“Às vezes não é orgulho, é simplesmente aceitar que não podemos fazer nada a respeito e então parar de implorar e deixar pra lá!” – Vírus
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— Oi Justina, desculpa lá pelo que fiz a pouco, não quis te assustar. — Disse Sílvio à Justina, tentando se desculpar com ela, depois que a sala ficou mais tranquila, ela não respondeu e ele insistiu — Justina, eu estou falando com você!
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— O que é? Será que você ainda não percebeu que eu não quero falar com você! — Disse Justina, irritada.
— Calma, eu só queria me desculpar!
—... E tu anda tens a coragem de me dirigir alguma palavra!
— Oi, desculpa, essa não foi minha intenção, eu não quis assustar você.
— Mas assustou seu infantil, então aprenda a se colocar no seu lugar se não quiseres que eu vá contar ao coordenador que você não é aluno dessa instituição.
— Rsrs, isso quer dizer que não estou desculpado?
— É meu filho, agora vê se desapareça, e aprenda a se meter só com as gentinhas como você.
— Rsrs — ele sorriu — resposta errada... licença! — Disse Sílvio se retirando.
—... não se atrevas a me virar as costas!
— Rsrs... o que foi? — Indagou Sílvio voltando-se a ela, sorrindo — eu já te pedi desculpas, é você quem não quer me desculpar e quer saber, dane-se, não vou implorar o seu perdão.
—... Melhor você não voltar a cruzar o meu caminho, se não vai se arrepender.
— Ok, não cruze o meu e estamos kits... — disse Sílvio com um sorriso estampado — licença! — Continuou ele e em seguida se retirou, a deixando mais irritada.
— Xii você irritou a fera! — Disse Mario, um colega da turma.
— Nada, rsrs... eu apenas disse o que ela não esperava ouvir. — Disse Sílvio sorrindo.
— Também lhe merece gosta muito de se sentir superior aos outros! — Comentou Janeth
— Rsrs — ele sorriu
— Wey Silvio, eu acho melhor você ir, essa mboa quando está irritada não é nada bom — disse Almiro
— Não se preocupe mano, não vai acontecer nada! — disse Sílvio e depois eles se sentaram e continuaram a conversar, até que de repente a professora de matemática entrou na sala, escreveu o sumário no quadro após a saudação habitual e chamou um voluntário para resolver um dos exercícios que ela tinha deixado como tarefa, Justina como sempre, levantou a mão, os colegas começaram a murmurar, a professora pediu silêncio e perguntou se havia outro voluntário, mas ninguém se prontificou, então a professora mandou Justina ao quadro para resolver o exercício. Ela foi lá e ficou resolvendo o exercício, enquanto isso, Silvio estava na carteira tentando resolver o mesmo exercício.
— Já professora! — Disse Justina assim que terminou de resolver o exercício.
— Muito bem, pode se sentar — respondeu a professora e ela foi sentar — meninos o exercício que a vossa colega resolveu está certo?
— Sim — responderam eles
— OK, quem pode vir resolver o outro exercício?
— Eu professora! — Exclamou Silvio levantando a mão direita ao ar e a maioria dos colegas viraram se olhando para ele incluindo a Justina. Ele levantou e sorrindo olhou de volta pra Justina, e a Justina desviou o olhar.
— Xe Silvio você está maluco! — Disse Almiro o puxando na mão para se sentar
— Calma esse mambo é básico — respondeu Sílvio ao Almiro
— Menino vem para o quadro! — Disse a professora. Ele pegou o seu caderno e foi pro quadro — Você é novo né? — Perguntou a professora enquanto ele escrevia o exercício no quadro.
— Sim professora! — Respondeu ele
— Hoje é seu primeiro dia de aula, não né?
— Não!
— Está bem! — Disse a professora e nesse instante a Justina começou a chamá-la.
—... Professora ele está a usar o caderno — reclamou Justina assim que conseguiu atrair para si, a atenção da professora.
