PRÓLOGO

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A sala parece girar.

Eu não consigo acreditar que eles esconderam de mim esse tempo todo. Eu estou furiosa, com vontade de matar um deles e mesmo assim o ódio não passaria.

Foram anos achando que tudo era superficial, que os segredos não eram tão profundos. Mas eles se encontravam bem no abismo marinho.

Eu não consigo respirar. Tento puxar a respiração e ela não vem. Começo a entrar em desespero e corro para o jardim. Preciso de um tempo.

Lágrimas quentes banham meu rosto e meu peito está subindo e descendo muito rápido, mas ainda sim parece que não consigo respirar. Levo a mão em direção a boca para abafar os soluços e sinto duas mãos em minha cintura, me virando de frente. No momento em que ele faz isso eu me jogo direto para os seus braços.

Meu lar.

Levanto a cabeça e miro os meus olhos escuros para os seus de tempestade. Minha cor favorita é a dos seus olhos. Ele me retribui com um olhar cansado e sei que quer ir para outro lugar, e eu realmente estou precisando. Não consigo mais ficar na mesma casa que eles. Aqueles em que eu sempre confiei e mesmo assim me traíram.

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