AVISO: Este capítulo contém insinuação a pedofilia, não prossiga se for sensível a esse tema.
Robin
Sentado desconfortável na cadeira de metal, tudo o que eu conseguia sentir era angustia de um dia ter pensado que seria uma boa ideia ir atrás do Coringa. Como pude pensar que poderia simplesmente prendê-lo, é difícil até para o Batman, por que seria fácil comigo. Estou cerca de uma hora sentando com os braços presos para trás da cadeira sendo torturado pela Arlequina, sim torturado, pois, considero uma tortura ficar a ouvindo falar sobre as dez milhões de cores que existem e da falta de utilidade que damos para a cor incarnadine, uma espécie de vermelho misturado com vinho.
- Se eu fosse fazer o seu uniforme, por exemplo, jamais usaria cores como verde, amarelas e vermelhas. São cores muito chamativas. – Comentou a moça mexendo em alguns objetos da mesa à frente.
- E qual seria a cor? – Perguntei entediado
- Talvez incarnadine com preto, ou verde musgo com preto... O que acha?
- Parece legal, vou anotar as opções e passar pro meu estilista. – Respondi em tom cômico.
- Achei! – Esbravejou animada se virando com uma maleta na minha direção. – Estava aqui o tempo todo, só precisava procurar.
Fiquei receoso com o achado, antes da Arlequina está aqui conversando comigo sobre moda felina e cores, eu estava com o palhaço. Depois que tentei fugir e fui surpreendido por ele, logo me trouxeram para esse quarto mofado e encardido, que não possuía absolutamente nada, com exceção da mesa bagunçada cheia de instrumentos estranho e a cadeira metálica. Chegando aqui, ele ficou zombando de mim, enquanto procurava algo em cima da mesa, mas com o passar do tempo se cansou e chamou sua companheira para fazer isso e disse que quando ela encontrasse a mala pequena o chamasse de volta. E agora ela finalmente achou o objeto de desejo.
- Só um minuto querido, vou chamar o Coringa. – Ela se virou para a porta contente.
- Espera! Porque não continuamos nossa conversa?! – Quase gritei esperançoso que a loira continuasse perdendo tempo comigo. Prefiro mil vezes ter ela enchendo o saco com seu falatório irritante do que o Coringa.
- Oh querido, quem sabe depois que o seu pai passar um tempo com você. – Sorriu tentando parecer meiga e passou pela porta a trancando em seguida.
Droga, a minha única forma de escapar seria conseguindo soltar meus braços e tentar achar algo para atacá-los na mesa cheia de tralhas, o que não seria difícil daqui dá para ver a diversidade dos objetos cortantes que têm ali. O problema é sair daqui, meus pulsos estão presos pela algema, sem falar dos tornozelos igualmente presos nos pés da cadeira.
Ao ouvir o som da porta destrancando fiquei em alerta para quem adentraria e como já era o esperado os dois palhaços entraram juntos sorrindo de modo cúmplice. Endireitei-me na cadeira os olhando sério, não posso soar medroso agora, tenho que pelo menos fingir ter algum tipo de confiança sobre mim. Coringa se aproximou abaixando um pouco, nos encaramos por breves segundos, ele tinha aqueles olhos arregalados e o sorriso grande estampado no rosto. Nossa como incomoda ver ele assim tão de perto.
Foi quando suas mãos tocaram minhas costelas e barriga e ele começou a fazer cócegas e barulhos irritantes com a boca, seria uma típica brincadeira idiota para fazer uma criança rir, mas para situação que me encontro aquilo era horrível. Sentindo os seus dedos longos me cutucando meu corpo automaticamente se contorceu e tive ímpeto de começar a gargalhar, mas me neguei a fazer isso mordendo meu lábio.
Ele parou em alguns segundos e ao abrir meus olhos percebi que Rex havia entrando no quarto com uma mesa de rodinhas e uma televisão por cima, ele foi para trás de mim e parecia tentar ligá-la. Coringa continuava lá parado com as mãos na cintura me olhando intensamente. De repente ele forçou a cadeira para virar onde Rex colocou a televisão pequena.
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O Filho Perfeito
FanfictionApós Robin ter se desentendido com Batman, ele sai a procura de Coringa para mostra ao morcego que ele é forte e sabe se cuidar sozinho, entretanto seu plano dá errado e o garoto é sequestrado pelo palhaço que fará dele um exemplo para Gotham City.