Recomeçar:começar de novo; retomar, após interrupção.
Ouvimos muitas histórias sobre amores que vem na hora errada, mas a minha com certeza é diferente. A minha história envolve voos internacionais e anéis de noivado, e não importa quanto tempo passe, essas coisas sempre voltam pra mim.
Assim como ver seu sorriso do outro lado do salão me afeta, tenho certeza que a minha presença aqui hoje, também o deixa inquieto.
Se, daqui a uns 30 anos, me perguntarem quem foi o grande amor da minha vida, eu tenho certeza que irei responder, sem ao menos hesitar: Carlos Sainz Jr.
O que eu sinto por ele não é o tipo de sentimento que passa com o tempo, não desaparece, não diminui, não evapora, mas continua aqui mesmo depois de um ano separados. Nossas carreiras nunca permitiram que ficássemos juntos. Carlos ao redor do mundo, e eu presa no meu escritório, sem tempo para ajudar com a nossa relação.
Não percebi que ele havia se aproximado, até sentir seu cheiro perto de mim.
— Pensei que não viria! — exclamou ao me cumprimentar com dois beijos na bochecha, assim que ele traçou sua mão livre da taça de champagne por minhas costas, percebi que seu efeito em mim, continuava o mesmo.
— É... Eu vim! Não poderia deixar nossos amigos na mão — respondi, acenando com a cabeça na direção dos noivos.
O jantar de noivado dos nossos melhores amigos não foi a única coisa que me fez pegar um voo pra Madrid, por mais que eu use como desculpa.
Carlos concordou, com um sorriso de canto e prendeu seus olhos castanhos em meu rosto por segundos que pareceram longos demais.
— Sua mensagem... Eu... — Me perdi em minha fala, sem saber a melhor maneira de tocar no assunto.
— Ei, tá tudo bem... Eu não queria te deixar confusa ou na obrigação de me dar uma resposta. — Tentou me acalmar, movendo os ombros como se não fosse nada demais, mas era. Era uma tempestade, causada por uma simples mensagem de texto. Sainz me contatou no mês passado, e foi bem sincero sobre tudo o que sente em relação a nós. A verdade é que o término parece estúpido agora que eu tenho a visão da cena toda e do longo prazo. Eu mudei, meu emprego mudou, entretanto meu amor por ele ainda continua aqui.
— Eu também sinto sua falta, e não tenho nenhuma defesa contra isso — confessei, buscando em seus olhos alguma hesitação, e só encontrei aquele mesmo brilho de sempre. — Eu nunca parei de te amar, Carlos. E não acho que seja possível interromper esse sentimento.
O piloto sorriu, se aproximando notavelmente, deixando a taça de champagne no balcão em minhas costas.
— Eu também te amo, querida. — Tocou meu ombro delicadamente, e eu coloquei minha mão por cima da sua, entrelaçando nossos dedos. — Nunca é tarde demais pra tentar de novo, né? Dessa vez prometo esperar o seu tempo, não precisamos de um anel ou de um noivado se for rápido demais.
Assenti, mordendo o lábio e sua mão subiu para a lateral do meu pescoço.
— Acho que esse tempo longe de você me fez perceber que você é o cara certo pra mim. — E com um pequeno sorriso, uni nossos lábios, pronta para recomeçar.
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Acho que com o tanto de vezes que eu berrei o nome dele ontem (sem malícia por favooooor), seria injusto terminar de outra forma essa coletânea.
Enquanto esperamos pela vitória do Carlinhos, vamos ler um pouco pra acalmar, né!
Espero que tenham gostado, não vou colocar um capítulo de agradecimento ou algo do tipo porque vai que... Muitas vezes eu acabo escrevendo essas coisinha e se não tiver um uso, vou colocar aqui.
Muito obrigada por terem lido até aqui! <3
Lembrando que tenho outras histórias no meu perfil, que eu ouvi que valem a pena a leitura... Uma sobre uma amizade de longa data com um certo piloto francês, outra sobre um encontro repentino com um piloto cowboy... E várias outras! Espero ver vocês por lá!
Beijinhos <3
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