pergunta Ingrid.
- Nosso voo está marcado para amanhã pela tarde! - responde Carmem.
- Aiii eu acho super romântico viajem de casal... ainda mais para a cidade mais romântica do mundo. - Ingrid olhava para a felicidade da mãe e não poderia se sentir mais orgulhosa que qualquer outra pessoa. Ela sempre soube que todo aquele ódio tinha algo a mais.

...

O jantar correu bem, após a sobremesa Carmem começou a se despedir de todos da Casa.
- Não não vai... dorme aqui hoje... - pede Paula segurando na mão da namorada e a olhando com uma carinha de pidona.
- eu queria muito dormir com você hoje my Schartz, mas se eu fizer isso hoje, com certeza amanhã nós não acordamos até o horário do voo.. e eu ainda nem arrumei minhas malas. - Carmem então segura no rosto de Paula e da um selinho. - vou indo tá. Te amo. Até amanhã my sunshine.
- Ta bom ta bom... eu também te amo cobra... - diz Paula olhando com cara de braba para a loira.
- Não me olha assim... você sabe que se eu dormisse aqui a gente não iria dormir a noite e iria trocar pelo dia. E não podemos hoje.
- Mas essa era a intenção mesmo cobra Cascacu.
- ERA a intenção, mas não podemos... quando chegarmos em Paris, vamos ter muito tempo para dormir bem agarradinhas. Prometo. - então Carmem a puxa para mais um beijo e sai.

...

Paula volta então para seu quarto e se deita na cama sorrindo para as paredes. Ela estava se sentindo amada, era algo que Paula não sentia a muito tempo, se sentia completa, mas ainda havia algo que a deixava agoniada, ela precisava contar para Carmem a verdade, mas precisava também deixar claro o fato de isso tudo que ela sente pela loira não é mais algo que envolve a posse das empresas, aquilo era algo verdadeiro. Era o sentimento mais puro e verdadeiro que Paula aflorou por Carmem. Era amor de verdade. Mas a morena não fazia ideia de como contaria pra mais velha tudo. E se Carmem não entendesse seu lado? E se aquilo virasse o ponto final da relação das duas como foi no sonho da Paula.
Ao mesmo tempo que tudo era mágico, em um estalar de dedos poderia virar seu maior pesadelo.
Paula sentia seu coração apertar, e então ela sentiu um vento frio no quarto, mas as janelas estavam fechadas...
- Só pode ser ela... - então Paula começa a olhar para todos os lados procurando E L A.
- Aparece logo! Eu não tenho medo de você!! - Paula então paralisa ao ver a Morte parada em frente a sua cama.
- Sentiu minha falta Paula Terrare? Como está indo seu plano?
- Sai daqui!! Me deixa em paz! Não tem plano nenhum aqui! - diz Paula encarando a morte.
- Até onde se vai por poder...? - responde a entidade parada, fazendo ventar mais forte...

Continua...

Entre nós um destino - CARRAREOnde histórias criam vida. Descubra agora