Bad Agreste

Que Comece o Plano

Ela literalmente se enterrou nas últimas quatro horas sobre a matéria que tinha fazia três anos. E que foi parada de ser processada a partir do dia em que o Agreste se sentou na frente dela.

Agora, ela estava empenhada em aprender mais que o próprio professor sobre química quântica para sabe se lá o dia em que o loiro repita o milagre de falar com ela, e dizer quando que iriam estudar.

Se isso for realmente o que ele queria, né.

Ela fecha as mãos e bate diversas vezes na cabeça, querendo espantar esse pensamento irritante que Alya implantou nela. Não tinha a menor possibilidade de ser isso! Não tinha nem outra coisa, era só estudo! Até porque, Adrien devia saber tanto quanto ela daquela matéria, claro que por motivos de distrações diferentes.

Afastou isso da cabeça uma última vez, e voltou a se concentrar.

O toque de vídeo chamada tomou o quarto, e ela pegou o celular a sua frente, atendendo assim que viu sua amiga na tela.

— Oi. -Saúda sem ânimo.

— Ei, que cara é essa, tava dormindo? -Alya riu do outro lado, encarando mais atenta sua amiga.

— Não, é que só... -Suspira completamente cansada. –Tava estudando química, pra caso o Adrien...

Alya começou a gargalhar, enquanto recebia o olhar mórbido e sério de Marinette.

— Amiga, agora?! Você sabe que ele podia ter falado com você sexta, né.

— Sim, mas sexta eu não tenho aula com ele...

— Isso ainda não impede. -Bufa, revirando os olhos. –Marinette, se esse cara vier falar com você amanhã, show. Pelo menos vai saber como ajudar ele.

Marinette dá de ombros, como se por um mísero momento não pensasse sobre isso.

— Mas enfim, te liguei pra te arrastar pra ir no shopping comigo.

— Pra fazer meus pés doerem?! Eu dispenso, obrigada.

— Você é a única mulher que eu conheço da nossa idade que detesta shopping.

— Não é que eu deteste, só não vejo graça em ficar rodando pra ver um bando de roupa que eu não quero comprar. -Diz simplesmente, com um sorrisinho no final. –Sem contar que você leva uma eternidade, então se é pra dormir lá, eu já...

— Bom, tá bom então. Já que prefere fortalecer o cérebro numa aventura deliciosa sobre química quântica, eu que não vou atrapalhar amiga, divirta-se! Eu vou me arrumar, beijos.

Marinette suspira pra tela inicial do seu celular, e sente toda amargura que seu quarto todo escuro se tornou. E aquela página ainda aberta sobre química, saí, saí!

Ela respira fundo, olha para seu guarda roupa e toma coragem.

Pega seu celular e digita o número só uma vez.

— Que horas você vem me pegar? -Pergunta séria assim que sua amiga atende.

— É assim que se fala.

.

Elas já estavam caminhando com as sacolas só a algumas horas, até que Alya aponta sorridente e Marinette passa a prestar atenção nela.

— Ali! A loja que eu falei. -Marinette assente, e elas permanecem no mesmo ritmo de caminhada. –Tem certeza que não quer nada pra você? Meu pai voltou bastante generoso de viagem.