Prólogo

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O que você faz quando se sente atraído por uma mulher quase vinte anos mais nova?
Eu me pergunto isso quase todos os dias.
Desde que Ana Luiza veio trabalhar como assistente da minha empresária, estou vivendo um sofrimento diário de bolas azuis, e cheio de calos nas mãos de tanto bater punheta.
Meu nome é Roque, tenho 42 anos, sou um dos vocalistas de uma das bandas de rock mais famosas dentro e fora do Brasil, e estou completamente fascinado por uma menina. Na verdade, na minha cabeça ela ainda é uma menina, e poderia ser minha filha, mas Ana Luiza tem 24 anos e é uma mulher que está me fazendo perder o sono. Perder o sono não, pois meus sonhos são eróticos e todos os dias acordo duro igual uma pedra, ou completamente melado de porra.
Observo-a agora, distraidamente, enquanto nossa empresária Maura dá o sermão que já conhecemos de cor, sobre o que não fazer na festa de nosso lançamento.
Ana Luiza estava com um dos seus uniformes de sempre, que era camisa social, na maioria das vezes completamente transparentes, jeans justíssimos ou, como hoje, com uma saia lápis preta cintura alta, com um rasgo que deixava sua coxa robusta a vista, completando com scarpins negros altíssimos.
Como eu queria arrancar os botões da sua camisa, levantar sua saia e rasgar sua calcinha, e por fim, transar com ela loucamente prensada na parede com aqueles saltos.
Mordo os lábios, comendo-a de cima a baixo e quando olho para o seu rosto, percebo que ela também me observa, enquanto morde a tampa da caneta de um jeito safado, e ainda me dá uma piscadela petulante, como se soubesse o que estava pensando.
— Ninfeta safada —resmungo.
— Disse alguma coisa, companheiro? — indaga Erick, que também era o vocalista da minha banda, com um sorrisinho.
— Não — respondo ríspido, enquanto ele olha de mim, para Ana Luiza.
— Já te disse para cair de boca nela, e nem vem com essa conversa de que ela é uma menina, pois vocês sãos dois adultos solteiros e desimpedidos que sentem uma forte atração e que só querem curtir. — diz ele, com a ladainha que estava cansado de ouvir nos últimos meses.
       — Você sabe que não é assim tão fácil, tirando o fato dela ser mais nova, ela também é nossa funcionária, e você sabe que o passado nos condena — digo, ao passo que ele gargalha ao meu lado, com toda certeza relembrando as loucuras que já fizemos.
Em um passado não tão distante, não podíamos ver um rabo de saia, e não estávamos nem aí, se era uma fã, camareira ou uma simples assistente. Por esse motivo, nossa empresária nos proibiu qualquer tipo de relacionamento entre funcionários.
Não que eu quisesse ter um relacionamento com Ana Luiza, pois sei por experiência própria que mesmo um caso de uma noite só, pode dar muita dor de cabeça.
— Não pense muito cara… — murmura Erick batendo em meu ombro.
“Será?” — penso, já me imaginando dando umas boas palmadas naquela bunda gostosa.
     — Erick e Roque querem compartilhar alguma coisa com o grupo? — questiona minha empresária, como uma professora rabugenta.
Meus outros companheiros de banda dão risadinhas como um bando de adolescentes do ensino médio.
— Como ambos ficaram quietos... — ela continua, sem dar tempo de respondermos — Nossa reunião está encerrada, e Roque, você fica, pois você vai resolver algumas coisas burocráticas com a Analu.
“Puta que pariu!”
— Aproveita, amigo — murmura Rick batendo em meu ombro, saindo da sala com os outros.
— Está tudo bem, Roque? Faz um tempo que estou te sentindo um pouco tenso — indaga Maura.
“É só tensão sexual, querida empresária”, penso. “E uma puta vontade de fumar um cigarro.”
— Tensão é a palavra certa — respondo coçando minha barba — Estou pensando em como extravasar-lá — confesso com sinceridade.
— Então aconselho a extravasar rápido, pois logo mais entramos em turnê e preciso de todos vocês os mais calmos possíveis. — diz me olhando de um jeito especulativo — Analu, tenho uma reunião agora com alguns possíveis patrocinadores, e não volto mais, então qualquer pepino você resolve pra mim.
Dizendo isso, ela bate na minha cabeça como a mãezona que era.
Estávamos no escritório da nossa gravadora, e eu estava sentado em um dos vários sofás negros que tinham na sala. Levanto a cabeça e dou de cara com Ana Luiza parada na minha frente segurando seu tablet.
Respiro por repetidas vezes, sentindo a fragrância do seu perfume aguçar ainda mais meus sentidos.
“Droga! Preciso urgentemente de um cigarro”.

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