Adoção. Minsung

044.

O cheiro de mofo que emanava no local fazia com que Minho se sentisse tonto, o porão extremamente escuro e fechado sem nenhuma fonte de luz era de assustar qualquer um.

Não estava muito tempo ali, mas foi o suficiente para surta e começar chorar como um gatinho perdido, era assim que estava se sentindo, um gato completamente perdido pela segunda vez, estava encolhido em um canto da parede abraçando seus joelhos e derramando lágrimas de pura tristeza e dor, aquele não seria seu fim... Seria?

Minho estava com fome, frio, triste e com raiva, o híbrido conhecia bem esses sentimentos, não era algo novo que lhe assustava tanto como da primeira vez, mas dessa vez não foi como antes, ele tinha uma família e com certeza amava eles com todas as suas forças.

Tinha certeza que Jisung lhe amava também e se lhe ama-se iria acha-lo não importa as circunstâncias.

Como um ser humano poderia ter feito isso com ele? Quando saisse da-li iria fazer com que a pessoa se sentisse do mesmo jeito!

Desde de que Minho chegou na Alemanha só pensava em uma coisa, vingança.

E dessa vez não seria diferente, iria trazer vingança para o tal.

Iria fazer de tudo para sair da-li vivo, nem que precisasse ficar 45 dias preso.

Minho vai lutar para ficar vivo até lá.

De repente ouviu o barulho de salto batendo contra o chão, odiava admitir, mas estava vivendo um verdadeiro filme de terror.

Ouviu uma mulher chamando por si por puro reflexo se encolheu mais ainda, quase cavando um buraco no chão.

- Pixano? - Optou por ser ele, era o único gato naquele porão, certo?... Olhou em volta até achar a quem foi chamado- Não se esconda de mim, gatinho, não vou te fazer mau- disse com um tom de voz calma, será mesmo que deveria confiar?

- Q-Quem é? - Falou com a voz chorosa, já começando a sentir lágrimas cristalina descerem por sua bochecha.

- Uma amiga de infância- disse simples e foi se achegando para perto do híbrido- sua irmã, quero dizer.

- Ahn? E-eu não tenho irmã! Nem amiga de infância...

- Como pode ser tão bobo? É claro que tem, a gente compartilha o mesmo sangue.

- Quem é você? - falou com um tom firme.

- Ah que desrespeito o meu... Lee Dahyun, prazer em conhece-lo.

Minho se sentiu angustiado, queria dar um chute nela e sai correndo provavelmente a mulher teria deixado a porta aberta para entrar, era sua deixa.

Obviamente não iria dar um chute nela, mais iria engana-la, olhou para a parede atrás dela e disse:- Ew, tem uma aranha enorme alí- apontou para um canto qualquer. E ele não estava mentindo, tinha realmente uma aranha alí.

Dahyun olhou com desespero para parede e fez uma cara de nojo.

- Muito nojenta, mas-- - quando se virou de volta para trás o híbrido não estava mais lá, quem dirá que seu plano presumido iria funcionar tão bem? Por um momento Dahyun sentiu seu sangue ferver em raiva.

Gatos são amorosos, mas muito traiçoeiros, principalmente quando se trata de segurança própria.

Continua...