Capítulo 12

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Para a original já estava insuportável ver Marcel conversando com Diana, queria poder esganar a loira e a expulsar da cidade a pontapé, estranhou ao ver a garota sozinha e com a mão no peito, parecia estar passando mal e até pensou em ajudar mas desistiu vendo que os vampiros de Marcel já vigiavam a garota e o mesmo apareceu ali tão rápido a socorrendo como se a mesma fosse quebrar a qualquer instante.

__Patético. _A loira disse e deu as costas indo em bora, estava tão interessada na vida romântica do ex que não percebeu que de humana Diana não tinha nada.

Estava tudo quieto demais, sem mortes, nada de guerras, nada de estacas, Mikael ou Esther, estava estranhamente calmo mas no cemitério Esther analisava a magia por meio do colar, aos poucos estava usando a magia para moldar sua verdadeira forma humana e transformava parte da magia em magia negra, algo forte o bastante para atingir Hope, o que a Mikaelson mais velha assim como o falecido a consideravam uma aberração da natureza. O colar era como via de mão dupla, Esther recebia a mais pura magia e infectava a bruxa mais nova com magia negra ancestral, imaginava que a garota morreria logo mas para sua surpresa agora a pequena bruxinha estava sugando a magia negra por conta própria fazendo do corpo um recipiente o que surpreendeu a mais velha, uma bruxa normal já estaria morta a muito tempo por isso temporariamente desconectava o colar, caso seu plano desse errado teria uma bateria a seu dispor.

...

__Já está melhor?

__Sim. _Respondeu a Marcel que evitava tocar na garota, sabia que a mesma não gostava de toques.

Algo arrebentou as janelas e Marcel protegeu a bruxa com o próprio corpo, alguns bruxos tentaram levar a garota mas Marcel conseguiu matar alguns e fugir levando a garota enquanto seus vampiros cuidavam do resto. Não teve muita alternativa na questão de proteção, pedir a Klaus estava fora de questão, veria a garota como uma peça de xadres descartável, Rebekah não aceitaria assim que percebesse certa afinidade que ele possuía, Kol não era responsável nem por cuidar de si mesmo e não era próximo de Freya então ligou para sua última opção, Elijah Mikaelson.

...

__Por que tanta pressa em me encontrar Marcel? _Perguntou sério e cordial. Conhecia o sobrinho adotivo bem o suficiente para saber que não se tratava de algo irrelevante.

__Preciso de ajuda, da sua ajuda. _Ele disse e Elijah o olhou sem entender, o que faria Marcel Gerard pedir a ajuda de um original?

__Com?

__Ela. _Disse inclinando a cabeça e Elijah viu uma jovem loira de vestido azul claro sujo com um pouco de sangue e cacos de vidro no cabelo.

__Matar uma criança?

__Protege-la, por alguns dias. _Elijah desabotoou o terno e se sentou no banco.

__Algo que eu precisa saber?

__Apenas que ela é importante o suficiente para eu ter que pedir ajuda à um original.

__Você gosta dela. _O original falou.

__Consegue cuidar dela?

__Vou levá-la a uma cabana, no pântano.

__Não a quero perto dos lobos.

__Então na casa onde Hope ficou escondida por um tempo, se precisar me ligue. _Se levantou abotoando o terno indo até a garota. __Olá. _Se apresentou. __Eu sou Elijah.

__Diana. _Disse e o original olhou para Marcel, a semelhança com Camille era quase palpável.

__Vou te ajudar até Marcel resolver alguns problemas.

__Leah vai ficar comigo. _Marcel disse vendo a feição de desespero desapareçer e a garota entrar no carro com o original.

Um desconfortável silêncio se instalou, não para o original mas para a bruxa que sentia estar incomodando. Brincava com os próprios dedos e Elijah reparou na tatuagem.

__Gosta de lobos? _Perguntou.

__De certa forma sim.

__Marcel contou sobre minha família?

__Não.

__Sobre ele? _A garota o olhou confusa.

__Ok. _Ele disse mais para sí mesmo, imaginava que a garota teria o mesmo destino de Camille, a morte por se envolver com vampiros.

__São amigos?

__Parentes, de certa forma.

__Ah, sim.

__E você?

__Eu tenho a Leah.

__Irmã?

__De certa forma. _O imitou e ele deu um pequeno sorriso.

__Você não parece ser daqui.

__E não sou, vim de longe.

__Família?

__Não tenho ninguém.

__Tem a Leah. _Ele disse e ela sorriu, sorriso extremamente parecido com o de seu irmão enquanto ainda era humano e o brilho da humanidade ainda estava no loiro.

Horas depois chegaram até uma pequena casa em um grande lote. A garota desceu e pegou sua mochila preparada com muita rapidez, nem sabia direito o que tinha levado. Entrou escutando Elijah dizer onde era o quarto que ela usaria e entrou no quarto infantil indo ao banheiro tomar banho e se trocar para descer de volta a sala, não queria parecer uma ingrata.

__Obrigada sabe..por tudo. _Falou.

__Sem problemas. _Ele disse e a olhava curioso. __Como conheçeu Marcel?

__Em um bar, ele viu os caras dele levando uma surra..

__Deixe-me adivinhar, você e sua amiga quase irmã quem estavam "dando uma surra" nesses homens.

__Sim, Leah é forte.

__Você também parece ser.

__Hm..

__Desculpe a indelicadeza mas estou curioso para saber o que causaria tanto problema a uma humana. _Disse e viu as luzes piscarem e a garota sorrir.

__Uma bruxa. _Disse. __Isso esclaresse muita coisa.

__Sou nova nisso. _Olhou para as próprias mãos.

__Talvez isso possa ajudar. _Foi até a gaveta em velocidade humana retirando um dos grimorios que pertenceram a Hope. __É um grimorio, uma espécie de livros de estudo para bruxas.

__Você...

__Não sou um bruxo, minha sobrinha e irmã são.

__Ah, sim. _Folheou o livro e viu Elijah lhe trazer algumas velas.

__Você vai precisar. _Ele falou e de longe observava a garota e algo que o deixou intrigado, as muitas cicatrizes pela nuca e a roupa lisa fazia as partes altas de suas cicatrizes se destacarem. Pensou em perguntar mas sabia que a garota era arisca.

Alí, naquele instante Elijah colocou o copo de bourbon na mesa olhando para a garota, entre as cicatrizes uma mancha, uma marca de nascença que era extremamente peculiar e que viu apenas uma vez, a marca pareçida com um pássaro, a marca de nascença de Camille e se lembrou dos olhos idênticos e rosto parecido, fez as contagens de quando Camille morreu e qual idade a menina aparentava mas ele nunca soube de alguma irma de Camille ou de uma suposta filha mas um som o tirou de seus pensamentos, um osso sendo quebrado em seguida de um grito.

My Camellia Flower - Jasper Hale Whitlock Onde histórias criam vida. Descubra agora