Revolução

Capítulo 1

Estava tudo bem, Até a minha mãe falar que iriamos ter que morar em Baltimore. Quando a gente acha que está tudo bem, da tudo errado. O pior disso tudo e que a gente ia morar na casa de uma tia minha que eu só vi uma vez na vida. A única coisa que eu sei dela é que seu nome é Lidia e que tem uma filha chamada Bruna.

- Filha, eu queria ficar aqui também, mais você sabe que eu não tenho dinheiro pra pagar o aluguel da casa. - Disse minha mãe.

- Eu sei mãe... Eu só não queria ir embora de Oklahoma. - Disse tentando conter o choro.

- Eu sinto muito filha, mais eu não tenho escolha. Lá eu vou trabalhar com a sua tia. A gente parte amanhã de manhã.

- Eu vou me despedir da Dione. - Disse saindo.

Sai de casa e fui em direção a casa da Dione, que ficava a duas quadras da minha. Eu não queria mudar de casa, muito menos de escola. Cheguei na casa da Dione rápido. A casa dela era a mais bonita da rua. A frente da casa era branca e a grama era muito bem cortada. Bati na porta duas vezes.

- Oi. Eu posso entrar?

- Mais é claro! O que ouve? Você esta com uma cara triste amiga. Vem, vamos para o meu quarto.

O quarto da Dione estava sempre bem arrumado. E como ela era fã do Bruno Marts, ela tinha um monte de CDs dele por por toda parte. Tinha também uma foto da gente na mesinha. Me sentei na beira da cama e respirei fundo.

- E ai, o que ouve ? - Perguntou Dione ao se sentar ao meu lado.

- Eu vou embora para Baltimore. Vamos morar lá com a minha tia Lidia. A minha mãe foi mandada embora do emprego dela e agora não tem dinheiro para pagar o aluguel da casa. Vou sentir sua falta amiga.

- Eu também, Gabi. Vem aqui, pra mim te dar um abraço. - Disse Dione me dando um abraço apertado.

Ficamos conversando o dia todo, até anoitecer. Quando olhei no relógio vi que já era oito horas da noite.

- Nossa! Eu tenho que ir, ainda tenho que fazer as minhas malas. Quero que me ligue sempre que poder ta.

- Pode deixar. E pra você me ligar também. Quero ficar por dentro de tudo. - Disse Dione me abraçando.

- Ta bom. Agora eu vou indo.

Dione me acompanhou até a porta e me despedi dela. Chegando em casa fui direto fazer as malas. Quando terminei de colocar tudo na mala fui me deitar. Quando peguei no sono comecei a ter um sonho com um garoto de olhos azuis e cabelo castanho escuro. No sonho ele pegava nas minhas mãos e falava que estava me esperando. A minha mão tinha uma marca estranha com o formato de uma lua, bem na palma da minha mão. Eu nunca tinha visto aquele garoto antes.

No dia seguinte acordei com a minha mãe me chamando. Abri os olhos ainda meia sonolenta e olhei para janela. A luz entrava no quarto, me deixando quase cega.

- Hora de acordar, dorminhoca. Temos que sair cedo. - Disse minha mãe tirando o cobertor de cima de mim. Olhei no relógio e vi que já era 7 horas da manhã. - Se arruma e pega a Lili. - Disse minha mãe Jennifer colocando a curtina dentro de uma sacola.

- A tia Lidia gosta de gatos ? - Perguntei me levantando da cama.

- Gosta. Ela tem uma gata chamada Mel.

- Mãe o meu pai mora em Baltimore né?

- Mora. Você queria ver ele?

- Não! E só pra saber mesmo. - Filha ele queria muito te ver. Ele sente a sua falta.

- Se ele sentisse a minha falta ele não teria nos deixado!

- Ele não nos deixou. Ele conheceu outra pessoa e resolveu viver com ela.