A negação

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No seu velório não lembro de ter ficado um segundo dando risos ou coisas do tipo, eu só sofri naquele momento, minha dor era tanta, eu tinha acabado de perder o meu maior amor, minha vida era dedicada a ele talvez algum dia nós pudéssemos nos casar mas nada disso pode ser feito porque Jonathan ( o cara que atropelou Diego) tava bêbado e matou facilmente a pessoa que eu mais amava.
Sem acreditar eu fui para casa, eu não podia aceitar aquilo meu namorado morto minha vida podia ter acabado ali junto do mesmo, eu devia ter atravessado junto com ele, nós devíamos ter ficado em casa e não feito nada, eu tecnicamente matei Diego? Eu o amava juro por todas as minhas forças agora eu só lamento, deitada em minha cama chorei com suas fotos ao meu redor abraçada com coisas que Diego tinha me dado senti tanto a sua falta, no dia seguinte fui ao seu enterro lá eu não pude acreditar de verdade eu não consegui suportar a ideia de que todo mundo viveria a vida e seguiria sem sentir o peso do que eu estava sentindo da morte dele. Ele não merecia tudo aquilo que tava acontecendo até os pais dele estavam aceitando muito melhor aquilo não foi fácil para processar.
Eu entrei na justiça muito tempo depois processei Jonathan por ter feito aquilo, ele matou a pessoa que me amava e vice-versa Jonathan não deveria ter ficado vivo ele deveria estar no lugar de Diego eu não consigo aceitar que de repente o que aparentemente viveria uma vida toda comigo morreu e eu não pude fazer nada.
Eu acordei com os olhos inchados minha mãe estava sentada a ponta da minha cama olhando as fotos que estavam caídas no chão e algumas que estavam por cima da cama uma caixa estava aberta eram todas as joias ou lembrancinhas que ele tinha me dado minha mãe tinha a chave da casa que eu e ele moravamos então foi mais fácil dela poder entrar, ela me olhou e disse:
_ A perda e algo difícil, quando seu pai faleceu eu também sofri, má aqui estou eu, e também eu sei o que vc está sentindo.
Eu chateada com tudo gritei com ela dizendo:
_ Não vc não sabe, você nem ligava para o papai!
Eu começo a chorar e minha mãe começa a me fazer carinho.
_ Para mãe!
Eu me levanto da cama e desço as escadas lembrando de tudo o que tínhamos passado naquela casa, alguma coisa me dizia que Diego não tinha morrido, quando abri a porta do jardim tudo ficou borrado e eu desmaiei, Jenny (minha mãe) correu até mim e chamou a ambulância eu me sentia tão mal, médicos fizeram vários testes em mim. Mais tarde um homem chamado Kennedy, que era um enfermeiro trouxe uma notícia que eu fiquei tão feliz, eu estava grávida, em mim tinha um filho ou filha, herdeiro de Diego, chorei muito após a notícia, mas era de felicidade.

a primeira fase da perdaOnde histórias criam vida. Descubra agora