6. Inesperado

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"Eu fiz o certo contar pra eles sobre meu pesadelo, mas pelo menos não contei o da Irla. Também nao faz sentido, eles nem a conhecem."

Zali, sentada na cama, mexe nas redes sociais depois e joga um dos seus jogos favoritos, que envolve crimes. Ela adorava desvendar mistérios.

Sua avó apareceu na porta e a chamou para comer. Foram a cozinha, e comeram á mesa. Zali disse para Carry:

- Vó, porque voce mora aqui com a tia Brudy?

- Bom, meu bem, eu vivia em Los angeles com sua mãe, mas achei melhor vir pra cá, pra aproveitar aqui, e ajudei a sua tia no museu. Você nem era nascida ainda. — Da uma leve risada, e continua digerindo o pão.

- Sim. - Da um meio sorriso, e pega a bolonhesa para colocar no pão. - Por que a senhora nao visita mais a mamãe? Ela dizia que queria vir aqui e falar com a senhora.

- Ela precisa vir aqui, minha neta. Estou muito velha pra viajar de novo. - Sorri.

- Ela ia amar conhecer o Musek, mas acho que o Orion ainda mais, porque ele tem muito interesse em saber.

Elas continuam na conversa, e Carry levanta da mesa para assistir tv. Zali vai para o quarto se trocar para ir a uma sorveteria.

- Vó, posso ir a uma sorveteria aqui Sabe onde tem?

- Pode. É aquela perto da rua com casas mais baixinhas que nós passamos para ir ao museu.

- Ah sei, me lembro. Vou lá, a senhora quer alguma coisa

- Não precisa, meu bem. - Da um sorriso e permanece sentada assistindo.

Zali assente, sai de casa e vai para a rua que sua vó lhe disse, e entrou na sorveteria, cheias de pessoas com estilos elegantes. Pediu seu sorvete favorito, de cereja, e sentou-se em uma cadeira para tomar o sorvete.

Ela escutou uma pequena conversa, de uma mulher que conversava com outra, na bancada. E tinham um sotaque americano. Zali logo percebeu, e achou muito bom ter alguém que também é imigrante. Enquanto tomava seu sorvete, ouviu uma parte do diálogo:

- Sinto muito mesmo, é duro superar. - Falou uma cliente desolada.

- É mesmo. Uma pena que não o encontro em nenhum lugar mais, não sei onde ele possa estar.

- Você tem alguma prova que possa comprovar?

- Não. Isso é o mais doloroso. Mas sabemos, porque ele fugiu, mas foi pra um lugar não tao longe, e foi quando eu morava lá.

- Em L.A ?

- Exato. Mas obrigada por lembrar.

- Pois é, eu fui no museu popular daqui e vi o quadro. Muito linda. Tenho que ir, desculpa por alguma coisa que eu perguntei.

- Sem problemas, fofa. - Diz com um meio sorriso e se despede da mulher.

Zali não havia se virado para trás durante o curto tempo que escutava as duas, e sim manteve-se tomando o gelado. Apenas ficou quieta, e quando se levantou, pagou a moça de expressão afável e cabelos loiros. Então, retirou-se do estabelecimento.

Nas ruas onde era o seu caminho para voltar á "mansão", como dizia, tinha árvores bordo, por todo canto e fazendo temperatura razoável, era estação de primavera, mas parecia que iria chover a qualquer minuto. As casas eram baixinhas na rua da sorveteria, mas na localização onde sua tia mora, todas as residencias eram grandes e com impressoes de riqueza.

Winkler saiu de casa para tomar sorvete as 9 da manhã, e perto das 10 horas voltou para casa, pois tinha aproveitado para conhecer as lindas ruas de Salzburgo, e passou perto da ponte Makarsteg, a mais conhecida da cidade. E avistou muitas pessoas passando lá.

Assim que destrancou a porta com a chave amarela, viu a avó deitada no chão. Correu em direção a ela, e pediu para que acordasse, mas ela não a respondia. Zali começou a chorar sem aflição, apenas não aceitando. Pensou que a vó tivesse desmaiado. O que não sabia, que ela estava sem vida.

Zali abriu a porta e com andar desajeitado foi para o museu de Brudy, avisa-la. Enxugava suas lágrimas pelo rosto e continuou correndo.