— Menino, não pode usar o caderno! — Disse a professora ao Sílvio
— Sim professora, estou só a passar o exercício — respondeu Silvio para a professora e em seguida olhou para a cara de satisfação da Justina. Após terminar de passar o exercício no quadro pousou o caderno por cima da carteira da Justina dizendo: — Certifica-te de segurá-lo para eu não cabular — disse sorrindo e depois começou a resolver o exercício no quadro.
— Wy Almiro, qual é a ideia teu irmão? — Perguntou Ivanilson, o delegado, enquanto o Silvio resolvia o exercício no quadro.
— Não lhe liga muito, ele não bate bem da cabeça! — Respondeu Almiro
...
— Já terminei professora! — Disse Silvio a professora, quando terminou de resolver o exercício.
— Já... deixa ver! — Disse a professora e de seguida se levantou da carteira para observar o exercício, depois perguntou para a turma: — Meninos o exercício que o vosso colega resolveu está?
— Está errado! — Exclamou Justina, antes mesmo de qualquer outro colega se pronunciar.
— Está errado Sílvio! — Continuou a professora — Justina, você poderia mostrar para o seu colega onde foi que ele errou?
— Sim — respondeu Justina a professora e de seguida se levantou da sua carteira, foi ao quadro e mostrou onde estava o erro
— Ahn errei o sinal, aqui é mais não é menos — disse Sílvio e os colegas começam a rir devido a forma como ele falou — xii, e num fala que era só o sinal — continuou ele querendo apagar para corrigir o seu erro, mas a professora pediu que fossem sentar e indicou um outro aluno para resolver o exercício.
Durante a aula, Sílvio se esforçava em participar, apresentava dúvidas e resolvia exercícios, coisa que incomodava a Justina e a fazia participar com mais frequência, o Sílvio também não dava tréguas e eles pareciam estar competindo. Dentre os outros colegas apenas dois participavam voluntariamente, sendo que outros eram indicados pela professora, pois a maioria queria apenas apreciar a competição do Sílvio e da Justina.
Alguns minutos depois, a aula terminou e para a insatisfação da Justina a professora gostou muito do Sílvio.
Na saída, Sílvio se apressou, para sair da instituição, pois temia que a Justina o denunciasse no coordenador ou no segurança, pois ela estava mesmo muito irritada. Fora da instituição, segurando a sua bicicleta ao volante, despediu-se dos colegas que acabara de conhecer sem previsão de volta. O seu irmão Almiro pegou um táxi e foi para casa, sendo que ele foi direito, de bicicleta para a escola onde estudava.
Justina, após sair da sala de aula, foi sentar-se no refeitório da instituição, onde comprou alguma coisa para comer enquanto esperava as suas amigas que ainda estavam em aula. Quando as amigas saíram, encontraram-se como sempre no refeitório e todas formam para a casa de Justina.
—... EH amigas vocês nem imaginam o mico que eu passei hoje na escola! — Exclamou Justina contando para as amigas o que lhe aconteceu na escola quando elas estavam no seu quarto.
— Mico! — Exclamou Marlene.
— Conta amiga, o que aconteceu, quem te fez passar mico? — Perguntou Patrícia.
— Imaginem só, um cara muito mal-educado e infantil foi hoje lá na escola!
— Um cara! — Exclamou Marlene.
— Éh, um tal de Silvio Bebeca ou babaca sei lá o quê, foi lá na escola e estava se achando o rei da turma
— Como assim? O que ele fez Ju?! — Perguntou Marília e a Justina começou a contá-las.
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To be continued... (CONTINUA)
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VÍRUS
RomanceVírus é uma história que relata a luta incessante de Sílvio Bebeca para alcançar Joaquina Kalandula, uma jovem ignorante, filha única de seus pais,que além de ser orgulhosa e arrogante tem pavor à gente pobre, embora viva rodeada muitos delas, Joa...