𝗼𝗻𝗱𝗲 a amizade de infância de Nailea e Vincent tem um retorno diferente.
Nailea Devora conhece um amigo no grupo de música de Seattle quando pequena, e o mesmo acaba por ser uma das únicas coisas boas de toda a sua infância. Eram vizinhos e melh...
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Um Honda Accord cinzento, conduzido por Jorge Devora, estacionou à frente da pequena casa branca. Ele e Carmen haviam acabado de chegar ao seu destino pois hoje, estariam se encontrando com seus amigos para comemorar o aniversário da, agora adulta, Maria Jones.
Era comum que os dois chegassem sempre juntos visto que eram para além de melhores amigos, vizinhos, e para Carmen isso era sinónimo de ter um "taxista privado''. Jorge não parecia se incomodar com isso, ele gostava da companhia da garota e sentia-se confortável na presença dela por terem diversas coisas em comum como por exemplo, as suas raízes mexicanas.
Mas nem sempre esse "taxista privado" é competente o suficiente para carregar esse título, tendo em conta as suas péssimas habilidades de condução, o que fez com que chegassem ainda mais atrasados do que o suposto.
— Eu correndo teria chegado mais rápido! — Carmen resmungou saindo do carro.
— Ok, é só vir correndo da próxima. — respondeu, não levando a garota a sério e rindo do seu jeito.
Mas realmente ela tinha razão. A distância desde a rua dos dois à habitação de Nate a pé, durava cerca de dez minutos e de carro, deveria durar nem sequer cinco.
— Você sabe que eu não posso conduzir muito rápido. — justificou e com razão. Jorge conduzia ilegalmente o carro da sua mãe e cruzava os dedos sempre que saia de casa para que não fosse pego por nenhum policial.
Deram alguns passos seguindo um pequeno caminho de concreto até a porta da casa que se encontrava destrancada como o habitual. Entraram os dois e cumprimentaram a mãe de Nate que estava na sala de estar, lendo uma magazine qualquer sobre os mexericos da atualidade e depois, desceram as escadas que levariam à cave.
— Até que enfim! — exclamou ao vê-los surgir da escadaria, fazendo com que o restante do grupo olhasse para eles. — Não aguento mais um segundo a sós com essas duas... — reclamou.
— Cala a boca, Nate — a loira bateu em seu peito fazendo com que ele soltasse uma leve risada.
— Aaaah parabéns! — Carmen abriu os braços e deu alguns saltinhos na direção de Maria que se levantava para abraçá-la.
Maria estava usando um vestido preto de alças curto e, por cima, uma faixa de cetim que dizia "Birthday Queen". A linha de água dos seus olhos também estava pintada na cor escura, o que realçava a íris esverdeada dos mesmos.
— A gente trouxe um presente pra você. — Jorge informou, revelando uma caixa mal embrulhada que escondia atrás das suas costas.
— Ah verdade! — Carmen exclamou, pegando a caixa das mãos do seu melhor amigo e entregando-a a Maria, que passou o cigarro que tinha na sua mão para os seus lábios, podendo assim se sentar e desembrulhar o presente.
