Eu te amo Ally

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Son

Estou sentado, emburrado, no quarto do Ally. Sim, no quarto dele; ele estava irritado andando de um lado pro outro, enquanto discutia comigo sobre o fato de eu ter brigando e quase matado uma ômega.

- Conta pro papai Bi o que ela disse do Ally, com toda certeza ele vai até lá matá-la ou eu mesmo vou!

- Son, está me escutando? - ele me pergunta e reviro os olhos com sua fala. Nada poderia me deixar menos irritado do que vê-lo ali, mas isso me fez sorrir aliviado por pelo menos estar falando comigo.

- Ally... - Chamo baixo e seguro as mãos dele - Desculpa por ser um babaca... eu sei que me ama e tal - ele fica vermelho com o que digo e me inclino em sua direção - Você desculpa esse alfa bobo e seu melhor amigo de todo o mundo?

Ele me olha por alguns segundos, parecia estar desconcertado, mas concorda com a cabeça. Se afasta de mim em uma rapidez absurda; nada poderia me deixar mais assustado do que ter ali, tão pertinho, com um olhar nervoso.

- Tá... mas me promete não falar mais daquele jeito comigo? - ele pede e eu concordo com a cabeça. Ele sorri - Promete me trazer sorvete todo dia?

- Você pode ficar doente se eu te trouxer sorvetes todo dia – concluo, e ele faz bico todo irritadinho por eu negar - Mas posso trazer algodão doce todo dia - ele abre um enorme sorriso e rio também, vendo seus lábios rosados.

- Hmmm... então você vai trazer algodão para mim! - ele sorri animado e corre até mim, me abraçando com força e distribuindo beijos por meu rosto.

Abraço sua cintura, feliz por tê-lo em meus braços; ele se afasta todo animado e meus olhos percorrem por todo o desenho de seu rosto. Um perfeito frio na barriga me consome por completo, denunciando a felicidade por estar com ele em meus braços.

- Fico feliz que esteja feliz, Ally - digo em um sussurro, olhando para os seus lábios que pareciam tão convidativos. Minha respiração suave – Ally, posso confessar algo?

Pergunto e ele me olha esperando que eu falasse. Passo o polegar por sua bochecha, fazendo círculos imaginários; um sorriso involuntário surgindo em meu rosto. A incrível vontade de beijá-lo estava ali presente, de o marcar para vivermos juntos por toda a nossa vida.

- Diga... - Ele fala suave.

- Eu... você promete não rir de mim? - falo, tentando criar coragem e ele ri. Aproximo meu rosto do dele, deixando nossos narizes se tocarem. Mantenho ele firme em meus braços e lhe dou um selinho – Eu... - engulo em seco.

Ele arregala os olhos. Meu coração batia tão forte em meu peito, mas aquilo parecia certo, eu sempre soube que ele é meu ômega, mesmo sendo doido, e ele também sabe, então... deveríamos tentar.

- Desculpa por ser um babaca com você, desculpa por sempre lhe tratar mal - falo tentando manter a voz firme - Desculpa por ser um cretino babaca e nunca admitir que estou errado. Desculpa por te machucar naquele dia. Sério, você pode me dar um murro; eu não mereço te ter na minha vida, afinal eu sou um cretino.

- Son... O que... O que tá tentando dizer? - ele pergunta incerto, a dúvida em sua voz era tanta que me causava calafrios.

Claro que super compreendo o motivo para que ele esteja assim, mas, ainda assim, tudo nele me mostrava o quão perfeito ele é. Seja pelos cabelos cor de rosas tão charmosos – agora bagunçados -, os lábios vermelhos, ou até mesmo seus olhinhos amarelos.

Tudo nele me deixava tão animado e excitado para tê-lo somente para mim. Acho que perdi tempo demais, eu o quero para mim.

O mês que passei sem ele foi aterrorizante, e agora não posso me dar ao luxo de ficar sem ele. Seria totalmente errado fazer isso e me sentiria péssimo de várias formas; não conseguiria nem raciocinar.

Meu Pequeno Algodão Doce - ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora