Why You? | Minsung

Capítulo 4: Passado que retorna

Meu maior problema são todos os pesadelos que tenho todos os dias. Eu posso parecer uma criança, mas realmente me assustam. E não é algo como "fantasmas e casas abandonadas", é ser perseguido ou sequestrado, mas essa nem é a pior parte.

A pior parte é quando sonho com problemas da realidade no qual me fazem desabar.

Nessa madrugada, acabei de sonhar com Minji implorando e me ameaçando para que eu volte a ser "O Han apenas da Minjinnie". Eu tinha um facão no meu pescoço e podia perceber meus braços e pernas amarrados para que eu não fugisse. Minji me ameaçava como se eu tivesse feito algo que a magoou muito, mas eu não consegui entender o que era.

Acordei no pulo com o pesadelo. Suando frio, me sentei com as pernas cruzadas na cama. Não consegui evitar acordar Minho, já que provavelmente fiz algum barulho enquanto acordava do pesadelo.

- Han? O que houve? - Minho, ainda deitado, me perguntou.

- Desculpa, foi só um pesadelo. - Voltei a me deitar, e Minho voltou a fechar os olhos.

Me levantei de novo, pensando no pesadelo e se isso poderia acontecer na vida real algum dia. Eu sei que Minji não é tão forte como no sonho, mas eu sei que ela pode fazer loucuras a esse ponto e eu não gosto de pensar assim.

Estou tentando evitar o choro, não quero acordar Minho e parecer um dramático. Além de que, não estou no meu ambiente privado e isso me deixa ainda mais desconfortável.

Eu sentia cada vez mais lágrimas caindo e meus pensamentos dominados por medos.

Eu não consigo. Eu simplesmente não consigo evitar isso.

- Hanji. - Acordei Minho, novamente. - Tem certeza de que isso foi só um pesadelo?

- Me desculpa, Lino... - Disse com a voz falhada por conta do choro. - Eu não consigo dormir. Simplesmente não sei o que 'tá acontecendo, eu só... - Parei de falar quando percebi que Minho não estava mais deitado.

- Será que você vai se sentir mais seguro se eu substituir TangTang, só por hoje? - Ele disse, sentado no seu colchonete enquanto olhava para mim com expressão calma e preocupada.

Eu não sabia que esse lado de Minho existia. Eu estou descobrindo muito mais sobre ele, e estou estranhamente gostando disso. Eu quero negar seu abraço, mas ao mesmo tempo, eu preciso dele.

Eu sinto que o abraço de Minho vai me confortar e isso pode não ser bom. Eu não quero ter que depender de seu abraço daqui pra frente.

Cheguei para o lado na cama para que o moreno coubesse alí.

Ele se deitou antes de mim, e deixou um braço folgado para que eu deitasse alí.

- Eu não quero incomodar você. - Disse, encarando o garoto. - Você não precisa fazer isso.

- Você pode ter certeza que se você me incomodar alguma dia, eu vou te avisar. - Ele disse, me encorajando a deitar em seu ombro.

Logo, Minho puxou um cobertor para nos cobrir. Eu ainda não tinha a coragem de abraça-lo mesmo me segurando para não fazer tal ação.

- Lino?

- Hm?

- Obrigado. - Lhe agradeci, sem ter muito o que dizer. - Obrigado por ter paciência comigo. Normalmente as pessoas não gostam quando acordo de madrugada assim...

Minho levou sua mão até o topo da minha cabeça, fazendo carinho para me confortar.

- Eu estou aqui por você, está bem? - Assenti. - Você pode me abraçar quando quiser, eu não vou julgar você por nada.