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Deixar Draco na manhã seguinte foi uma das coisas mais difíceis que Harry já havia feito. Eles continuaram se beijando na porta até a hora do café da manhã estar quase acabando. Finalmente, Harry foi para o Salão Principal e Draco para seus quartos, para se trocar e encontrá-lo lá mais tarde.

Harry continuou revivendo a conversa daquela manhã enquanto caminhava em direção ao cheiro de bacon e ovos fritos.

— Eu não quero que isso seja mais difícil do que já é — Draco disse a ele, beijando-o em seu ombro nu — mas vamos encarar os fatos. Não podemos nos dar ao luxo de ser casual. Dentro de uma semana ou mais, deixarei o castelo e nos veremos cada vez menos.

— Não quero esconder nada — Harry concordou. — Como nosso tempo será limitado, não quero ser incapaz de levá-lo à casa de Ron e Hermione ou evitar Hogsmeade e o Beco Diagonal.

— Então, nós contamos a eles — Draco assentiu. — Eu percebo que... — ele acrescentou, inseguro.

— Eu sei — Harry o interrompeu. — Isso é muito novo. É estranho contar às pessoas que... aconteceu, quando faz apenas um dia.

— Não precisamos contar a eles imediatamente — Draco propôs. — Podemos esperar algumas semanas. Ver como vai.

— Sim, acho que é uma boa ideia. Mas só para ficar claro... não quero que isso seja segredo. No momento em que tivermos certeza de que estamos falando sério, eu direi a eles.

— Bom.

Depois disso, Draco expressou alguma preocupação com a reputação de Harry, o que francamente partiu o coração de Harry.

— Como se eu me importasse com isso — ele zombou. — Se as pessoas vão me julgar por estar com você, deixe-as. Já é hora de eles perceberem que sou humano. E se eles não conseguem ver o quanto você mudou e o quão bom você tem sido para a nossa comunidade, bem, fodam-se eles.

Isso, é claro, desencadeou mais uma rodada. Perdido em seus pensamentos, Harry quase bateu nas portas gigantes do Salão Principal. Balançando a cabeça, ele percebeu que precisava ser muito mais furtivo se não quisesse que ninguém descobrisse imediatamente.

— Bom dia, diretora — ele cumprimentou McGonagall, sentando-se ao lado dela. A mesa alta ainda estava relativamente vazia, com a maioria dos professores voltando no final do fim de semana. Faltavam apenas alguns dias para o novo semestre.

— Bom dia, Professor Potter — ela disse, com o rosto enterrado no Profeta. Enquanto tomava um gole de chá, ela olhou na direção dele. — Hum — ela disse.

— O que? — Harry perguntou, constrangido.

— Nada. Demorou bastante. — E então ela apontou para o pescoço dele e prontamente voltou ao café da manhã, totalmente imperturbável. Harry pegou um prato e usou-o como espelho.

— Porra — ele murmurou. McGonagall lançou-lhe um olhar de advertência por sua linguagem. Seu pescoço estava salpicado de chupões.

Isso não significa que o perfil seja baixo.

.

— Então, McGonagall sabe. Problema.

— Só espero que ela não tente nos dar "a conversa", pelo amor de Merlin — Harry resmungou, acariciando o pescoço de Draco.

Eles tiveram um longo dia. Draco esteve ocupado com a inspeção final durante toda a manhã e tarde. Normalmente, Harry teria feito companhia a ele, mas depois que eles perceberam que a presença de Harry significava beijar-se em alcovas e traumatizar os pobres elfos domésticos entrando na hora errada, Draco decidiu banir Harry de seus quartos e trabalhar sozinho. Kingsley queria que ele voltasse ao Ministério até 7 de setembro, e seu prazo se aproximava rapidamente.

It's Up That I Fell | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora