Não adiantava. Por mais que bolasse no colchão, o sono não vinha. Mas também como poderia dormir se sua mente não parava de repetir o que tinha ocorrido há pouco, em um lupi sem fim?
Era intrigante, estranho, ilógico... Se queria tanto e Jungkook também, então por que não se pegaram loucamente assim que ficaram a sós? Por que o ar entre eles pesou, por que se sentiu infinitamente nervoso assim que cruzou os olhos com o mais novo, preferindo inventar um mal estar para se refugiar no banheiro, enquanto Jungkook ficava para trás, se responsabilizando em desligar a televisão e limpar a bagunça que fizeram? Por que continuava a agir com covardia? Por que, por que, por que?!
Jimin não conseguia justificar ou se livrar daquele medo pegajoso. Não conseguia entender seu receio de responder ao moreno, se foi tudo o que mais desejou naquelas duas semanas.
— Jimin?
"Oh porra!", xingou mentalmente. O coração dando uma guinada louca ao ouvir a voz do outro, que se remexeu de novo no colchão de cima.
— Está se sentindo melhor?
Jimin não respondeu, apenas fechou mais os olhos, apertando as pálpebras com força demasiada, como se desse para ver de fato algo naquela escuridão.
— Jimin? — Jungkook insistiu, agora descendo da beliche. Estava receoso em se aproximar do Park, o mais velho era imprevisível e esquivo. Tinha que sondar bem o terreno, antes de qualquer coisa, já que Jimin parecia dar um passo para frente e dez para trás toda vez que tentava algo novo.
— Sei que está acordado, não faz nem quinze minutos que deitou. — riu soprado para quebrar o silêncio constrangedor. Jimin estava de costas para si, o rosto virado para a parede. — E você não é de pegar no sono tão rápido, seu fingido...
O loiro continuou calado, sem saber o que dizer. No entanto, sua coluna vertebral gelou ao sentir a extremidade do colchão que deitava, afundando.
— Não sei se devo pedir desculpas, mas não me arrependo pelo que aconteceu na sala. — começou Jungkook, jogando o "foda-se, vou ser sincero com meus sentimentos e desejos, uma vez na vida". — Tem noção de quanto me controlei para arrancar suas roupas e te foder toda vez que me olhava como quem implora por isso? Tem noção de como meu pau pulsa toda vez que veste aquele short curto e fica desfilando com essas pernas roliças... Porra, eu amo suas pernas, Jimin. Deveria ser um crime mostrá-las em público.
Jungkook declarou aquilo com uma certa devoção, porque era realmente a parte do corpo de Jimin que mais chamava sua atenção, depois do bumbum redondo, claro.
— Na real você é todo lindo... — suspirou. — Não vai falar nada? Jimin? — repetiu a pergunta, se inclinando para ranger a frase ao pé do ouvido alheio. — Está com vergonha de mim, é isso? — concluiu, ouvindo a respiração do outro se tornar ruidosa. — Posso ficar calado também se quiser... Na verdade posso ser bem silencioso. Quer que eu ocupe minha boca com outra coisa?
— Hum...
Jimin se arrepiou por inteiro. Jungkook, o filho da puta sabia como apertar seus botões certos, lhe deixando acesso, atiçado como ninguém nunca fez.
A droga era que ainda estava travado feito uma virgem dissimulada, então apenas se atreveu a remexer no colchão, fazendo a bunda encaixar na pelves alheia.
— Não faz isso de novo se não quiser que eu te coma aqui e agora. — Jungkook advertiu, fincando os dedos na cintura estreita. — Por que eu juro que vou, Jimin. Se continuar me provocando vou até o fim desse vez... Fundo e forte. Vou te rasgar com cada milímetro do meu pau, vou achar seu ponto mágico e acertar lá tantas vezes que você esquecer seu nome. —puxou contra seu corpo, aumentando o atrito. Ele queria ouvir uma resposta. — Você quer isso, não é?
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O Primo
Fiksi PenggemarÀ convite do amigo, Jimin volta a cidade natal para passar as férias de verão. A casa não é das melhores, mas tem uma piscina relativamente grande, então vale a pena dividir o quarto de hóspedes, brincar com o gato folgado que vive espalhado no sofá...