Realmente Não se Está Só

610 45 52
                                    

— Beleza. Salgadinhos, bebida, refri... -Alya olhava uma por uma, garantindo que não estava esquecendo nada.

— Ok, o telefone está na geladeira se precisar. -Sua mãe aparece com um casaco dobrado encima do antebraço. –Mande um beijo aos dois por mim.

— Claro. -Alya sorriu largado. Tinha esquecido de avisar que teriam mais gente nessa "festinha". –Se cuida.

— Eu sempre me cuido. -Sua mãe sorri de lado, e fecha a porta da casa, sumindo de vista.

Alya solta a respiração, e dá uma última olhada pela casa. É, tava bom.

A campainha soa, e pelo horário ela já sabia quem era. Grita um "pode entrar", enquanto colocava algo pra tocar.

— Acabei esbarrando com sua mãe. -Marinette fecha a porta atrás de si. –Ela tá muito tranquila pra quem vai dar...

— Ela não sabe, e não vai ser você que vai situar ela que mais umas dez pessoas vão vir, né? -A encara seriamente, com uma pitada de dia ironia habitual.

— Eu lavo minhas mãos. -Marinette as ergue, indicando que era a mais inocente no meio daquela bagunça. –E Luka, nada ainda?

— Não, você já conhece. -Ela diz enquanto pegava as coisas mais fáceis de quebrar do painel com sua TV, juntando tudo entre os braços. –Quer apostar quanto que ele vem acompanhado?

— Já estava na hora. -Marinette murmura pensando alto, deixando sua bolsa da faculdade em qualquer canto. Alya volta do quarto onde descarregou as coisas, e a encara.

— Como assim? -Ela se encosta no batente da porta aberta, cruzando seus braços.

Marinette nota o que disse, e a olha da mesma maneira.

— Te incomoda que ele ainda possa sentir algo por você?

— Incomodar não é a palavra... -Marinette ajeita a jaqueta de seu pai no próprio corpo. –Fico triste por ele.

— Bom, não tem muito o que fazer. É problema dele... -Alya suspira. Era algo que deixava as duas tristes, na verdade. –E eu tava falando da Ju vir com ele.

Marinette esboça uma reação ao mesmo tempo que surpresa, indignada. Ambas riem.

— Que saco, me entreguei. -Marinette limpa o rosto com as mangas da roupa.

— Você vive fazendo isso, cuidado, hein. Com a gente é uma coisa. -Ela aparece com um copo vermelho, e entrega para ela.

— Eu sei. -Marinette pega, e cheira o conteúdo antes de tudo. –Ai, que isso, Alya?!

— Ué, Gin.

— Ainda são oito horas.

— Eu sei. -Alya bebeu tranquilamente do conteúdo, fazendo Marinette rir levemente.

— Vou pegar um refri. -Sua amiga se ergue, e vai até a cozinha.

Alya se viu sozinha com seus pensamentos, e suspira. Bebendo mais um gole.

.

Adrien caminhava perdido em sua própria cabeça, que já era bagunçada normalmente. Nino ainda tentou puxar um assunto para ele fugir disso, mas percebeu que não adiantaria de nada.

Bad AgresteOnde histórias criam vida. Descubra agora