My Rosemary ~ Eddie Munson

Capítulo 1-Novata

1985, 18 de Outubro

O abraço apertado da Sra. Henderson fez com que minhas costelas gritassem e um sorriso desconfortável saísse em meu rosto afundado entre o pescoço da mesma.

- Aah olha só você!- Claudia me soltou e se afastou para me olhar melhor e em seguida apertou minhas bochechas tão forte que eu pensei que sairia com bolotas roxas nas bochechas. - Cresceu tanto desde a última vez que te vi. Já é praticamente uma mulher e como está linda!

- Bom, levando em consideração que a última vez em que nós nos vimos eu tinha 10 anos...

- DUSTIN!- O mais novo entrava pela porta, corri até ele. Seu abraço foi tão forte quanto o da mãe, mas confortável.- Olha pra você, quase maior que eu!? - seu sorriso de resposta fez com que uma parte adormecida de mim se alegrasse depois de tanto tempo. A saudade que se mantinha presa em meu peito à 5 anos se aliviou. Aquele sorriso, aquele abraço... Dustin conseguia ser meu primo favorito superando qualquer um do meu país de origem.

-E onde está sua mãe, querida?

-Ela foi ao mercado com a Brenda pra abastecer os armários, daqui a pouco ela chega, mas pode ficar a vontade Tia, só desculpa pela bagunça- Sorri tirando uma caixa de cima do sofá e a botando em cima de outra para dar espaço a mais velha.

-Eu trouxe o bolo que eu sei que você gosta.- Sorri.

- Obrigada Tia- Ela me entregou a forma coberta por um pano de prato rosa, depositando um beijo na minha testa, lançando um sorriso pela sala depois de se sentar.

-E como tá tudo por aqui, primo? - Ele me seguiu até a cozinha passando pelo hall de entrada e as escadas que levavam até os quartos.

-Sabe como é... Pra Hawkins tá tudo surpreendentemente calmo. - Eu sabia de grande parte das histórias dos anos passados, sobre a El, o demogorgon, o mundo invertido, os portais, o devorador de mentes, os russos, e tudo mais. Não posso fingir que não tinha medo de me mudar pra cá, mas minha mãe insistiu e disse a famosa frase "Eu que mando" e "não é você que paga as contas", fiquei feliz por poder estar perto dele e cuidar para que nada acontecesse.

- E seus amigos, a escola?

- Então, Lucas entrou no time de Basquete e tá bem distante, com a Max não é diferente, parece que, sei lá, depois do que aconteceu com o Billy eles tão brigando ainda mais...

- Billy é irmão mais velho da Max que quase morreu depois de ser possuído pelo devorador de mentes, né?- Depositei a forma em cima da mesa bem no meio do grande cômodo que formava a cozinha.

-Isso! Parece que o Lucas não acredita que o Billy possa ter mudado depois de uma experiência de quase morte e a Max entrou em uma puta de uma depressão enquanto ele ficou em coma durante aquele mês e não saía do lado do Billy, e sinceramente, também não acho que ele tenha mudado, mas a Max ainda acredita no irmão. O Mike e a El também não estão melhores, sabe, ele tem dificuldades pra dizer aquelas 3 palavrinhas...

- Entendo, hm.- sorri fraco. - e o Will?

- Ainda em algum tipo de crise de indentidade e sexualidade...

- Entendo também.

Nós rimos, e depois de me contar sobre as aulas, a campanha de D&D e da Susie minha mãe chegou e permitiu que ele dormisse alí em casa. Passamos a noite conversando, cantando, abrindo caixas, lavando copos e xícaras e compartilhando as últimas notícias.