CAPÍTULO 01

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𝗡𝗮𝗿𝗮 𝗙𝗼𝗿𝗯𝗲𝘀

𝗡𝗮𝗿𝗮 𝗙𝗼𝗿𝗯𝗲𝘀

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— Eu não sei...

— Ah, para, qual foi? Está querendo andar pra trás agora? — me olha.

Levanto uma sobrancelha.

— Não é isso, é que já perdi o tesão de ir. — proclamo sendo sincera.

— Nara Forbes Mendes. É sério isso? Quais são as chances da minha mão voar agora na sua fuça? — ameaça.

— Mmm, nenhuma.

— Por Deus, vamos?

— Eu...

— Não precisa pensar agora, pensa bem primeiro. Mais vou te dar um pequeno incentivo pra você pensar mais ainda. Homens, bebidas, sexo, diversão, tesão, música... Tá bom ou quer mais?

Ela não para de tagarelar.

— Ok, ok, Dove.

— Vai pensar?

— Vou.

— Mais pensa com carinho, tá bom? — diz com a voz mansa agora.

Formo um bico na boca.

— Ok, chata.

— Te amo, agora me diz do por que está na dúvida se vai ou não?

Cocei a cabeça, pesando.

— Eu não sei… A gente tentou ir ano passado só que aconteceu aquele acidente e para ser sincera estou com um pouco de receio agora. — me sento na cama.

— Eu também, e também fiquei com pena de todos que morreram afogados. Só que a vida é uma, se a gente não aproveitar não vamos saber como é ter a sensação de viajar em alto mar.

Suspiro.

— E outra eu fiz natação, eu te carrego se alguma coisa der errado. — a olho.

É sério que eu estou ouvindo isso?

— Pra que? Pra morremos juntas, se bem que vai ser uma morte justa né. Você tentando me salvar e eu afogando você por desespero. — digo rindo.

— Eu te mato.

— Já vamos está fodida mesmo.

— Não pense nisso. Eu não estou pensando por esse lado, fiquei pensando sim, no início, mas agora não.

Eu fico na corda bamba eu quero muito ir mais ao mesmo tempo não quero.

Porém, a vida é só uma se eu viver na base de medo eu nunca vou conseguir ter a sensação de experimentar as coisas novas.

Eu e a Dove íamos fazer um cruzeiro no ano passado no meado do ano para ser mais exata. Só que aconteceu um grande acidente, um temporal surgiu quando o cruzeiro já estava a bordo e por conta de acontecimentos técnicos, eu acho, o navio acabou afundando poucas pessoas conseguiram se sobreviver. Fiquei triste e com muito medo por que se não fosse a Dove passando mal no mesmo dia, a gente já estaria sendo o jantar dos peixes e tubarões. Ou melhor dentro da barriga deles, estaríamos agora.

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