Coletânea de Ones-Shots TruMai

The Best For Me

Sinopse:

Após a derrota de Black, Trunks acha que ficar longe de Mai é o melhor para ela.

The Best For Me 

auroralis

O corpo dela era coberto por um lençol fino e Trunks via suas feições delicadas na penumbra. Os cabelos negros estavam esparramados sob a cama de solteiro desleixadamente. Ele não conseguia dormir e, do outro lado do quarto, remexia-se constantemente sob o colchão macio na mansão de Bulma. 

Trunks e Mai em breve recomeçariam em um  lugar novo, onde não passariam mais fome, frio e desespero… Contudo, isso não era o suficiente para alegrar Trunks. Ele se sentia culpado e fraco por não ter conseguido proteger o seu mundo.

Ver o sorriso forçado no rosto de Mai, o pranto que ela se esforçava para engolir, era um pesadelo dos mais cruéis.

— Ei… que horas são? — Mai murmurou bocejando vendo que o Sayajin a olhava.

— Já passa das quatro — sussurrou de volta e manteriam o tom baixo para não acordar ninguém naquela madrugada.

— Você conseguiu dormir um pouquinho?

— Não…

Mai se levantou, caminhou, pé por pé, até a cama que o Sayajin estava e, depois, se ajoelhou ao lado dele.

— O que foi? — perguntou docemente lhe encarando. 

 — Deveria tentar dormir, ainda falta muito para amanhecer.

Mai acariciou o rosto dele com uma das mãos.

— Ei, não mude de assunto. Eu sei que algo está te perturbando, Trunks. Por que não divide comigo? 

— Por favor, vá descansar e me deixe sozinho. 

Trunks se virou de costas e Mai sentiu que mais uma camada de tijolos foi colocada no muro que ele estava construindo. Ela tinha dúvidas de como proceder e ficou parada, observando-lhe a nuca e os cabelos azuis.

Pouco depois, ela decidiu que não deixaria as coisas continuarem assim. Trunks começou a se distanciar dela um pouco depois que Whis propôs que eles fossem para outra linha do tempo. Ele pareceu tão bem com a proposta no início, mas depois, ficou reflexivo e estava evitando o diálogo a todo custo. 

A garota havia respeitado o espaço dele e aproveitou para tirar um tempo para si também, afinal, sem dúvidas, eles precisavam silenciar suas mentes depois de tanto barulho e estresse. No entanto, Mai não aguentava mais esse hiatus entre eles. Ela sentia falta de conversar com seu amor e melhor amigo, sentia falta do contato dos corpos, principalmente da firmeza de seu abraço.

Trunks sentiu a pele quente e o tecido frio em suas costas, era Mai com seu pijama de cetim. Um dos braços dela, circularam seu tronco e os lábios femininos resvalaram carinhosamente em sua nuca. Ela beijou a pele de seu pescoço e se deliciou com o perfume cítrico de seus cabelos.

— Eu não sei o que você tem, mas eu não vou deixar as coisas continuarem assim — sussurrou ela, na região atrás da orelha dele, o hálito quente fazia-lhe cócegas. 

Trunks inspirou o ar sentindo um misto de angústia, medo, saudade, dor...  Houve silêncio e mais beijos foram depositados afetuosamente na nuca dele, ao mesmo tempo Mai passeava com a ponta dos dedos, sentindo os músculos de seu abdômen marcado. Trunks havia recuperado um pouco da sua boa forma física, já que havia se alimentado melhor desde que começara a viajar para o passado em busca de ajuda.