3- Quando a bebida sobe pra cabeça

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Alice

É rápido o caminho de onde estávamos até o bar, assim que chegamos aproveito para conversar com o Bruno. Que ao fazer contato visual com os seus olhos expressivos me perco no que eu queria dizer. — Nossa, que homem gostoso, senhor ! Acho que estou grávida só com o olhar dele. Se quiser, pai. Pode mandar que sua filha está pronta. — Em alguns segundos me perco em meus pensamentos, mas Bruno nem percebe meu olhar perdido.

— Já escolheu o que quer?

— Ah, sim! — volto para para a realidade.— Então, é esse ano que vocês formam em med?

— O Léo, sim. Eu tranquei, e agora, estou estudando direito.

— Nossa, esse curso é muito mais a sua cara!

— Sério? Por que?

— Não sei... Deve ser porque você sempre foi um pouquinho militante... Mas do bom sentido.

— Ah ! Ué, temos que falar sobre as pautas pretas, não é , pretinha?

— Claro, irmão de luta! — os dois riram.

— Então, o que houve para o Caio não vir com você?

— Nós terminamos.

— Nossa, que merd*. Foi mal.

— Não precisa se desculpar. Afinal, fui eu que...

— Então, o dois querem pedir o quê?— interrompe o barman.

— Queremos duas caipivodkas e uma batida de morango, e você?

— O mesmo que o seu .

— Então, duas batidas.

— Certo.

— Obrigada.

Após terminarmos de fazer o pedido, começa tocar um funk das antigas , no qual eu amo dançar e aproveito para descer até o chão. Então, falo para o barman que vamos pra pista e ele fala que vai entregar as bebidas para nós lá. Já puxo o braço de Bruno para ir comigo.

— "Glamurosa, rainha do funk..." — grita a Clara ao som da música totalmente fora do ritmo.

— Essa é a minha música!— grito.

— Brunão, o que você deu para a Alice?

— Léo, ela está sóbria. — os dois riem.

— Meninas, chegou as bebidas!— exclamou Léo com seu rosto alegre.

— O meu é de morango!— grito, sem parar de dançar.

Enquanto dou um gole na minha bebida, no outro lado da pista, vejo o meu ex se esfregando em um garota loira . É rápido o efeito da raiva fervendo as veias do meu rosto. Ligeiramente, me viro e coloco meu corpo contra o do Léo. Ele aproveita a situação e aperta a minha cintura . E se aproxima do meu pescoço, cheira o meu perfume . Quando volto a olhar para a direção de Caio e ele está agarrando aquela garota. Então, eu beijo Léo. — Nossa, que pegada que aquele homem tem, meus amigos. Que pegada . E que beijo , hein? Valeu a pena, ir para aquela festa só por causa desse momento.— E mesmo nos beijando, não paramos de dançar no ritmo da música .

— Queima Cabaré!— grita a Clara , com sua voz desafinada devido a bebida. Que deveria ser o terceiro drink, já que ela tinha bebido o meu e a caipivodka que tínhamos trazido . E naquele momento , estava com uma bebida que aparentava ser de abacaxi.

— Que delícia, hein?— sussurra Léo no meu ouvido, no que me causa arrepios.

— Nossa, gente! Achei que teríamos que levar vocês para um motel.— falou Bruno com um sorriso constrangido.

— Para, gente! Só foi um beijinho.

— Só?— perguntou Clara e continuou— Gente, esse beijo foi mais excitante que muito filme adulto.

— Clara, já falaram para ti , que você é uma tarada?

— Sim. Melhor tarada do que virgem que vê "Cinquenta tons de cinza " e sonha em transar com o Justin Bieber.

— Nossa, amiga. Que específico!

— Verdade. — disse Léo envolvendo a minha cintura com os seu braços e me pressiona contra ele.

Inclino minha cabeça para trás e sussurro:

— Acho que alguém aí embaixo está animadinho, hein?— Léo não me diz nada, responde beijando meu pescoço com carinho e termina na minha bochecha.

— Olha, que vocês são fofos juntos... — disse Clara com uma feição com o misto de orgulhosa e safada ao mesmo tempo. Só ela é capaz de fazer essa façanha.

Depois de dançarmos muito e beber um pouquinho mais. Clara volta para o ataque e fica com umas meninas.

— Nossa, a Clarinha não perde uma oportunidade, hein?— comenta Bruno.

— Minha Marida é uma pegadora nata.

— E aí, Brunão, não vai pegar ninguém?

— Estou sossegado hoje.

— Tá bom, você que sabe.— Léo me dá um selinho.

— Vou voltar dançar mais.

— Vai me deixar aqui?

— Claro, para você admirar minha performance.— digo me afastando e começo dançar no ritmo da música.

— Nossa, irmão, hoje eu sou um homem de sorte.

— Só hoje? Você sempre fica com as mais desejadas .

— Não tenho culpa que o pai aqui, é o cara.

— Nossa, Léo. Você se acha, irmão.

— Sabe que isso é tudo um personagem , não é?

— Claro— Bruno manda uma piscadinha para o amigo.

Eu danço muito, ao som dos melhores funk que poderiam ser selecionados para aquela festa. E não me intimido em beber uns drinks, com um teor alcoólico nada baixo. Depois de um copo, dois, três...

Depois daquela festaOnde histórias criam vida. Descubra agora