Capítulo II

6.8K 553 10
                                    

Vamos a Daría que vai continuar sofrendo na mão de Robert.
Mas a pergunta que eu faço a vocês leitoras no caso é:
Se você fosse pega na situação de Daría no capítulo passado o que você faria?
Eu correria também kkkkk. Se bem que se fosse o Ian rsrs calma mulher! o Ian casou infelizmente.
Agora vamos desvendar um pouco da historia sofrida de nossa heroína, e um feliz dia das mães a todas as mães que nos acompanham nesta história que não é só minha, é de todos os personagens também. Vocês são únicas e maravilhosas,  merecem todo amor do mundo.
Vi essa semana no jornal que uma mulher foi linchada até a morte por causa de um boato que um religioso, ou melhor de um doente.
Todos os acusados do crime que lincharam ou ajudaram a espalhar a fofoca, foram ou condenados a 16 anos de prisão, no caso os linchadores e a pena de morte pela forca aos que fizeram a fofoca alegando que foi por causa de uma crítica que essa mesma fez ao fato de alguns chefes religiosos venderem amuletos a preços exorbitantes a pessoas de classe mais pobre, e por isso fizeram a fofoca, a pena de morte sinceramente é bem pouco.
Tinham é que ter dado tratamentos médicos e alguns anos de prisão a essas pessoas que não são normais, isso só é um dos motivos para se pensar em algo para mudar pensem nisso...
Daría
Diz a bela e fofa frase: "o que não te mata te deixa mais forte."
Era nessa frase que minha vida se resumia até agora, já foram incontáveis as vezes que fui humilhada pelo meu pai ou por qualquer uma de suas esposas por meu tamanho desproporcional, eu não queria ser magra, mas eu não consigo ficar gorda, não é culpa minha, não posso controlar meu metabolismo.
Meu pai adorava deixar claro como eu era um estorvo para ele, mesmo sendo eu a única da família a ajudar ele a cuidar do grande império Mazzochi, com direito a casinos, boates e bancos.

Meu pai era um dos homens mais ricos do mundo, e só tinha duas herdeiras, ele odiava o fato de eu e Abdala sermos meninas, inclusive eu porque ele queria um primogênito para ajudá-lo, sem contar que pelo menos Abdala conseguiu um marido.

