3. Dúvidas

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Zali ficou curiosa para saber mais sobre Irla. Ela foi perguntar para a instrutora, mas a mulher de cabelos pretos não conseguiu informar nada relacionado, e disse:

- Infelizmente, querida, não sei mais de nada sobre ela. - Falou em um tom intrigado.

- Ok, mas como eu posso saber mais?

- Eu realmente não sei, mas... você é a sobrinha da Brudy Winkler? - Perguntou mudando o assunto.

- Sim. Sou Zali Winkler.

- Que interessante. Eu sou amiga dela. - As duas deram um aperto de mão.

Zali achou compreensível a mulher não saber sobre o quadro, mas ainda assim queria saber mais, pois se tocou a respeito. Ela ficou lá encarando a garota, e mexendo os pés, como se sentisse algo lhe incomodando em descobrir.

Então, ela foi procurar novamente a tia para pergunta-la, mas Brudy estava ocupada demais, e então decidiu não atrapalha-la, mas pediu apenas o celular dela para ligar para a avó e ir busca-la. Brudy deu o celular, e assim que a menina pegou, ligou para a vó.

Carry, a avó, a buscou, já que estava perto do local. Zali passou mais ou menos uma hora dentro do museu, e depois voltou para a casa.

Era 15:00 da tarde e Zali então, foi ao banheiro e deitou no sofá da sala e assistiu a uma programação. Minutos depois, ela soube que tinha um computador no quarto de sua tia, pois observou a casa completa antes, e dessa maneira foi atras do eletrônico.

Sentou-se na cadeira, ligou o computador e começou primeiramente pesquisando em relação a Irla Durant. Pesquisando a biografia da garota, não encontrou nada além do que ja estava antes.

Ela achou aquilo estranho de se ver, mas clicou em imagens, e viu algumas fotos da menina sozinha, e vendo aquilo se sentiu mais proxima dela, mesmo não a conhecendo.

Zali pensou em como seria se ela também fosse morta por afogamento, porque o maior trauma dela é o mar, e tambem porque teve o pesadelo do seu passado terrivel.

Ela não desistiu de achar mais coisas, mas não deu certo, entao levantou-se e perguntou para sua avó:

- Vó, a senhora sabe se conhece essa garota? - Ela perguntou e puxou levemente a mão da avó para levá-la ate onde estava o computador.

Quando chegaram, Carry olhou a imagem da garota de cabelos loiros e ficou um pouco confusa, mas respondeu:

- Não que eu me lembre, mas porque?

- Eu vi um quadro dela, no Musek, e queria saber mais a vida dela.

- Só perguntando pra sua tia, meu bem. - Ela diz e sai do quarto.

Zali sentiu que a avó sabia quem era, por algum motivo, mas tentou nao ser tão atrevida. Ela gostaria de ir para o museu ainda hoje, pela noite, afinal fechava de 20:00, então dava para ir.

A garota desligou o computador e foi para seu quarto mexer no celular, e viu muitas mensagens do padrasto e da mãe. Entao, ela ligou para eles. E no segundo em que atenderam, ela disse:

- Desculpa, desculpa, desculpa, eu fiquei muito desligada do celular, eu sei, desculpa mãe.

- Desculpas? Não precisa disso Zali. - Atendeu o padrasto.

- Ah, que bom que é você. Eu não queria ter que me estressar pra me desculpar pra minha mãe, você sabe como ela é.

- Sei, princesa. Está aproveitando muito?

- Estou, adorei tudo daqui, quero nunca mais voltar.

- Espere, sua mãe quer falar com você. - Oi, Zali. Porque demorou pra atender minhas milhões de ligações?

- Meu celular estava silencioso, mãe. Desculpa. O Orion entendeu, mesmo eu não dando nenhuma explicação.

No momento em que Zali falou isso, sua mãe ficou silenciada por alguns segundos e disse:

- Tá, só quero que fique bem. Tchau. - Desligou a chamada.

"Deu nem tempo de falar nada. Ok, eu preciso dormir, espero que eu acorde na hora certa, mais ou menos umas 19:00 para eu voltar no museu."

Zali Winkler dormiu na sua mais nova cama vermelha e branca macia e se derreteu no sono.

Mais uma vez, enquanto dormia, sonhou com a garota dos olhos azuis, e no sonho, ela se afogava, e um homem a empurrava de baixo D'Água. Depois, Zali tentou ajuda-la, e fixou nos olhos de quem a afogava. Eram azuis igual o da garota, mas não conseguiu captar quem era o homem. E mais um pesadelo acabou.

Ela acordou assustada, e relembrando do que havia sonhado nesses minutos, levantou da cama e tomou água para ficar mais tranquila. Aquele sonho parecia muito real, e o olhar do sujeito ela conhecia de algum lugar.

"Como eu posso sonhar com alguem que eu mal conheço? E eu reconheço aquele outro olhar tão habitual. Não tenho certeza. Também na epoca senti que me afoguei, mas sabia que eu nao estava sozinha."

Carry foi para a cozinha onde Winkler estava bebendo água, e a alertou:

- O almoço está pronto. Percebi que você não comeu durante essas horas. Precisa comer.

Zali, tinha um corpo ampulheta, e nem era muito magra, nem muito gorda. Com tom de pele parda, e com olhos com cores misturadas: um toque de azul, verde e cinza que puxou da sua mãe. E seu cabelo curto e liso cor castanho claro até o ombro, com uma franja ao lado.

- Tá, vou comer, mas vó, pode me levar de novo mais tarde pro museu?

- Posso. Você pode ficar até fechar se quiser. - Completou.

Zali sentou-se a mesa, e ficou com água na boca quando viu o almoço que parecia ser delicioso feito pela sua vó. E após se deliciar, com o o prato Wiener Schnitzel: Bife empanado, com limão, batatas fritas e alface, pegou um guardanapo, limpou sua boca e saiu da cadeira.

Umas horas depois, Zali pretendeu se arrumar novamente para ir ao Musek, e com um look ainda melhor para se destacar a noite. Era proximo de 19:00 horas. Vestiu-se com uma blusa branca, sua cor favorita, com uma só manga e um short de cintura alta jeans.

Foi ao banheiro, em seguida, pegou na mala o celular. Antes de ir, tirou o resto das roupas na mala e colocou no guarda roupa grande dentro do quarto.

A garota avisou a sua avó que estava pronta para ir, e assim, foi com a neta ao monumento.

No local, estava completamente diferente. As luzes em torno ao museu se acenderam. Zali estava ainda mais impressionada. Uma verdadeira obra de arte. Iluminou aquela construção como ouro. Todas as janelas brilharam e as escadas para subir a porta igualmente.

Assim que subiu para entrar, havia mais pessoas do que a tarde, Zali chutou no minimo, mais de 300 pessoas. Em cada comôdo, tinha mais e mais. O do fundo, na parte dos quadros, as pessoas nem visitam tanto quanto o princípio, que era a sessão das estátuas e pinturas.

Zali, pela segunda vez, ia para a parte dos quadros, e viu mais uma vez Irla Durant. Olhou de novo a biografia, olhou ao redor, e tentou tirar aquela exposiçao dali.

"Acho que aquele sonho despertou mais ainda uma curiosidade em mim, agora, eu preciso saber quem é essa garota, e..."

A Garota Do QuadroOnde histórias criam vida. Descubra agora