Izzy'narrando
Depois da Lola aplicar uma seringa em mim eu desmaio por um tempo e acordo em um outro quarto, era o meu quarto.
Não sei como eu cheguei em casa, mas estava em meu quarto. Vejo coisas que eu tinha quando era pequena e reconheço que aquele quarto era o de quando eu tinha dez anos.
Dessa vez consigo me levantar e vou em direção a porta do meu quarto. Saio do quarto e vou pra sala, me assusto assim que vejo a Sofya quando tinha treze anos e ela me olha e vem até mim.
_ Maninha venha comer, a mamãe fez uma torta de morango que você tanto gosta, ela disse pra eu esperar você acordar por isso venha logo que eu tenho fome - Sofya fala apressada me puxando para a cozinha.
Espera aí... mãe? Mas como? O que raios se passa aqui? Vou para a cozinha e paralizo assim que vejo uma mulher loira de olhos verdes e com um sorriso de orelha a orelha.
_ Solzinho? Porquê que você está chorando minha filha? - ela diz e vem me dar um abraço que eu logo retribuo com certa força - Porquê que você está chorando? - mamãe diz se separando do abraço e limpando as minhas lágrimas.
_ Eu amo muito a senhora mamãe - digo e vejo um brilho nos olhos dela verde esmeralda, os olhos mais lindos que já vi na vida.
A minha felicidade desaparece assim que lembro o que vai acontecer... eu tenho dez anos, a Sofya tem treze, a minha mãe está aqui fazendo torta de morango...
_ Mãe nos temos que... - sou interrompida pelo gemido de dor vindo da Sofya.
_ Minha flor o que você está fazendo? - minha mãe diz indo ver a Sofya que estava a tirar a torta do forno.
Antes que alguém diga alguma coisa, a porta é arrombada. Mamãe me puxa e me esconde na dispensa junto de Sofya.
_ Vai ficar tudo bem meninas... não fiquem com medo ok! Tapem os ouvidos e façam pouco barulho... não saiam daqui, é uma ordem - ela diz e sai fechando a porta.
Começo já a chorar e a Sofya tenta não fazer o mesmo mas falha miseravelmente.
_ Não se preocupe Izzy, vai ficar tudo bem... - ela diz me abraçando.
Não, não vai ficar nada bem... Nessa noite eu perdi a minha mãe, foi o último dia que vi o brilho nos seus olhos que era a coisa que eu mais amava nela.
Me desvencilo de Sofya e saio da despensa, meto uma cadeira por baixo da maçaneta da porta e vou de fininho até a sala. Vejo a imagem que me vem aterrorizando até hoje.
_ Por favor, faça qualquer coisa comigo mas não mate as minhas filhas... - minha mãe estava ajoelhada em frente a um homem que tinha uma máscara preta na cara igual aos outros.
Pego o telefone e volto para a dispensa abrindo a mesma, encontro Sofia sentada no chão chorando e vou até ela.
_ Toma, liga para a polícia, rápido Sofya - digo e ela concorda e liga para a polícia.
Saio novamente da dispensa e vou para a sala, meu coração erra uma batida assim que vejo um homem apontando uma arma para a cabeça da minha mãe que estava com os olhos fechados enquanto caíam lágrimas dos seus olhos.
Um barulho alto é ouvido e eu vejo a minha mãe caída no chão... fico paralisada, mais uma vez eu perdi o chão, foi como que se o meu coração se tivesse quebrado em mil pedaços.
Volto para a dispensa e encontro a Sofya parada com o telefone ainda na mão enquanto derrama lágrimas.
Eu vou até ela e a abraço forte. Ouvimos sons do carro da polícia e em seguida eles invadiram a casa.
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The Fear - O Medo
ParanormalJá imaginaram ir a algum lugar onde todos os teus medos se encontrem e tentam apanhar você? Onde todos os teus pesadelos se tornam realidade... Sejam bem vindos ao hotel Cruz! ⚠️ Essa história é da minha autoria, plágio é crime ⚠️