Capítulo IV

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Ola leitoras! Como estão? O vídeo acima é de como as mulheres da Índia são atacadas e o que as autoridades pensam sobre, absolutamente absurdo! Temos que agradecer a constituição todos os dias por vivermos em um lugar onde os direitos humanos são respeitados,mas vamos ao capítulo.
Será que se Daría e as outras garotas perderão a aposta e ficarão nuas, ou será que os garotos perderão?
Daría
Estou sendo arrastada por Alison até uma tal de reunião do clube feminino Alpha beta, eu sabia que minha simpatia a primeira vista por ela não tinha sido por acaso.
— Olá. — digo nervosa e Alison as cumprimenta com seu sorriso estonteante.
Ela parecia ter saído de alguma novela ou de um desenho animado de princesas, aqueles irmãos são muito lindos.
— Olá novatas! Que bom que são bonitas, e você tire essas roupas, só de olhar para essa blusa de gola alta e manga longa e pra ajudar uma saia longa, você é o que uma freira ou uma cinquentona? — ela pergunta.
— Na verdade tenho 17. — respondo.
— Qual o problema dessa garota? — pergunta me olhando de cima a baixo.
Eu abaixo a cabeça não tentando entender muito as coisas, tá ela não gosta de mim, bem vinda ao clube.
— Vamos ao assunto logo. — Alison diz me protegendo.
— Bem, todo o ano os garotos ganham a competição de lavar carros, algo que nos garante verba pra bebida nas festas, mas o problema é que eles sempre ganham. — diz a garota com tênis rosa.
Parecia uma coelhinha da playboy, loira e sexy e com os peitos maiores que o normal proporcionado por uma boa implantação de silicone,
ela usava roupas esportivas.
— Mas espera, nós somos as garotas, como eles ganham? — pergunta Alison. O que é uma ótima pergunta
— É que eles contratam prostitutas, nós somos bonitas, mas não vivemos do nosso corpo. — ela explica.
— Deve ser humilhante pra vocês ficarem peladas perto dele, sinto muito. — digo cabisbaixa pegando em uma mecha do cabelo.
— Que nada, a gente normalmente faz uma putaria sem fim, mas eles nos humilham por ganharem sempre, e eu estou cansada disso, sem contar que eles jogam ovos na gente e é nojento. — diz e eu penso como uma mulher fica nua na frente de homens e não é espancada, que confuso.
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— Como aquelas garotas ficam nuas e não são castigadas? — pergunto a Alison confusa.
— É porque somos livres Daría, normalmente podemos fazer o que quiser dos nossos corpos e você também. Ninguém pode mandar no que te pertence minha amiga, eles podem te tomar tudo, mas seu corpo ainda será seu. — diz e eu começo a pensar que ela tem razão, me lembra a Seraphine minha amiga que estou com saudades, tenho que falar com ela o mais rápido possível, sem contar o Silas meu divo amado.
— Você pode ter razão, mas Brahma, ele não gosta que as mulheres vistam roupas indecentes. — explico.
— Seu deus não pode te julgar pelo que você usa, e sim pelo que você sente, não adianta andar toda forrada se a pessoa é má e invejosa. Do que adianta nossas vestes se nossos princípios são sujos? — pergunta e antes que eu consiga pensar sobre isso ouço um grito que me assusta.
— APARECEU ! PENSEI QUE TINHA ROUBADO MINHA COLEGA DE QUARTO, ALISON! — grita Robert pela janela.
— Acho que está se preocupando demais com isso, Rob. — diz e seu semblante cretino muda para algo mais bravo e então fecha a janela. Tenho que pegar umas aulas de como cortar o Robert com Alison.
— Vamos correr lá pra o seu alojamento, antes que acabe ficando pra fora. — diz e saímos correndo, já se passava das 23:00 eu costumo dormir bem antes disso, então estou esgotada.
Chego no quarto e Robert já está dormindo, visto minha camisola, estudo um pouco o começo de matéria que o professor lecionou hoje, escovo meus dentes e apago....
Vamos brincar de dançar no casamento Daría? — pergunta Silas em versão miniatura com 9 anos, ele dizia que a gente ia se casar até perceber que é homossexual, mesmo que não fosse por eu conhece-lo nós não poderíamos ter um casamento arranjado.
Vamos Silas, mas dessa vez eu sou a noiva. — digo correndo e dançando, ele não gosta muito da ideia mas concorda.
Meu tio Haralson me olhava de um jeito que um homem não olha para uma criança enquanto eu me divertia inocentemente com Silas.
A primeira vez que meu tio abusou de mim foi naquele dia, passando as mãos sobre meu corpo principalmente em minhas pernas, tirando toda a inocência de uma garota que queria ser como as outras.
Com 12 anos eu perdi o resto de minha inocência quando papai me deixou com ele em casa.
Ele abusou de mim o quanto ele quis, coisas que pelo ambiente conservador ao qual vivia nem sabia que existia, eu me lembro de contar a minha mãe que ficou revoltada com meu tio e até faca pra ele apontou.
Tinha sido a primeira vez que vi minha mãe tão excedida daquele jeito, mas meu pai percebendo o que estava acontecendo resolveu ficar do lado do irmão.
Ele me xingava de vadiazinha como se eu tivesse alguma culpa sem contar o tapa que ganhei na cara de minha tia esposa daquele monstro.
Com o tempo tudo foi se apagando da memória das pessoas, mas os abusos continuaram até pouco tempo depois de fugir.
De repente sinto alguém me sacudindo e quando abro os olhos vejo olhos azuis arregalados me olhando.

DaríaOnde histórias criam vida. Descubra agora