Ela adorava esfregar sua felicidade na minha cara mesmo só tendo 13 anos, minha irmã é absolutamente diferente de mim, era robusta e tinha um visual bem indiano, até DNA meu pai pediu.
Sou uma garota esforçada e inteligente, mas meu pai nunca me deixou frequentar a escola, ele dizia que homem que era feito para estudar e que mulher serve para cuidar da casa, mas seu pensamento real era: "mulheres são objetos pra gente se aproveitar e torturar logo depois".
Silas sem pestanejar era o meu melhor amigo, ele é homossexual, considerado aqui como um tipo de abençoador, ele que me ensinou a ler e o resto os livros me ensinaram.
Minha vida estava  como todos os dias até que ouço os rumores de que uma universidade grande chamada Harvard viria para cá fazer alguns testes como um vestibular, e se passar ganha a entrada no curso.
Eu pensei por um tempo e ganhei total apoio do Silas meu confidente, os testes foram fáceis pra mim então passei com um boa nota, mas só fiz por fazer no momento em que decidi fazer.
Estava cansada naquele dia, as mulheres invejosas de meu pai me fizeram limpar a casa de cima a baixo ou melhor a réplica do Taj Mahal que chamamos de casa.
Eu estava cansada da minha vida, cansada de ter que ficar fazendo charme pra homens que não gostam de mim, que só querem meu dote e uma empregada.
Então peguei um cheque de 10.0000 de dólares que meu pai havia me confiado, fiz uma conta para mim e coloquei apenas 15.000 é claro já que se eu colocasse mais teria que comprovar renda e o resto coloquei em várias contas incluindo a do meu amigo Silas, podem me chamar de corrupta ladra de pais, mas tenho certeza que você nunca viu sua mãe apanhando do seu pai ou de uma de suas esposas todos os dias.
Minha mãe era doce demais e isso fazia dela um alvo fácil, ela se chama Elga e meu pai não a deixa falar muito sobre o seu passado porque para ele, ela renasceu quando se converteu a nossa religião.
Agora estou aqui dentro de um avião lotado de homens que olham surpresos para mim que me escondo em meu véu inclinada no banco.
------------------
As horas passavam e eu já devia ter um colega de quarto, mas ele não apareceu.... Por Alá que ele tenha desistido! Não gosto e nem nunca tive muito contato com pessoas, a grande parte do tempo era só eu, Silas, mamãe e Seraphine uma amiga minha, a primeira pessoa que me disse que existia lugares em que mulheres não eram tratadas como objeto, ela vinha dos Estados Unidos, sua mãe se casou novamente e se converteu a religião para a frustração dela. Meu pai não me deixava ficar muito tempo com ela por ela não ser da nossa religião ela podia ser " má companhia".
Depois de um tempo percebendo que meu parceiro não viria fiz minha oração diária e depois comecei a dançar minhas músicas favoritas, até que ouço um barulho na porta. Me enrolo em meu véu, e atendo a porta onde se encontra umas 20 garotas tentando falar ao mesmo tempo, me deixando confusa.
— Que tal uma falar e depois a outra e assim sucessivamente? —pergunto enquanto elas me olham como a maioria dos ocidentais me olham... Véu é igual a terrorista.
— Me diga o que você quer? dinheiro? Popularidade? Qualquer outro gato menos o Rob? — pergunta a garota maluca.
Ele nem viria mais na minha opinião, e eu vou achar é pouco rir da decepção dessas desesperadas, as empurrei pra fora e continuei minha dança.
Eu estava muito entediada e como ainda não consegui a senha do Wi-Fi daqui vou passar o tempo com o que mais gosto de fazer, dançar.
Até que percebo que não tranquei a porta novamente quando as malucas apareceram mas quando saio do meu transe na música vejo um homem me olhando como se eu fosse a melhor das comidas.
Nunca ninguém tinha me olhando daquele jeito, eu não era bonita. Qual o problema daquele cara dos olhos encantadores?
Fiz o melhor que pude naquele momento, algo comum, fugir de homens, me tranquei dentro do banheiro.
-----------------
Acabei esbarrando em uma moça muito bonita que sorrio para mim, ela se parecia tanto com ele, tinha os mesmos olhos bonitos, a primeira pessoa que simpatizo naquela faculdade, peço desculpas e a ajudo a pegar algumas coisas no chão e saio correndo, eu ainda terei que dormir com aquele cara só que não, vou pedir para o diretor me colocar em um outro quarto com uma garota ou sozinha.
-------------
— Boa noite Sr. Deck, eu sou Daria Rawlings. Eu vim aqui pedir, talvez implorar se não der certo, para que você me troque de quarto, eu prefiro ou sozinha ou com uma garota, eu não sei se pode ser algo interessante dormir com um homem no mesmo quarto, sendo que esse homem não é nada meu. — explico e só pela expressão dele me olhando como se eu fosse um extraterrestre percebi que não seria fácil.
— Entendo Srta. Rawlings, mas não posso fazer muito, apareceu umas 300 garotas hoje no meu gabinete pedindo para ficar em um quarto com o seu colega o Sr. Simmel, e você dispensa a sorte? Como elas adoram dizer.
Olha, sei que de onde você vem tem costumes rigoroso,s mas mesmo que suas notas sejam magníficas indicam até um QI fora do comum, mas não posso fazer de você especial por causa disso, isso seria um escândalo. Nossa universidade é muito famosa pararíamos até no New York Times. — diz e meus olhos se arregalam, era tudo que eu não precisava, meu pai me localizaria rapidamente então que seja, vou ter que dormir na cama ao lado do garoto de olhos bonitos Simmel.
-------------
Se as coisas se tendenciavam a ser ruim tente então chegar em seu quarto e ver um cara sem camisa comendo comida japonesa
— Há um refeitório lá fora. — digo.
— É um prazer conhecê-la também Daría, sou Robert, Rob para as gostosas, pra você é Rob amor. — diz e no final pisca. Que garoto petulante!
— Coloque uma roupa e vá ao refeitório por favor, e não sou seu amor. — digo com meu jeito calmo.
— Costumo comer comida japonesa pelado na cama, é só um costume iremos ter que acostumar com os costumes um do outro, aliás se quiser dançar agora sua roupa ainda esta no chão. — diz olhando para mim daquele jeito novamente.
— É sério que você está pelado? — pergunto perplexa.
— Se você não acredita, eu posso levantar... — ele diz e eu o interrompo rapidamente.
— NÃO! Não precisa eu vou dormir, boa noite — digo e me deito na cama sem ao menos tirar minha maquiagem ou vestir uma roupa pra dormir.
— Sonha comigo porque eu vou sonhar com você dançando. — ele diz e eu finjo que já estou dormindo.

DaríaOnde histórias criam vida. Descubra agora