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Harry ficou em frente à janela. Sua sala de aula tinha uma vista muito boa do Grande Lago. Na superfície, ele viu um tentáculo da Lula Gigante emergindo lentamente da água, como acontecia sempre que o animal sentia vontade de aproveitar um raro raio de sol. Em seguida, o tentáculo se convulsionou levemente e desapareceu sob a água escura. Harry franziu a testa.

Está acontecendo de novo.

Ele se virou bem a tempo de evitar um Jelly-Brain Jinx. Ele se abaixou e prontamente lançou um Protego para proteger os alunos atrás dele.

— Sr. Poole, eu juro por Merlin...

— A culpa não é minha, professor! A Wanda deu azar com a minha varinha!

— Muito plausível — respondeu Harry sem perder o ritmo. — Eu diria que estou tão convencido quanto nas primeiras quatrocentas ou mais vezes que você me contou essa mentira antes.

Wanda deu uma risadinha, cobrindo a boca com as mãos. Poole teve a audácia de sorrir.

— Pare de balançá-la como se fosse uma meia velha. Tente mirar de uma vez por todas — Harry suspirou. Às vezes, ele jurava, quase sentia que estava se tornando Snape. Felizmente, seus alunos o odiavam um pouco menos, ou assim ele esperava.

— Srta. Clarice, técnica impecável, agora é só tentar melhorar a postura. Sr. Hibbert, calma com isso, não queremos outro caso de membro perdido. Madame Pomfrey ameaça se aposentar toda vez que isso acontece.

Sua turma era boa. Ele estava imensamente orgulhoso deles. Como estavam agora no final do sétimo ano, seriam os primeiros alunos que ele havia ensinado do primeiro ao último dia. Ele teve a chance de acompanhar o progresso deles e canalizar sua magia de uma forma que nunca havia experimentado antes. Essa era a turma da Grifinória/Sonserina: a da Lufa-Lufa/Corvinal também era boa, mas não tão boa quanto eles. Esses alunos eram particularmente promissores.

— Professor Potter, há algo errado com meu Protego... — Harry andava de um lado para o outro dando instruções e corrigindo movimentos, sempre tentando elogiar aqueles que se saíam particularmente bem.

— Eu juro, minha varinha não está funcionando direito...! — Sr. Poole, diga-me: O senhor quer que eu envelheça prematuramente? Você quer?

— Dê só uma olhada, por favor! — Harry arqueou uma sobrancelha, mas depois se aproximou e pegou a varinha em suas mãos.

— Há algo errado com ela. Está quase vibrando... — Ele supôs que era porque na verdade era uma varinha fictícia - malditos Weasleys. É tudo diversão e jogos até que você decide se tornar um professor de todas as coisas. Fazia anos que Poole não fazia aquele truque - a varinha se transformando em um pato de borracha ou em uma meia suja e fedorenta - ah, as lembranças. Ela continuava a vibrar e a disparar lampejos tristes e quebrados de brilho. Mais uma vez, Harry franziu a testa.

— Por acaso você não... — e apontou para o armário no final da classe. Pela expressão vagamente culpada no rosto de Poole, ele concluiu que foi o que aconteceu. Todos sabiam que não deveriam se aproximar do armário no final da classe. Harry havia se esforçado ao máximo para descobrir o que havia de errado com ele; o que fazia com que tudo que o tocasse não funcionasse direito. Fosse o que fosse, era tão poderoso que um simples toque causava dor de cabeça e dores de estômago, e os objetos que mal encostavam nele começavam imediatamente a agir de forma estranha.

— Por que diabos você fez isso?

— Minha varinha voou de minhas mãos! Aterrissou contra ele e depois caiu no chão, achei que estava segura, ela mal a tocou...

— Voou?

Poole olhou para seus pés.

— Eu posso tê-la jogado.

It's Up That I Fell | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora