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O barulho da TV ligada ecoava longe dos meus pensamentos enquanto eu brincava com o gelo presente no copo com whisky

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O barulho da TV ligada ecoava longe dos meus pensamentos enquanto eu brincava com o gelo presente no copo com whisky.

Dei mais um gole, sentindo o gosto amargo do liquido descer pela minha garganta.

Era mais uma das inúmeras notícias que falavam sobre o que eu tinha feito noite passada. Agora é crime eu sair com os meus amigos, gastar o meu dinheiro por beber o tanto que eu tenho o direito e jogar em um cassino? Mas como a mídia sempre esteve presente na minha vida e ela tem o prazer de aumentar cada detalhe, lá haviam fotos expostas de milhares de garotas que eu havia conversado, mas que nenhuma eu cheguei a levar pra cama, mas a notícia dizia bem claramente:

"Josh Beauchamp teve uma noite QUENTE!''

Quente com letra maiúscula só pra ressaltar esse detalhe. Coitados, mal sabem a vida conturbada que eu estou levando.

Talvez eles soubessem, mas acredito que não seja algo que eles realmente se importam. A única importância da mídia em cima de mim é me enfiar no buraco cada vez mais, e pior do que isso é ver que existem pessoas que aplaudem.

Eles implicavam até com o fato de agora eu ter comprado uma casa em Las Vegas.

Parecia um combo de notícias: minhas noitadas, quem eu saia e com o que eu gastava o meu dinheiro.

"Josh Beauchamp briga com Orlando Bloom em uma boate por causa da sua ex-namorada Elie''.

Elie. Ri ao lembrar desse nome. Eu brigar com alguém por conta da Elie? Eu apenas defendi o que eu achava certo, eu não ia ficar quieto após um velho com bolso cheio da grana falar tudo o que queria pra mim. E ainda assim eu saiu como o ruim da história.

Eu sempre sou o cara ruim, rebelde, terrível e que deveria ser extinto da sociedade.

Eu tinha gastado mais de 150 milhões de dólares na mansão. Era um condomínio fechado e eu pretendia ficar lá até finalizar a gravação do meu novo disco, então depois eu venderia novamente e voltaria pra Los Angeles.

Hotéis tem lá seus privilégios, morar em um é excelente, mas nessa altura do campeonato o que eu mais queria além de conforto era privacidade.

Meu celular tocou em cima da mesa de centro da sala e mesmo de longe pude avistar o nome do Scooter na tela. Soltei um suspiro derrotado ao saber o que viria pela frente.

Inclinei meu tronco, pegando o celular e atendendo em instantes:

Ligação on

- Alô?

- Oi Josh! - Scooter disse, parecendo preocupado pela sua voz. - Está melhor?

- Eu estou ótimo! - Falei com um tom de ironia na voz. Pude ouvir Scooter rir.

- Então, o que aconteceu dessa vez? - Ele perguntou.

- Não aconteceu nada. - Falei, enchendo o copo de whisky. - Por que?

𝗣𝗲𝗮𝗰𝗼𝗰𝗸| 𝘣𝘦𝘢𝘶𝘢𝘯𝘺 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora