SOLUS - Hosie

Crazy

Lizzie acordou confusa, a única coisa que lembrava era de ter dito o nome de Klaus Mikaelson, antes de Hope quebrar seu pescoço. Ela levou as mãos à cabeça, a dor que sentiu era muito parecida com a da primeira ressaca que sentiu quando tomou meia garrafa do whisky que seu pai escondia no escritório dele.

— Finalmente, pensei que dormiria o dia todo — Escutou a voz entediada de Hope.

A loira ia responder, mas parou estática quando sentiu um cheiro forte de sangue. Ela olhou na direção da voz de Hope, e lá estava a ruiva, segurando duas pobres garotas, uma sangrava pelo pescoço e a outra lhe dava olhares aterrorizados, suplicando por ajuda.

Lizzie sentiu suas presas saírem imediatamente, mas não cedeu aos instintos. E como se adivinhasse que a loira tentaria se controlar, Hope tirou suas presas do pescoço de uma das garotas, se virando para morder o pulso da morena que estava do outro lado, sorrindo ao ver o sangue jorrar dali.

— Vamos lá, o almoço é meu, mas você pode pegar um pouco — Hope falou, se divertindo com o desespero da outra — Beba, Lizzie — Ordenou, sabendo que a loira obedeceria.

Hope observou satisfeita Lizzie fincar suas presas no pulso da garota. Não demorou e Lizzie a soltou, hipnotizado a garota para que saísse dali.

— Conte até dez e esqueça tudo que aconteceu aqui, agora suma da minha frente — A tríbida falou olhando nos olhos da garota, sorrindo ao vê-la correr para longe dali.

— Qual é o seu problema ? — Lizzie perguntou raivosa.

Hope não respondeu, invés disso a ruiva alcançou a garota que Lizzie mandou embora e sem muito esforço drenou todo o sangue de suas veias, jogando no chão o corpo sem vida.

Lizzie sentiu seu estômago se revirar com a cena.

— Você é louca, Hope, e vindo de mim, isso está longe de ser um elogio. Não precisava fazer isso, qual é a porra do se- — Hope quebrou seu pescoço antes que Lizzie terminasse.

Deu de ombros e puxou a loira para o primeiro lugar que encontrou bebidas e portas abertas. Já estava no quarto copo quando ouviu Lizzie berrar em seu ouvido.

— Você não pode simplesmente quebrar meu pescoço só porque está entendida — Ouviu Lizzie resmungar, mas não parou de encarar seu copo —Hello, está me ouvindo ? Eu estou falando com você.

— Eu ouvi. Não quebrei seu pescoço por tédio, fiz porque não aguentava mais ouvir sua voz — Hope sorriu travessa — Pensando bem... Por que você não cala essa maldita boca e me deixa beber em paz ?.

Dito isso, Hope sorriu satisfeita ao ver Lizzie se calar no mesmo instante.

Uma semana atrás, a Mikaelson não sabia que a loira tinha tomado sangue de vampiro, foi uma desagradável surpresa vê-la acordar. Mas, mais surpreendente ainda foi descobrir que era o seu sangue que estava no sistema dela quando a matou.

— Você deveria se emprenhar, quanto antes encontrarmos e matarmos a Aurora, mas cedo ganhará sua liberdade.

— Não era esse o combinado. Você disse que me deixaria livre quando a encontrássemos, não disse nada sobre matá-la.

— Oh, devo ter esquecido da última parte. Me desculpe — Pediu com um falso tom de pesar.

— Você não pode me fazer cúmplice de um assassinato — Lizzie se levantou com as mãos na cabeça.

— Na verdade, eu posso sim. Posso até fazer você matá-la sozinha — Falou tomando o restante do líquido que tinha no copo.

Lizzie bufou irritada e se sentou. Estava com com raiva de si mesma, saiu de Mystic Falls com o único objetivo de matar Hope, e acabou não pensando nas consequências daquilo. Agora estava ali, condenada a fazer tudo que a Mikaelson mandasse, até mesmo matar alguém.

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Até o próximo.