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Saí da sala e andei novamente pelo corredor, parei em frente a porta do escritório de Vincent, abrir a porta e entrei indo até sua mesa. Passei um ar de confiança e nada nervosa, por mais que eu esteja.

Ele estava concentrado em algo, mas assim que me viu deixou o que estava fazendo e se encostou na cadeira cruzando os braços.

─ eu só vim avisar que sua reunião com os diretores da empresa, pra tratar do mercado financeiro da empresa e sobre as vendas das jóias, é na próxima quinta. ─ falei rápido com a agenda aberta. Ele me olhou de cima abaixo e suspirou.

─ por que na próxima quinta? ─ perguntou fazendo uma cara estranha.

─ porque é o único que dia você estará disponível?! ─ falei meio que perguntando o óbvio. ─ nesses dias você irá ter outros comprimidos, como:.... ─ passei as páginas da agenda até chegar em outra com outros compromissos, ele continuou naquela pose que tava tentando tirar minha concentração e ficou me encarando. ─ como: hoje você tem um festa de família para ir, amanhã você irá sair com seu pai para uma reunião particular com o advogado Winter e... ─ ele me interrompeu.

─ como assim uma reunião com o Conrad? ─ perguntou num espanto que rapidamente se levantou. Tanto sua voz quanto sua feição estava tensa, como se estivesse nervoso e ao mesmo tempo bravo por eu ter falado aquilo. Hesitei um pouco engolindo em seco antes de prosseguir o que eu ia dizer.

─ sim, você irá uma reunião com seu pai. ─ ele ficou parado, mas ainda em pé, franzi o cenho, aquilo tava estranho. ─ por que a do espanto? ─ perguntei, mas curiosidade.

─ nada demais. ─ disse simples saindo detrás da mesa e andando um pouco até a janela, na verdade era uma janela enorme que expandia por toda a parede do seu escritório, porém tinha vários compartimentos, quadrados pra ser mais clara, e elas se abriam. Ele tirou um maço de cigarro do seu terno e acendeu para começar a fumar. ─ é só isso? ─ perguntou soltando uma fumaça.

Eu odiava homens que fumavam. Dei um passo a frente e lá fiquei.

─ na verdade não! Vim aqui também esclarecer um pouco do seu ódio por mim! ─ dei um sorriso rápido e ele ficou me olhando, ele umedeceu seus lábios e soltou um riso anasalado, depois voltou a olhar a janela, que por sinal tinha uma bela vista de vários prédios.

─ não é ódio, só....não gosto de você. ─ franzi o cenho dando um pequeno sorriso.

─ tá, isso eu sei, você deixou bem claro desde o dia que eu entrei aqui. ─ ele voltou seu olhar para mim. ─ agora o que me deixa inquieta é o porquê disso. ─ eu acho que nem ele sabia o motivo. Ele continuou me olhando, como se estivesse pensando numa resposta patética pra dizer, levou o cigarro até sua boca e tragou o cigarro, logo em seguida soltando uma fumaça um tanto perfeitinha em forma de anel.

Aquele cheiro já estava me agoniando, mas eu não ia sair de lá até ter uma resposta boa dele.

─ Vic...Vic... ─ ele balançou a cabeça.

─ o meu nome é Ayllei, dá pra você me chamar assim? ─ falei já aborrecida.

─ seu nome também é Vic, Victoria na verdade. ─ ele deu um sorriso e eu revirei os olhos. Que cara chato.

─ só quem me assim é meu pai, pessoas que não sou próxima costumam me chamar de Ayllei mesmo. Acho que o mesmo vale pra você, ou Ayllei ou srta. Williams. ─ disse simples.

─ Ayllei é um nome estranho, sei nem como se pronuncia isso, então....vou te chamar sim de Vic. Tá calor aqui, não é? ─ ele falou franzido a testa, depois colocou o cigarro na boca e começou a tirar a parte de cima do seu terno, ficando só com a sua camisa social preta, que estava com dois botões desabotoado. Por que preto combinava com ele?

 𝐓𝐡𝐞 𝐂𝐞𝐨'𝐬 𝐒𝐨𝐧 - 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora