Alice
É rápido o caminho de onde estávamos até o bar, assim que chegamos aproveito para conversar com o Bruno. Que ao fazer contato visual com os seus olhos expressivos me perco no que eu queria dizer. — Nossa, que homem gostoso, senhor ! Acho que estou grávida só com o olhar dele. Se quiser, pai. Pode mandar que sua filha está pronta. — Em alguns segundos me perco em meus pensamentos, mas Bruno nem percebe meu olhar perdido.
— Já escolheu o que quer?
— Ah, sim! — volto para para a realidade.— Então, é esse ano que vocês formam em med?
— O Léo, sim. Eu tranquei, e agora, estou estudando direito.
— Nossa, esse curso é muito mais a sua cara!
— Sério? Por que?
— Não sei... Deve ser porque você sempre foi um pouquinho militante... Mas do bom sentido.
— Ah ! Ué, temos que falar sobre as pautas pretas, não é , pretinha?
— Claro, irmão de luta! — os dois riram.
— Então, o que houve para o Caio não vir com você?
— Nós terminamos.
— Nossa, que merd*. Foi mal.
— Não precisa se desculpar. Afinal, fui eu que...
— Então, o dois querem pedir o quê?— interrompe o barman.
— Queremos duas caipivodkas e uma batida de morango, e você?
— O mesmo que o seu .
— Então, duas batidas.
— Certo.
— Obrigada.
Após terminarmos de fazer o pedido, começa tocar um funk das antigas , no qual eu amo dançar e aproveito para descer até o chão. Então, falo para o barman que vamos pra pista e ele fala que vai entregar as bebidas para nós lá. Já puxo o braço de Bruno para ir comigo.
— "Glamurosa, rainha do funk..." — grita a Clara ao som da música totalmente fora do ritmo.
— Essa é a minha música!— grito.
— Brunão, o que você deu para a Alice?
— Léo, ela está sóbria. — os dois riem.
— Meninas, chegou as bebidas!— exclamou Léo com seu rosto alegre.
— O meu é de morango!— grito, sem parar de dançar.
Enquanto dou um gole na minha bebida, no outro lado da pista, vejo o meu ex se esfregando em um garota loira . É rápido o efeito da raiva fervendo as veias do meu rosto. Ligeiramente, me viro e coloco meu corpo contra o do Léo. Ele aproveita a situação e aperta a minha cintura . E se aproxima do meu pescoço, cheira o meu perfume . Quando volto a olhar para a direção de Caio e ele está agarrando aquela garota. Então, eu beijo Léo. — Nossa, que pegada que aquele homem tem, meus amigos. Que pegada . E que beijo , hein? Valeu a pena, ir para aquela festa só por causa desse momento.— E mesmo nos beijando, não paramos de dançar no ritmo da música .
— Queima Cabaré!— grita a Clara , com sua voz desafinada devido a bebida. Que deveria ser o terceiro drink, já que ela tinha bebido o meu e a caipivodka que tínhamos trazido . E naquele momento , estava com uma bebida que aparentava ser de abacaxi.
— Que delícia, hein?— sussurra Léo no meu ouvido, no que me causa arrepios.
— Nossa, gente! Achei que teríamos que levar vocês para um motel.— falou Bruno com um sorriso constrangido.
— Para, gente! Só foi um beijinho.
— Só?— perguntou Clara e continuou— Gente, esse beijo foi mais excitante que muito filme adulto.
— Clara, já falaram para ti , que você é uma tarada?
— Sim. Melhor tarada do que virgem que vê "Cinquenta tons de cinza " e sonha em transar com o Justin Bieber.
— Nossa, amiga. Que específico!
— Verdade. — disse Léo envolvendo a minha cintura com os seu braços e me pressiona contra ele.
Inclino minha cabeça para trás e sussurro:
— Acho que alguém aí embaixo está animadinho, hein?— Léo não me diz nada, responde beijando meu pescoço com carinho e termina na minha bochecha.
— Olha, que vocês são fofos juntos... — disse Clara com uma feição com o misto de orgulhosa e safada ao mesmo tempo. Só ela é capaz de fazer essa façanha.
Depois de dançarmos muito e beber um pouquinho mais. Clara volta para o ataque e fica com umas meninas.
— Nossa, a Clarinha não perde uma oportunidade, hein?— comenta Bruno.
— Minha Marida é uma pegadora nata.
— E aí, Brunão, não vai pegar ninguém?
— Estou sossegado hoje.
— Tá bom, você que sabe.— Léo me dá um selinho.
— Vou voltar dançar mais.
— Vai me deixar aqui?
— Claro, para você admirar minha performance.— digo me afastando e começo dançar no ritmo da música.
— Nossa, irmão, hoje eu sou um homem de sorte.
— Só hoje? Você sempre fica com as mais desejadas .
— Não tenho culpa que o pai aqui, é o cara.
— Nossa, Léo. Você se acha, irmão.
— Sabe que isso é tudo um personagem , não é?
— Claro— Bruno manda uma piscadinha para o amigo.
Eu danço muito, ao som dos melhores funk que poderiam ser selecionados para aquela festa. E não me intimido em beber uns drinks, com um teor alcoólico nada baixo. Depois de um copo, dois, três...
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Depois daquela festa
RomanceAlice é uma jornalista de início de carreira que tem sempre está bem acompanhada da sua melhor amiga. Até que ela termina o seu relacionamento e é convidada para uma festa dos seus colegas de faculdade. Pronta para seguir a vida sua solteira, não p...