Capítulo 4

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Regras do Continental

Como faz parte de um propósito maior, as coisas no Hotel Continental, independente de sua localização, precisam de regras que devem ser seguidas. Tudo isso para que as boas condutas e o funcionamento das negociações possa fluir dentro das normas da Alta Cúpula.

As regras impostas pelos superiores que cuidam dos hotéis devem ser seguidas à risca. O não cumprimento desses termos pode acabar fazendo com que a pessoa seja banida da lista de assassinos que eles mantêm.

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Se alguém contasse a Chanyeol, há cerca de uma semana atrás, que ele deixaria o serviço como mercenário de lado a fim de proteger uma única cabeça... ele gargalharia alto e diria que a pessoa em questão provavelmente estava com miolos a menos dentro do cérebro. Mas no fim daquela semana "de folga", estipulada por Minseok em um pedido de que Baekhyun não deixasse as dependências da mansão pelos próximos dias, Chanyeol não tinha nada a reclamar do serviço. Havia experimentado a banheira e decidido que colocaria uma em sua suíte, com certeza! Ele não havia deixado de treinar, usufruindo com prazer da área de treinamento que Kim Minseok mantinha na cobertura e permitiu que ele usasse, Chanyeol também tinha permissão para circular livremente pela casa, fazendo seu próprio café do jeito que gostava, servindo sua própria comida na hora que bem queria, como se a mansão fosse sua. Mas se alguém perguntasse, negaria todas as vezes em que cruzou com Baekhyun naquela casa e lhe direcionou sorrisos, negaria todas as vezes em que foi até o escritório perguntar se ele sairia para o quintal na próxima hora só para ouvir sua voz e decorar seu semblante concentrado enquanto cuidava de uma papelada. E ele com certeza negaria que olhou como um tipo de predador faminto para as coxas de Byun Baekhyun quando se encontraram na área de treinamento e o Park demorou mais do que deveria nos agachamentos com peso, só por que olhava pelo reflexo do espelho, o jeito como o herdeiro se movia em cima da bicicleta ergométrica.

E no final daquela semana um tanto quanto monótona, enfeitada por interações mínimas com o Byun que trabalhava e se escondia em sua própria casa, Chanyeol começava a se perguntar se a situação de sua recompensa no mercado continental havia melhorado. Ainda sentado em sua cama grande de lençóis um tanto bagunçados, o mercenário esticou o braço até a mesa de cabeceira, pescando o Blackberry preto e buscando no menu simples do telefone por uma lista específica. Os contratos abertos.

O Nome de Baekhyun não foi difícil de encontrar e Chanyeol chegou a travar a mandíbula com força ao ver que a cabeça do herdeiro, agora valia ainda mais. Mais quatro milhões de wons haviam sido adicionados ao valor inicial da recompensa, o que não representava nem dez por cento do valor original, mas o que Chanyeol sabia bem que poderia ser o incentivo certo para muitos assassinos de aluguel. E aquela constatação foi o suficiente para fazer Chanyeol vestir uma camiseta às pressas, correndo até o escritório de Minseok e batendo na porta rápido o suficiente para o Kim entendesse que era urgente.

— Não deu certo. — Entrou tentando não parecer tão afobado.

— Bom dia, Senhor Park. — Minseok cumprimentou tranquilo, enquanto lia as últimas linhas de algum papel, logo ele apoiou os cotovelos na mesa, entrelaçando os dedos a frente do tronco e demonstrando interesse. — O que não deu certo exatamente?

— O preço pelo seu irmão... — Chanyeol não hesitou em arremessar o telefone para que Minseok pegasse. — Aumentou. Não muito, mas o suficiente pra colocar mais uma grande porcentagem de gente atrás dele.

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