Capítulo 10

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- Carmem... é uma escritura passando toda a Terrare para meu nome e 50% da Wollinger...  não Carmem, eu não posso aceitar isso...

- Paula, eu insisto que você aceite. Paula... eu sei que você pode morrer em menos de 1 ano, se for mesmo seu ultimo ano de vida eu quero que você realize tudo que você sonhou, que você tenha mesmo o que é seu por direito, não quero ter esse peso na minha consciência, e além do mais, eu te amo Paula, eu tenho medo disso tudo e quero poder aproveitar cada momento ao seu lado, quero que você seja a mulher mais feliz do mundo comigo, quero... - Carmem não consegue segurar as lágrimas, e Paula puxa ela para um abraço.

Paula estava indecisa, por mais que isso tudo tivesse começado pelo plano, Carmem tinha razão. Ela poderia morrer em menos de 1 ano e não poderia deixar sua família desamparada, querendo ou não Paula não tinha mais a Terrare, ela estava desempregada, ser namorada da Carmem e ter participação na empresa não asseguraria sua família de nada.

- Carmem, eu topo. Mas eu quero que você me prometa uma coisa, que se algo acontecer comigo, promete que vai cuidar de tudo pra mim ,promete que vai cuidar da minha família, da Terrare, de tudo. Me promete isso? - Paula olha para os olhos da Carmem que se encontravam marejados.

- Não não Paula, você não vai morrer eu não vou te prometer algo que nem vai acontec... - Paula segura nos ombros de Carmem que estava com a cabeça baixa

-Carmem olha pra mim! - Carmem levanta a cabeça novamente - me promete por favor...?

- Tá bom, eu prometo. - Carmem então começa a chorar - eu não quero que seja você a escolhida, não pode ser você! Não pode!

- E me prometa que se for eu - Paula já estava segurando o choro - se for eu Carmem, você vai jogar as minhas cinzas lá do alto dessa torre...

- Tá bom meu amor eu prometo - Carmem puxa Paula para um abraço forte - mas eu sei que não vai ser você. Eu sinto isso...

...

As duas ficaram ali por um bom tempo abraçadas olhando a o show e luzes da torre Eiffel, mas o frio começou a se fazer presente.

- Eu acho uma boa ideia nós voltarmos para o hotel agora o que acha my schartz?

- Está esfriando, eu topo.

Ao chegarem no hotel ambas foram retirando os casacos pois no quarto havia aquecedor, Carmem ajuda Paula a retirar seu casaco de lã batida que estava preso em seu cachecol.

- Prontinho coisa linda, obrigada Te amo. - Paula diz se virando para Carmem.

- Você sabia que eu não to acostumada com isso de "eu te amo" toda hora né?

- Ahh então você não quer que eu diga que te amo...?

- Não não eu quero sim, mas é só que eu não estou acostumada - Carmem da um sorrisinho e puxa Paula pela cintura - diz de novo vai...

- Te amo.

- De novo...

- Te amo.

Carmem então beija Paula, que a joga na cama com em um único empurrão.

- Antes de eu começar isso, deixa só eu...

Paula se vira de costas para Carmem e retira suas botas, sua meia calça e seu vestido. Após desfazer das roupas, ficando apenas de calcinha, Paula passou as mãos pelas longas madeixas morenas para deixá-las mais soltas e jogou o cabelo todo para um lado só, depois ajeitou as pontas em cima do ombro e subiu na cama de quatro e olhou nos olhos de Carmem, erguendo apenas uma das sobrancelhas.

Entre nós um destino - CARRAREOnde histórias criam vida. Descubra agora