Entrando no local, vê sua tia na entrada e diz agitadamente:

- Tia, a vovó Carry, ela - Tentou recuperar seu fôlego. - Ela desmaiou.

- O que? Espera um pouco. - Brudy correu um pouco até os funcionários para dize-los.

Ela voltou aflingida, e ambas correram de volta para a casa. Carry, ainda no chão, nao se mexia. Brudy, ajoelhou-se e pediu para que sua mãe acordasse. Sem saber o que fazer, Zali estava parada e colocando as mãos no rosto balançando a cabeça negativamente.

Brudy ligou para a ambulância e aguardou. Ela pediu para Zali sair da casa, para nao se sentir com energias negativas. Zali assim fez, saiu aflita, com uma cara assustada e pensando no que aconteceu para a avó desmaiar.

"A vida da minha tia vai mudar completamente, meu deus e agora Eu nao quero que isso aconteça, mas se for pra acontecer, que ela nao desista do Musek."

Winkler foi a caminho do museu e entrou. A mulher de cabelos amarrados perguntou a ela sobre a mãe da Brudy, já que a tia avisou a todos os que trabalhavam no museu também. E Zali falou que só "veio aqui para se distrair, e não pensar negativo", e falou tambem que "a tia iria chamar a ambulância e que estava indo pra lá".

A mulher então, ficou menos despreocupada, e então, mandou Zali sentar-se em uma das cadeiras com uma mesinha, bem na entrada. Deu água a ela, porque necessitava de líquido.

"Aqui esta virando quase uma terapia para mim, um lugar onde eu posso tomar ar, e ver coisas tao belas que acabo não ligando para os problemas". É a primeira vez que não fico agastada."

Depois de algumas horas, Brudy havia ligado muitas vezes para o celular de Zali, mas ela não atendeu, pois não tinha levado pro museu, então a tia ligou para uma funcionária. Que logo depois de terminar a chamada, a mulher diz:

- Zali, sua tia falou que é pra você voltar, ela esta lá na casa. - Avisa em um olhar pra baixo e toca alisando o cabelo da garota.

"Pra quê tocar no meu cabelo , bom, pelo menos ela avisou"

- Ok, mas pelo tempo que vocês conversaram, você sabe se minha avó está bem?

- É melhor voce ir lá, ela está te esperando. - A mulher da um sorriso tentando deixar agradável.

Zali saiu do museu, e quando chegou na casa, a tia atendeu a porta e abraçou a sobrinha. Muito forte. Dando para sentir todos os sentimentos em só um ato. Terminaram de se abraçarem e Brudy determinou:

- Vamos para o hospital, sua avó está lá. Sem perguntas, Zali, por favor. Só troque de roupa.

"Se ela me chamou pelo nome e não pelos apelidos, a coisa esta muito séria".

Zali atravessou da sala para o seu quarto, e colocou uma roupa branca, e uma calça confortavel. Levou seu celular, e antes, entrou no banheiro.

Elas sairam de casa. Brudy ligou o carro e deslocaram-se do lar que iriam de rumo ao hospital mais perto.

Na hora que chegaram, eram quase uma da tarde. O médico foi até Brudy e indicou:

- Podemos ir para um lugar mais adequado. Pode vir. - Falou e andou para elas seguirem o caminho.

- Eu posso levar ela? - Indagou.

O médico disse que apenas se Zali pudesse se sentir apropriada. A tia mandou então, para não ocorrer nenhum panico, a sobrinha ficar sentada na espera. Desse jeito, ela manteve-se na expectativa, quando a tia fora junto com o terapeuta.

Durante o aguardo, Zali pensava na Brilla, e as palavras em que ela disse sobre Irla Durant, e que pensou em outras perguntas para questionar sobre isso. Winkler também pensou do porquê sua avó teve uma parada cardíaca, e se culpou por deixa-la sozinha na casa. Ficou muito triste com o que vinha em sua mente, toda essa grande culpa. Só por ter ido em uma sorveteria.

Um longo tempo passou, e nada de Brudy vir comunicar algo a Zali. O médico depois, veio para notificar:

- Sua tia mandou avisar que, sua vó. - O homem deu um intervalo na fala, olhando para Zali com um ar de seriedade.

A Garota Do QuadroOnde histórias criam vida. Descubra agora