5-Final

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Nunca foi tão satisfatório acordar com o despertar dos pássaros, indicando que mais um maravilhoso pela frente. Então abriu um sorriso grandioso ao se espreguiçar na cama bagunçada.

Tinha dormido tão bem que sentia todas as energias revigoradas.

— Bom dia, Jung... — o cumprimento morreu em sua boca assim que viu a cama de cima vazia.

Jungkook não era de acordar cedo, o loiro estranhou esse fato, mas acabou dando de ombros. Podia ser qualquer coisa boba, na certa o moreno esfomeado tinha ido assaltar a geladeira de madrugada e acabou dando indigestão.

Ele mesmo estava faminto depois de gozar duas vezes.

Jimin riu desse pensamento, o rosto esquentando com as imagens dos dois punhetando. Foi tão gostoso que poderia repetir aquilo todos os dias e não se enjoaria.

Depois de escovar os dentes e tomar um banho rápido para tirar os resíduos pegajosos, o loiro foi direto à cozinha, esperando encontrar o moreno lá. No entanto Jungkook não estava e a casa parecia mais silenciosa que de costume.

— Olá? — cumprimentou, bebericando o suco à boca, os olhos correndo pela extensão da piscina para ver se o primo de Taehyung estava por lá.

Mas nem sinal de Jungkook.

— E aí, Jimin, dormiu bem?
— a pergunta, aparentemente inocente do Kim, fez o mais velho cuspir o líquido, se engasgando. Saiu até suco pelo nariz. — Caramba...

Taehyung bateu nas costas do amigo, lhe olhando preocupado.

— Não foi nada, eu que sou desastrado. — limpou o nariz na ponta da blusa, fungando. — Mas por que a pergunta?

Taehyung espreitou os olhos.

— Espero que sua consciência pese... — Jimin prendeu a respiração. — se tiver assistido o restante da série sem mim.

— Ah! — riu soprado, deixando os ombros caírem. — Não, não. Eu não vi. Aliás... — pigarreou ,como quem não quer nada. — Cadê o seu primo?

— Foi embora. O pai dele pediu para ele voltar, ou coisa assim. — deu de ombros. — Disse que iria pegar o primeiro ônibus para Isan.

— Sério? — Jimin murmurou, sentando na espreguiçadeira. As engrenagens em sua cabeça trabalhando como nunca. — Quanta consideração, ele nem falou comigo...

— Iria fazer diferença?

— Aish, não... Que viagem. — revirou os olhos, prensando os lábios no copo de vidro.

Jungkook estava fugindo dele? Porque era isso que parecia... O outro sequer teve decência de olhar na sua cara depois do que aconteceu, como se tivesse cometido o pior dos crimes.

"A não ser que... que realmente se sinta assim. Será que ele pensou que eu realmente estava...". Concluiu arregalando os olhos.

— Escuta, Tae. Tem um negócio bem... Vamos dizer, peculiar, que aconteceu com um colega meu do trabalho... E queria sua opinião. — começou a falar devagar para não cometer nenhuma gafe.

— Que tipo de coisa? — o lado fofoqueiro do acastanhado se interessou no mesmo instante.

— Bom... A esposa dele costumava acordá-lo com um boquete quase todas os dias. Foi um consentimento meio que não dialogável, só aconteceu e eles continuaram praticando. Ela baixava a roupa do esposo no meio da noite, ele acordava com o pau sendo sugado e respondia ficando duro. Depois disso faziam amor e iam dormir.

— Até aí não vi nada de anormal. — Taehyung colocou as mãos no queixo, tentando entender o ponto da questão.

— O caso é que um dia ele chegou bastante cansado do trabalho... Tão exausto que, quando sua mulher lhe procurou no meio da noite, ele não acordou, apenas seu corpo respondeu. No dia seguinte ela comentou rindo o que aconteceu e meu amigo disse que não se lembrava de nada, talvez estivesse meio que dormindo. Ele poderia ficar orgulhoso em ter dado prazer a esposa, era isso que um homem deve fazer com a parceira, certo? Não negar fogo, ser viril acima de tudo. No entanto... — puxou o ar vendo que o Kim não tirava os olhos de si. — na mesma semana ele chegou esgotado, mal conseguiu se arrastar até o banheiro e tomar um banho descente antes de cair na cama. A esposa de bom grado, ofereceu uma massagem e ele adormeceu no processo. Então aconteceu de novo: ela continuou fazendo a tal massagem e o que era apenas algo relaxante, acabou atiçando o corpo feminino. Ela arranca o cueca do marido adormecido, lhe virou de barriga para cima e começou a masturbá-lo, até o pênis enrijecer. A mulher sabia dessa vez que ele estava em um sono profundo e que não acordaria, mas ainda sim continuou a estimulá-lo. Na sequência, montou no marido e cavalgou nele até  ter a porra do homem dentro de si. — Jimin suspirou, umedecendo a boca. — No dia seguinte, a esposa agiu normalmente, como se nada tivesse acontecido, mas meu amigo conhecia seu corpo e sabia que tinha rolado algo. Pensou em confrontar a esposa, mas ficou desconfortável. Eram marido e mulher, então tinham certas liberdades e não era a primeira vez que aquilo acontecia. — explicou. — Às vezes ele também procurava a mulher quando ela estava descansando e a parceira nunca foi de o rejeitar... A questão é: foi um estupro?

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