Capítulo 5

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Pedro Henrique

Eu e o meu irmão sempre tivemos nossas diferenças, até porque ele é quatro anos mais novo do que eu. Mas todas sempre elas foram implicância mesmo. Ambos adoramos implicar um com outro, e todos estão acostumados com isso. Só não tiramos onda com a Ju porque ela é a mais velha e, quando pequenos, era ela quem tomava conta da gente. Minha irmãzinha, apesar da cara de anjo, sabe como ninguém ser muito má. Então pra não despertar a bruxa malvada que existe nela, a nossa implicância sempre foi restrita a nós dois.

Só que hoje ele ultrapassou todos os limites. O Xandy invadiu minha propriedade, e isso eu não vou admitir, mas de jeito nenhum. Vou colocar aquele pivete no lugar dele. Onde já se viu querer concorrer comigo na conquista daquele peixão?

Coitado... Tá pensando que é gente. Vou mostrar que como Pedro Henrique Albuquerque é insuperável na arte da conquista. Aquela gostosa é só minha, e ninguém vai colocar a mão no que é meu. Vou me fartar dela até me cansar e depois ... Bem, depois faço aquele joguinho de "não é você, sou eu" e vou embora sem maiores problemas. Carol não tem jeito que se apega fácil e nem que vai me causar problemas na empresa. Ela é uma mulher inteligente.

Agora o que mais me irritou foi ser chamado de infantil pelos meus pais. Saber comer sozinho sem uma babá? Meu velho tá de brincadeira... Ele percebeu o meu interesse pela Carol e tratou imediatamente de me avisar com o seu olhar frio para manter minhas mãos longe dela. Só que não vai funcionar. Até porque, não quero pôr só as mãos nela. Tenho partes muito mais interessantes do meu corpo que também necessitam entrar em contato com ela.

De início, vamos por partes. Primeiro, preciso ganhar intimidade com a boneca, para depois colocar minhas mãos habilidosas nela. Só espero que isso não demore muito, porque só em pensar nessa mulher, já fico em chamas.

Meu telefone toca. Nem preciso olhar para saber que é o meu pai com seu discurso pronto, tentando me afastar da Carolina. Vou fingir de desentendido para ele não se prolongar muito.

– Pedro Henrique – Finjo que não sei quem é para não entregar minha culpa.

– Pedro, meu filho, escuta bem o que o seu velho pai vai te falar – Lá vamos nós com mais uma lição de moral! – Em hipótese nenhuma coloque suas mãos na Carolina ela é uma moça maravilhosa, sua mãe e a Juliana estão encantadas não só por ela, mas também com o seu talento. Então não vai fazer nenhuma burrada e afastar a menina da empresa – Ele parece cansado ao me dizer essas palavras, e eu, nesse momento, sinto-me culpado em estar planejando entrar sob os lençóis da Carol.

– Pai, de onde o senhor tirou essa ideia? – Pergunto tentando fingir desentendimento.


– Meu filho, eu te conheço desde o dia em que nasceu, sei muito bem quando você está desesperado por uma menina – Tenho um sobressalto ao ouvir suas palavras. Desde quando eu me desespero por uma mulher? Meu pai realmente tá ficando velho.

– Eu não sei como o senhor chegou a essa conclusão. Eu nunca estive desesperado por uma mulher, e não vai ser a senhorita Carolina que vai conseguir isso – Digo essas palavras mais pra mim do que para ele, porque agora bateu uma certa insegurança. Realmente, sinto-me meio que desesperado em levá-la para minha cama.

– Sei – Ele rir de mim sem nenhum constrangimento e continua – E toda aquela atitude de posse que você protagonizou com o seu irmão é o que? Me diga? – Eu paro e tento lembrar. Ai, droga, eu acho que perdi um pouco a mão. Mas o que eu podia fazer se aquele moleque atrevido estava arrastando asas para a minha gatinha? Ele precisava saber quem mandava no pedaço.

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