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- Oi. Desculpa a demora. Acabei de sair do banho. E você, o que faz?

- Abra a porta. - Hugo respondeu.

- Está de brincadeira, não é?

- Será?

Toc! Toc! Ele bateu na porta. Quando Dáfnis a abriu, não conseguiu esconder a surpresa estampada em seus olhos. Lá estava ela, com aqueles cabelos negros, molhados e caídos sobre o delicado pescoço. Lá estava ela, tão sedutora e enrolada naquela toalha.

— Não vai me convidar para entrar? — ele disse.

— Sim, é claro. Por favor, entre.

Hugo se encaminhou para dentro, ela fechou a porta e virou-se para ele, ainda com o olhar perplexo.

— Eu não acredito que você está aqui! — Dáfnis disse quase sem acreditar.

— Shhhh! Não diga nada...

Ele a encarou com um sorriso malicioso, levou a mão até o bolso e tirou alguma coisa de lá. Posicionou a mão na frente dela e deixou cair um dos lados do objeto. Era uma algema.

— Vamos brincar. — ele falou.

Ela apenas assentiu, concordando. E um sorriso soslaio se formou nos lábios dela. Ele se aproximou à passos lentos, parando muito próximo dela. Aproximou a boca do seu ouvido e lhe sussurrou:

— Mãos para o alto, mocinha. Coloque a toalha no chão... bem devagar.

Dáfnis deixou a toalha cair no chão, ficando completamente nua na frente de Hugo. Ela pôde ouvir a respiração dele conforme ele se afastou do seu ouvido, para olhá-la nos olhos. Se encararam. Então ele pôs a mão na nuca dela e a puxou para si, finalmente a beijando. Um beijo intenso, cheio de vontades comedidas. A língua delea se encontraram em um hálito quente. Daí ele parou. Ela o olhou e perguntou:

— Veio de longe só para ganhar um beijo?

— Vire-se. — ele deu a ordem.

Doses de PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora