Low light

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 A água quente parece tirar toda tensão que existe em meus músculos, a cada gota que cai sobre meus ombros sinto eles mais relaxados. Graças a nossa mini festa de despedida as gravações de amanhã serão apenas de tarde, o que obviamente não reclamo.

Desligo o registro e me enrolo na toalha, hoje está mais frio do que o normal o que me fez escolher um conjunto de moletom como pijama. O relógio marca meia noite e cinquenta e cinco, sinto meu estômago vazio, não comi muito nessa festa que deram, no máximo dois mini hambúrguer e um copo de suco. É meio tarde para comer algo, mas não quero ficar com fome e muito menos fazer desfeita com a pizza que Hailee trouxe, então pelo menos um pedaço irei comer.

A luz da sala ainda está acesa e a televisão continua ligada, mas Hailee está apagada no sofá, ela deve ter tido um dia tão cheio quanto o meu, paro em sua frente  e me pego rindo sozinha ao observá-la. As olheiras em seus olhos demonstram o quão cansada ela está, mas mesmo assim essa mulher continua linda, é difícil encontrar palavras que descrevam o quão magnífica ela é.

Pego uma manta que sempre deixo na poltrona e estico sobre seu corpo encolhido, faço questão de desligar a TV e apagar as luzes, deixando apenas o abajur de canto acesso. Tentando fazer o mínimo de barulho possível vou até a cozinha e pego um pedaço de pizza, uma das coisas que mais gosto na minha casa é a bay window que fica na cozinha, nela consigo ter uma bela visão do quintal. Enquanto como minha pizza observava o movimento do lado de fora, não havia estrelas no céu, as nuvens cobriam até mesmo a lua fazendo com que tivesse pouca iluminação natural, um cenário perfeito para um filme de terror clichê.

É engraçado ver esse tipo de filme, você nota o quão burra uma pessoa não deve ser.

Exemplo: Qual a merda da dificuldade em ficar em grupo e não se separar ? Escuta um barulho e vai ver o que é, não parece um ser humano pensando. Ou olhar o assassino e esperar que seja apenas uma brincadeira de mau gosto, ora tenha santa paciência.

Rindo dos meus próprios pensamentos como o último pedaço de pizza do prato, lavo os talheres e apago a luz da cozinha, vou até meu quarto e pego alguns cobertores e travesseiros. De maneira alguma vou deixar Hailee dormindo sozinha na sala.

Tomando cuidado para não topar em nada ou cair de cara no chão coloco o volume de cobertas na poltrona, Hailee está em um sono pesado, mas mesmo assim não vou arriscar fazer barulho.

Arrumo minhas coisas no tapete ao lado do sofá onde ela está deitada, antes de me deitar coloco mais uma coberta sobre seu corpo e deposito um beijo em sua cabeça, deixo a luz do abajur acesa para dar um pouco de luminosidade para o ambiente. Não demorou muito para o sono vir e eu ser levada para o mundo dos sonhos {...}

Três da madrugada

Tenho a sensação de alguém acariciando meu cabelo, é um toque suave e delicado, e aos poucos vou abrindo os olhos, a luz do abajur me ajuda a identificar o ambiente onde estou. As carícias continuam e tenho receio de me virar, mas sua voz rouca soou nos meus ouvidos falando que sabia que eu tinha acordado, como ela está no sofá, isso facilita a visão que ela tem sobre mim e meu rosto.

Me viro vendo Hailee apoiando a cabeça sobre um braço, deixando seu outro livre para conseguir fazer o que estava fazendo a segundo atrás, a luz do ambiente é de certo modo fraca, mas ilumina seu rosto mostrando cada detalhe dele.

– Porque não deita aqui? - Percebi naquele momento que mexer no meu cabelo foi uma forma carinhosa dela me acordar, já que a mesma me puxa para cima e abre um espaço no sofá para que eu me ajeite. Não vou negar que dormir no chão fez com que minhas costas reclamassem.

Hailee Steinfeld and YouOnde histórias criam vida. Descubra agora