Capítulo 5

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Louis me convenceu que para a reunião de hoje era necessário sair e comprar algumas cervejas especiais e algumas coisas para comer.

Eu até estava feliz por rever o nosso grupo unido novamente depois de anos, mesmo com receio de como seria o encontro do Zayn e do Liam depois de tantos anos afastados.

Entretanto, eu estou com zero vontade de sair de casa, e confesso que não me importaria em comer algum chips que tem na nossa dispensa com as mesmas cervejas de sempre. Mas Louis parece empolgado e eu faço isso por ele.

Não sei se é o cansaço, mas desde que acordei estou com um tipo esquisito de angustia no meu peito, como se isso fosse um pressentimento ruim. Talvez tenha ficado tempo demais encarando aquelas imagens no mural do FBI ao ponto que eu estou sendo afetado, além disso, complementa-se o fato que precisei superar um pequeno trauma pessoal ao ir encontrar novamente o canibal que já tentou me fazer de almoço. 

Com certeza meu cérebro estava sobrecarregado, e isso extravasava como essa sensação de aperto na respiração. Eu só precisava relaxar. Era isso. O início é sempre o pior. E depois as coisas não poderiam piorar, não é?

Mas confesso que hoje senti saudades de quando era adolescente, e a gente se satisfazia com qualquer líquido alcoólico colorido de procedência duvidosa e que desciam ardendo da garganta até o umbigo. Quando era divertido usar aqueles copos descartáveis vermelhos com qualquer bebida que não sabíamos nem reconhecer qual era a modalidade e tipo.

Mas agora éramos pessoas cujo o um quarto de século (vulgo, mais de 25 anos) estava começando a pesar e preferia cervejas artesanais que custam 10% do meu salário. Patético. A idade nos torna menos divertidos e mais patéticos. Fato.

E por isso estou saindo do Target com o porta-malas abarrotado de comida e bebidas, com um Louis especialmente barulhento no banco do passageiro, como se ele tivesse voltado ao garoto de 14 anos insuportavelmente agitado que eu conhecia.

Porém, tudo pode sempre mudar em um piscar de olhos. 

Quando já havia deixado o estacionamento para trás, e estava na avenida principal para casa, subitamente fui cortado por um carro, e a batida foi inevitável.

Eu ainda apertei o pedal de freio antes da colisão, o que fez meu corpo e do Louis serem lançados para frente e depois reprimidos para trás pelos cintos de segurança, e isso evitou uma colisão realmente forte, amassando apenas a lataria da porta do outro carro e deve ter causado algum dano no nosso para-choque, mas nada forte o suficiente para acionar os nossos airbags, ou estragar a carcaça da nossa caminhonete.

Assim que meu corpo voltou de encontro ao banco, e eu percebi que não estava machucado, apesar de segurar o volante com tanta força que os nós dos meus dedos estavam brancos, eu olhei assustado para Louis, que teve a mesma reação e me olhava com os olhos arregalados.

- Você está bem, Sun? -Louis me perguntou esticando a mão para passar em mim

- Estou, Lou. E você? Se machucou? - Eu fiz a mesma coisa buscando o rosto dele com a minha mão para ver se havia qualquer machucado

- Não! Eu tô bem! - Ele parecia um pouco ofegante pelo susto, seu cenho estava franzido em preocupação, mas seus olhos mostravam o quanto ele estava irado com o que acabara de acontecer - O que esse filho da puta tinha em mente? - Ele perguntou irritado apontando para o carro atravessado na minha frente.

Mas se a batida em si não causou grandes danos, o mesmo não posso dizer sobre o pós acidente. Do carro que fez a manobra irregular desceu um cara esquisito. Ele tinha uma barba esgrouvinhada, um cabelo preto bagunçado e parecia estar completamente bêbado, e ele veio em direção ao nosso carro cambaleando e bastante alterado, gesticulando com as mãos.

W - [Larry Stylinson]Onde histórias criam vida. Descubra agora