Why You? | Minsung

Prólogo

Han Jisung, nasci em Incheon no ano de 2000. As pessoas costumam me chamar de Han, Jisung, Hanji ou até mesmo Hannie. Você pode me chamar como preferir.

Minji, minha ex-namorada, me perseguiu por meses. Até mesmo depois da formatura, quando o ano letivo já tinha terminado. E me mudar para um colégio interno em Jeju, não é má ideia. Lá estarei longe de Minji e de todas as suas perseguições. Assim, poderei sair mais livremente e conhecer novas pessoas.

Também preciso focar nos estudos, namorei cedo demais e espero que isso não aconteça por um tempo.

É o meu primeiro ano no ensino médio. Quero que tudo dê certo, pois não quero que nada parecido com o que houve com minha ex-namorada aconteça de novo. Pelo menos, não esse ano.

No aeroporto, me despedi dos meus pais. Que choravam como eu nunca tinha visto antes, pois eu nunca fiquei tanto tempo longe deles.

– Eu voltarei nas férias do verão! – Gritei da fila de check-in, enquanto os dois olhavam para mim, com olhos sorridentes e molhados de lágrimas.

Quando nasci, meu pai fazia uma viagem a trabalho para Seul enquanto minha mãe me dava a luz em Incheon. Ela diz que a expressão do meu pai ao chegar em casa e ver que a partir daquele momento ele tinha mais alguém na família foi a melhor de todas, ela nunca se esqueceria de seus olhos pequenos se tornando círculos perfeitos.

Sempre recebi muito carinho e apoio dos meus pais, por isso, nunca fiz questão de um romance por carência ou atenção. Minji foi a primeira e última garota pela qual já me apaixonei. Eu amava seu jeito e traços, mas havia algo nela que eu não me conformava. Sempre me perguntei o que é, mas até hoje não entendo. Talvez seja por ela ser grudenta demais.

E, na verdade, eu nem sei se realmente a amava. Mas foi o sentimento mais perto do que eu sinto pelos meus pais que eu já senti por alguém. Me lembro bem das sensações de frio na barriga quando ela vinha me abraçar, até isso se tornar obsessivo e eu passar a acelerar o coração de outra forma. Pelo menos, com isso, sei muito bem diferenciar os batimentos cardíacos bons e ruins. E eu soube quando meu relacionamento com Minji esteve ruim, mas quando terminei, ela surtou. Me mandava cartas melancólicas dizendo o quão "gentil" e "perfeita para mim" ela era. Minji até mesmo, foi a minha casa e disse para a minha mãe que eu tinha fugido para a casa dela. Mas eu estava na minha casa na hora, então ela apenas escreveu na calçada o quanto eu, supostamente, precisava dela. Com batom.

Para essa viagem até Jeju, trouxe uma pelúcia que esteve comigo desde que terminei com Minji. Minha mãe me deu ela de presente como uma conquista por ser um garoto fiel, que sabe o que sente e o que é certo. Ela sempre dizia o quanto eu fui maduro para meu primeiro namoro.