Capítulo 1 - ACHEI ELA

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DEDICADO AO HOMEM QUE ME INSPIROU A ESCREVER ESSA HISTORIA, A MULHER A MINHA VIDA, AOS MEUS IRMÃO, AMIGOS, COLEGAS E A VOCÊ QUE ACREDITA NO AMOR.

“Dizem que na vida é preciso saber andar, que rico é rico e pobre é pobre, e cada um por seu canto, mas o que fazer quando a gente se apaixona? ” – Vírus
.
Tudo começou numa manhã de segunda-feira, Silvio estava saindo de casa para a escola da cidade, onde o seu irmão estudava, sua mãe já tinha ido vender e o Almiro já estava na escola. Ele pegou na sua bicicleta depois do pequeno almoço e foi pedalando. No caminho ele encontrou um rato branco que estava ferido no pescoço e nas patas e mal conseguia andar, ele teve compaixão do animal, com cuidado o colocou dentro de sua mochila e continuou sua trajetória. Quando chegou na escola entrou normalmente como se fosse um aluno da instituição, pois ele estava uniformizado como tal. Já dentro da escola dirigiu-se até a sala em que o Almiro, seu irmão, estuda, para a sua sorte não tinha professor na turma.
— Boa tarde! — Disse Silvio aos primeiros colegas com quem ele se deparou assim que entrou na sala.
— Bom dia! — Responderam os colegas!
— OH ainda é bom dia né, desculpem! — Disse Sílvio e nesse instante o seu irmão apareceu dizendo:
— Hei Silvio!
— Ahn! — Exclamou Sílvio virando para ver quem o chamara
— Estás aqui a fazer o que? — Perguntou Almiro
— O mesmo que tu! — Respondeu Sílvio
— Eu vim estudar!
— Eu também vim estudar, não estás a ver a minha mochila!
— Rsrs, você louco!
— Ya, acho que isso é de família!
— Rsrs, assim estas a querer dizer o que?
— Nada...!
— Ahn sei... vem vamos sentar aqui! — Disse Almiro. Eles sentar-se e depois e continuaram conversando, logo, apareceram alguns colegas que quiseram conhecê-lo, eles ficaram a conversar e conversar, depois ele tirou o animal que tinha na mochila, alguns colegas tiveram medo e outros não. Durante a conversa com as colegas, o Sílvio notou que uma colega que não interagia com ninguém, pois desde que ele chegou não é viu conversando com alguém. Intrigado, perguntou ao irmão:
— Quem é aquela? — Perguntou indicando com a cabeça
— Quem... aquela? — Disse Almiro, seu irmão, apontando.
— Sim!
— É a Justina!
— Ela é sempre assim bem quieta?
— Às vezes, mas é quase sempre, ela é muito chata e arrogante, filhinha do Papa e da mãe, só gosta de conversar com pessoas que vivem aqui na cidade ou que sejam pelo menos do mesmo nível social...
— Humm, então é isso, armada em rica que não se mistura com gente pobre... interessante!
—... não gosto nada quando você faz essa cara... o que está pensando?
— Bem, existe uma boa razão pela qual algumas pessoas me chamam de vírus e isso não é por ser malicioso e sim, por normalmente chegar sem avisar e só ser notado depois de fazer alguns estragos.
— Detesto essa frase! — Comentou Almiro
— Rsrs — ele sorriu — colegas por favor... — disse Sílvio recebendo o animal nas colegas. — Obrigado... agora, se me deem licença... — continuou ele e em seguida se levantou colocando o animal no ombro.
— Onde você vai?! — Perguntou Almiro
— Vou só bater um papo e já volto! — Respondeu Sílvio e em seguida saiu em direção à Justina
— Sílvio espera! — Exclamou Almiro, mas o Sílvio continuou. — Oie...! — Exclamou Sílvio pousando a sua mão direita sobre o ombro direito dela — Impressão minha ou você parece alguém de poucos amigos? — Continuou ele, e ela virando para ver quem estava falando, tomou um susto ao ver o rato branco no ombro dele e levantou aos gritos, o animal assustou e acabou caindo ao chão, fazendo com que as outras colegas também gritassem de medo.
— O que está acontecendo aqui? — Perguntou o coordenador e ficaram todos em silêncio, o Silvio já tinha pego o animal.
— É esse colega coordenador, ele trouxe um rato a escola e está a nos assustar com ele! — Disse Justina apontando o Silvio
— Oh Jovem!
— Sim professor!
— Porque você trouxe um rato na escola?
— Desculpe professor, é que eu encontrei ele no caminho enquanto vinha pra escola e me compadeci dele, pois está muito ferido.
— Mas na escola não é lugar para ratos!
— Sim senhor, mas eu não quis que ele ficasse pelo caminho, nesse estado.
— Taa guarda isso, se voltares a assustar as suas colegas vou te mandar chamar seus encarregados ouviu?
— Sim senhor.
— Tá bom, delegado, manda seus colegas entrarem na sala. — Disse o coordenador se dirigindo ao delegado e ele saindo mandou todos os alunos que estavam pelo corredor entrarem nas salas.
...
— Oi Justina, desculpa lá pelo que fiz a pouco, não quis te assustar. — Disse Sílvio à Justina, tentando se desculpar com ela, depois que a sala ficou mais tranquila, ela não respondeu e ele insistiu — Justina!
— O que é? Será que você ainda não percebeu que eu não quero falar com você! — Disse Justina, irritada.
— Calma, eu só queria me desculpar!
—... E tu anda tens a coragem de me dirigir alguma palavra!
— Oi, desculpa, essa não foi minha intenção, eu não quis assustar você.
— Mas assustou seu infantil, então aprenda a se colocar no seu lugar se não quiseres que eu vá contar ao coordenador que você não é aluno dessa instituição.
— Rsrs, isso quer dizer que não estou desculpado?
— É meu filho, agora vê se desapareça, e aprenda a se meter só com as gentinhas como você.
— Rsrs — ele sorriu — resposta errada... licença! — Disse Sílvio se retirando.
—... não se atrevas a me virar as costas!
— Rsrs... o que foi? — Indagou Sílvio voltando-se a ela, sorrindo — eu já te pedi desculpas, é você quem não quer me desculpar e quer saber, dane-se, não vou implorar o seu perdão.
—... Melhor você não voltar a cruzar o meu caminho, se não vai se arrepender.
— Ok, não cruze o meu e estamos kits... — disse Sílvio com um sorriso estampado — licença! — Continuou ele e em seguida se retirou, a deixando mais irritada.
— Xii você irritou a fera! — Disse Mario, um colega.
— Nada, rsrs... eu apenas disse o que ela não esperava ouvir. — Disse Sílvio sorrindo.
— Também lhe merece gosta muito de se sentir super aos outros! — Comentou Janeth
— Rsrs — ele sorriu
— Wey Silvio, eu acho melhor você ir, essa mboa quando está irritada não é nada bom — disse Almiro
— Não se preocupe mano, não vai acontecer nada! — disse Sílvio e depois eles se sentaram e continuaram a conversar, até que de repente a professora de matemática entrou na sala, escreveu o sumário no quadro após a saudação habitual e chamou um voluntário para resolver um dos exercícios que ela tinha deixado como tarefa, Justina como sempre, levantou a mão, os colegas começaram a murmurar, a professora pediu silêncio e perguntou se havia outro voluntário, mas ninguém se prontificou, então a professora mandou Justina ao quadro para resolver o exercício. Ela foi lá e ficou resolvendo o exercício, enquanto isso, Silvio estava na carteira tentando resolver o mesmo exercício.
— Já professora! — Disse Justina assim que terminou de resolver o exercício.
— Muito bem, pode se sentar — respondeu a professora e ela foi sentar — meninos o exercício que a vossa colega resolveu está certo?
— Sim — responderam eles
— OK, quem pode vir resolver o outro exercício?
— Eu professora! — Exclamou Silvio levantando a mão direita ao ar.
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TO BE CONITINUED.

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